in Jornal de Notícias
A indústria nacional da cerâmica perdeu quase 10% dos seus postos de trabalho nos últimos dois anos. Segundo o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER), Duarte Garcia, o sector é constituído por 703 empresas que dão emprego a 22 994 pessoas e nos últimos dois anos desapareceram dois mil empregos.
A APICER apresenta hoje, em Lisboa, um plano estratégico de médio prazo para o sector da cerâmica, com o objectivo de reforçar a competitividade das empresas e a imagem do sector a nível mundial. Este plano foi desenvolvido em colaboração com o Barclays e a Galp Energia, e tem como base um estudo elaborado pela Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), que faz um diagnóstico detalhado do sector da cerâmica em Portugal. Para isso, foram auscultadas mais de cinco dezenas de empresas, associações empresariais, universidades e centros tecnológicos.
Em declarações à Lusa, Augusto Medina, responsável pelo estudo, explicou que o actual momento económico "tornou premente uma reorientação estratégica, que se adivinhava essencial para garantir a afirmação do sector".
Esta indústria inclui os subsectores da cerâmica estrutural, pavimentos e revestimentos, louça sanitária, cerâmica utilitária e decorativa e cerâmicas especiais que, em conjunto, facturam 1225 milhões de euros e exportam 632,5 milhões de euros (1,68% das exportações nacionais).