in Jornal de Notícias
Os mercados ainda não regressaram aos seus níveis de antes da crise de Setembro.
A esperança de uma estabilização da economia mundial surgiu no segundo trimestre de 2009, graças ao regresso do risco por parte dos investidores, indicou domingo o Banco Regulador Internacional (BRI).
Os mercados ainda não regressaram aos seus níveis de antes da crise de Setembro, data da falência do banco norte-americano Lehman Brothers, sublinhou o banco central dos bancos centrais, na sua análise trimestral.
O desmoronamento do Lehman Brothers provocou um congelamento dos empréstimos entre bancos e levou à queda acentuada dos mercados financeiros mundiais.
"Os primeiros sinais de esperança de que o mais duro passou, tanto para a crise financeira como para a recessão económica, reavivaram a apetência para o risco entre os investidores" entre o fim de Fevereiro e Maio, considerou o BRI, com sede em Basileia.
Os mercados registaram um reinício de actividade e os prémios de risco baixaram durante este período, apesar dos "principais indicadores económicos se manterem a níveis extremamente baixos".
O BRI atribui este ganho de confiança aos múltiplos planos de salvamentos no sector bancário, lançados em vários países, bem como às medidas tomadas pelos bancos centrais, que reduziram as suas taxas directoras.
Para os empréstimos interbancários, que foram quase congelados após o desmoronamento do Lehman Brothers, "as condições continuaram rectificar-se" até ao fim de Maio, segundo a instituição financeira.
Apesar de ser demasiado cedo para falar de um regresso à normalidade, registou-se "um regresso progressivo da confiança" no mercado da dívida, escreveu ainda o BRI.