in Diário de Notícias
O desemprego custou mais 1,2 mil milhões de euros do que o que estava inicialmente previsto. Esta diferença traduz o acréscimo de despesa com subsídios de desemprego e a perda de receita contributiva face ao que definia o orçamento original, apresentado em Outubro de 2008.
Nessa altura, o Governo apostava numa taxa de desemprego de 7,6% para 2009. Nos primeiros três trimestres do ano a taxa de desemprego situou-se, em média, nos 9,3%.
Contra a previsão inicial de 1,56 mil milhões de euros, as despesas com desemprego e apoio ao emprego superaram, no ano passado os 2 mil milhões de euros, revelam os dados divulgados pela Direcção-Geral do Orçamento.
O Governo previa um aumento de 5,6% nas receitas de contribuições pagas por trabalhadores e empresas, mas em vez disso o valor permaneceu praticamente estagnado. Foram conseguidas receitas no valor de 13,1 mil milhões de euros, contra os 13,9 mil milhões previstos no orçamento original.
A diferença calculada pelo DN não tem em conta o impacto indirecto do desemprego no aumento de outras prestações sociais.
Ao mesmo tempo, a despesa com pensões regista um aumento homólogo de 5% (para 13,5 mil milhões de euros), em vez dos 6,3% inicialmente previstos.
Com a poupança de 190 milhões de euros, acentua-se a tendência de contenção dos gastos com esta prestação social, que em termos nominais continua a crescer, mas cada vez menos. No caso das pensões de invalidez, o valor está a cair.