in Jornal de Notícias
Mais de 200 milhões de crianças continuam a ser forçadas a trabalhar diariamente no Mundo, alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT), salientando que "três em cada quatro desses menores estão expostos às piores formas de exploração laboral - tráfico humano, conflitos armados, escravatura, exploração sexual e trabalhos de risco, entre outros-, actividades que "prejudicam de forma irreversível o seu desenvolvimentos físico, psicológico e emocional".
Na mensagem divulgada no âmbito do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, que se assinala hoje, a OIT afirmou que este ano as comemorações vão dar ênfase aos desafios no combate ao trabalho infantil, sobretudo aquele tipo de trabalho que envolve raparigas; discutir o impacto que a crise económica mundial pode ter no agravamento deste flagelo e enfatizar o papel fundamental da educação na solução do problema.
A OIT defende que a "abolição efectiva" da exploração laboral das crianças - "são privadas de direitos básicos, como educação, saúde, lazer e liberdades individuais" - é um "mais urgentes desafios do nosso tempo". Por isso, as comemorações marcam também a adopção da simbólica Convenção n.º 182 da OIT sobre a proibição das piores formas de trabalho infantil.