in Jornal de Notícias
Melhorar o ensino da língua portuguesa consta das recomendações
Reforçar o acesso de filhos de imigrantes ao ensino pré-escolar é uma prioridade se Portugal quiser melhorar a integração. O alerta integra as conclusões de um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), centrado na integração no mercado laboral. Sendo a primeira infância "uma idade crítica para o sucesso da segunda geração", Thomas Liebig, um dos autores do estudo, salientou ser o nível de ensino em que os filhos de imigrantes estão mais subrepresentados.
Desenvolvido desde meados de 2006, o relatório aponta "resultados favoráveis", mas identifica vários desafios. Um deles é eliminar a total falta de correspondência entre os níveis de qualificação e o trabalho, particularmente gritante no caso de estrangeiros vindos de países de Leste cerca de 80% têm qualifcações superiores, mas desempenham tarefas de baixa qualificação. Penalizados, sublinha o documento, por não falarem português.
Melhorar a oferta do ensino de português é por isso outra recomendação da OCDE. Princípio que vale também para programas como o "Novas Oportunidades". "Seria de esperar que os imigrantes estivessem muito representados nestes programas de reconhecimento de competências, mas acontece precisamente o contrário", alertou Thomas Liebig. IC