Susana Otão, in Jornal de Notícias
A região Norte é a que maior número de projectos PROVERE tem aprovados (1382). No entanto, o Alentejo concentra o maior volume de investimento, num programa que quer desenvolver áreas de baixa densidade.
São oito os programas para execução na Região Norte, com 1382 projectos a realizar, num montante global de 2092 milhões de euros de investimento. É este o objectivo para o Norte do país (com excepção da Área Metropolitana do Porto) do programa PROVERE - Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos, que visa promover a competitividade territorial e que prevê um investimento global de 5,6 milhões de euros, para os 25 programas de acção definidos.
Nesta área, o programa de maior orçamento (875 milhões de euros) agrupa 646 projectos sob a designação "MinhoIn" e vai ser realizado pela Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima. A intervenção compreende acções dirigidas à promoção dos produtos tradicionais, ao lançamento de novos negócios e de criação de infra-estruturas turísticas.
Alto Douro Vinhateiro, Paisagens Milenares do Douro Verde, Montemuro, Arada e Gralheira, Rota do Românico do Vale do Sousa, Complexo Termal do Alto Tâmega e a Terra Fria Transmontana, são os restantes projectos a desenvolver nesta região.
Mas se o Norte é pioneiro no número de projectos aprovados, já a Sul, a região do Alentejo é aquela que vai acolher o maior volume de investimento comparticipado por esta medida, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Ao todo são 2133 milhões a serem aplicados em 604 projectos, dos quais se destaca a limpeza e desobstrução do Sado, o projecto do EcoMuseu do Mira, a valorização da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, o Centro de Interpretação e Visitação do Forte da Ilha do Pessegueiro e a aposta no turismo de natureza na Costa Vicentina.
O centro do país irá acolher também um número elevado de projectos (887) que vão valorizar os recursos naturais, o património e a cultura e tradição locais. No Algarve, os projectos são em menor número (369) e vão incidir, sobretudo, na zona do Guadiana e centrados na componente natural, cultural e rural.
Na apresentação pública, o ministro do Ambiente e Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Nunes Correia, reiterou a importância do desenvolvimento e dinamização de regiões "marcadas" pelo despovoamento, lembrando ainda que 80% do investimento global neste programa será realizado por empresas locais.