in Jornal Público
Durante cerca de uma hora, o primeiro-ministro, José Sócrates, fez um balanço de dois anos e meio de mandato. Aconteceu ontem, num plenário com militantes do PS, num hotel de Coimbra. Sócrates disse que o desemprego é o "problema mais sério que o país enfrenta". Mas lembrou que desde 2005 foram criados 105,9 mil novos postos de trabalho.
"Desde 1998 que não tínhamos tantos portugueses a trabalhar. A economia está a gerar empregos", sublinhou o secretário-geral socialista. José Sócrates considerou que os quatro pontos principais da sua acção governativa têm sido o esforço na contenção do défice orçamental, na retoma do crescimento económico, na Educação e a aposta numa nova geração de políticas sociais.
"Não me recordo de dois anos em que se tenha feito tanto nas políticas sociais, como nestes últimos", referiu.
O governante explicou aos militantes que "ainda este ano, em 2007, o PS no Governo porá as contas públicas em ordem e o défice orçamental estará finalmente contido dentro dos limites dos acordos internacionais do país".
Sócrates defendeu ainda que "as reformas eram indispensáveis em Portugal" e sublinhou que o crescimento económico de 2007, com uma taxa de 1,8 por cento, foi o maior dos últimos cinco anos.
"O crescimento económico ainda não é aquilo que desejamos, mas é um crescimento sustentado. Estamos a melhorar ano após ano e em 2008 esperamos crescer acima dos dois por cento."
O programa Novas Oportunidades, confessou, foi aquele que "mais orgulho" lhe deu.
Há 300 mil portugueses actualmente inscritos para adquirir uma dupla certificação, disse. "Essas pessoas são exemplos de coragem, esforço e dedicação."
Ao nível das políticas sociais, o dirigente socialista destacou a reforma da Segurança Social e o complemento solidário - que abrange 50 mil idosos, alguns dos quais com um apoio de mais 100 euros por mês, a acrescentar à pensão.