Portugueses juntam-se à luta mundial contra a fome

Bárbara Wong, in Jornal Público

A luta contra a fome infantil faz-se também através da solidariedade. É com os cinco euros de inscrição pago por cada participante na Marcha Mundial Contra a Fome que o Programa Alimentar Mundial (PAM), da Organização das Nações Unidas, conta angariar fundos para o programa de alimentação escolar. O ano passado foram angariados cerca de 716 mil euros.

Em Portugal, a iniciativa vai realizar-se em Lisboa, na Torre de Belém, e no Porto, no Cais de Gaia, a partir das 10h00. A inscrição custa cinco euros, o equivalente a 25 refeições escolares, contribuindo para a causa do Programa Mundial Alimentar (PAM), cujo plano é alimentar cem milhões de pessoas, durante este ano.

Mas a corrida também pode ser feita virtualmente, pela Internet, em http://walktheweb.wfp.org/. Quem aceder pode "correr" vários quilómetros, cada equivale a um euro. O objectivo é que os que contribuem on-line possam completar 40 mil quilómetros à volta da Terra.

Quase três centenas de localidades, de mais de 70 países, vão participar neste evento, ao longo de 24 horas, em todos os fusos horários. "São 190 marchas em 70 países e em 24 zonas horárias. No ano passado foram 250 mil pessoas a marchar pelo mundo fora, este ano esperamos ter muito mais", explica Laura Melo, porta-voz do PAM para a Marcha em Portugal, à Lusa.

Criada há sete anos, a marcha simboliza uma volta ao mundo na luta contra a fome. De acordo com a organização, apesar de existirem alimentos suficientes para toda a população mundial, a fome afecta 400 milhões de crianças em todo o mundo, calculando-se que morra uma criança a cada seis segundos. O PAM criou programas de alimentação escolar, com o objectivo de garantir que milhões de meninos tenham acesso à escola, mas, também, a refeições nutritivas. O programa chega a 20 milhões de crianças, em 70 países.