in Diário de Notícias
Mais de 50 licenciados desempregados vão poder integrar, no próximo ano lectivo, os Mestrados Executivos da escola de gestão do ISCTE sem pagar nada, para valorizar a sua formação e tentar encontrar um novo emprego em época de crise.
"Tomámos esta decisão nesta altura, em que o desemprego tem vindo a aumentar, porque achamos que temos responsabilidade social e, especialmente nesta altura de crise, podemos contribuir para reduzir os problemas destes profissionais desempregados", explicou à agência Lusa o presidente do ISCTE Business School Gomes Mota.
De acordo com António Gomes Mota, o ISCTE Business School (IBS) vai oferecer entre 50 a 60 Mestrados Executivos a licenciados que se encontrem em situação de desemprego há pelo menos seis meses e que tenham uma experiência profissional de pelo menos três anos após a licenciatura.
"Os candidatos têm que reunir estas condições e depois o processo de selecção irá valorizar o currículo de cada um", disse o presidente do IBS acrescendo que provavelmente vão surgir muitos candidatos dado que estes programas de pós graduação "têm um rácio de procura muito elevado".
"Não é qualquer pessoa que vem aqui fazer um Mestrado Executivo", referiu.
"O nosso objectivo não é criar um programa para desempregados mas sim dar uma resposta a estas pessoas, integrando-as num programa de pós graduação normal para pessoas que estão a trabalhar e dar-lhes a oportunidade de estabelecerem contactos que lhes possibilitem a reinserção profissional", afirmou.
Para Gomes Mota, estes programas de pós graduação têm a vantagem de ser "uma mais valia em termos de conhecimento e de permitir o contacto com pessoas que estão em pleno exercício da actividade profissional e que podem ajudar a encontrar colocação para estes desempregados".
"Esta iniciativa surgiu devido ao aumento do desemprego, porque eu acredito que, em época de crise, as grandes soluções devem ser o somatório de pequenas soluções", defendeu o professor.
Os 23 Mestrados Executivos do IBS, que normalmente custam a cada aluno pelos menos seis mil euros, incluem áreas como a gestão, finanças, marketing e direcção comercial, contabilidade, fiscalidade e controlo de gestão.