in Jornal Público
Além de serem mais mal pagos, os imigrantes estão também entre os mais afectados pelo desemprego. Só nos primeiros nove meses de 2010, o número de desempregados imigrantes que se registaram nos centros de emprego aumentou 18 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em média, 37.879 pessoas - a maioria do Brasil e da Europa de Leste - acorreram aos serviços do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) à procura de trabalho, um número que compara com os 32.076 estrangeiros que entre Janeiro e Outubro de 2009 estavam registados como desempregados. A crise e a situação mais vulnerável dos imigrantes levaram a que o desemprego neste grupo tenha sofrido aumentos homólogos acima do crescimento registado no total do desemprego. Maio de 2010 ilustra perfeitamente essa diferença: o número global de inscritos nos centros de emprego cresceu 27,3 por cento, enquanto o registo de desempregados imigrantes aumentou quase 70 por cento em comparação com o ano anterior.
Os dados do IEFP dão apenas conta dos imigrantes legalizados, pelo que o desemprego neste grupo deverá ser superior. R.M.