in Jornal de Notícias
A subida faseada do Salário Mínimo Nacional em 2011 e a não aplicação dos 500 euros desde Janeiro representa um "rude golpe" para os "mais de 500 mil" trabalhadores abrangidos, defendeu hoje, quarta-feira, o PCP.
"O Governo ao propor hoje, quarta-feira, o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) em 10 euros acedeu de forma escandalosa aos interesses do patronato e rasgou o seu último grande compromisso social", disse o membro da comissão política do comité central do PCP, Paulo Raimundo, à agência Lusa.
Para o dirigente, os trabalhadores abrangidos pelo SMN "podem contar" a partir de 01 de Janeiro com "aumentos brutais de custo de vida, aumento brutal de pobreza e um esmola de 33 cêntimos por dia" por via do aumento mensal em 10 euros do SMN.
A medida, defende Paulo Raimundo, tem um "duplo significado", não só o "ataque ao salário mínimo" mas também - "como objectivo talvez estruturante" - o ataque "ao conjunto de salários no sector privado".
O Governo decidiu hoje aumentar o salário mínimo nacional em Janeiro dos actuais 475 para os 485 euros.
No entanto, a ministra do Trabalho, Helena André, garantiu que o objectivo do Governo é atingir os 500 euros - conforme previsto no acordo de 2006 - "de uma forma faseada" até Outubro de 2011.