29.12.10

População portuguesa cresceu graças à imigração

in Jornal de Notícias

Está ultrapassada de vez a fasquia dos 10 milhões de portugueses como valor da população nacional. Diz o Instituto Nacional de Estatística, que somos 10 637,7 milhares e que crescemos graças à chegada de imigrantes, já que nascem cada vez menos bebés em Portugal.

Os "Indicadores Sociais 2009", divulgados, hoje, quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), dão conta de um aumento de 10463 indivíduos naquele ano, face a 2008. Um crescimento que fica dever-se ao saldo migratório positivo de 0,1%, que compensou o saldo natural negativo. A taxa de crescimento natural foi, em 2009, de - 0,05% precisa o INE.

Segundo o INE, nasceram em 2009 menos 5103 crianças do que em 2008, factor que fez regredir a taxa bruta de natalidade para os 9,4 nados-vivos por cada mil habitantes, quanto esse valor era de 9,8. As mulheres portuguesas têm menos filhos: por cada mulher em idade fértil nascem 1,32 crianças, valor que 12 meses antes era de 1,37.

Daqui resulta o envelhecimento da população e o índice de envelhecimento, isto é, o número de pessoas com mais de 65 anos por cada 100 indivíduos com idades entre os 0 e os 14 anos, passou de 107 para 118.

As famílias portuguesas são também menores, nota, ainda, o INE. É que apesar de a proporção das que têm filhos manter-se perto dos 56%, há cada vez mais famílias com apenas um filho.

No ano passado, os portugueses casaram-se menos, quer pelo religioso, quer pelo civil, enquanto a idade média das mulheres ao nascimento do primeiro filho aumentou dos 27,4 para os 28,6 anos.


Educação
Verificou-se uma diminuição da taxa de abandono precoce de educação e formação, entre os jovens com idades entre os 18 e os 24 anos, refere a publicação do INE. As mulheres arrecadaram 59% dos diplomas do Ensino Superior, preferencialmente nas áreas da Saúde e Ciências Empresariais. Os homens revelaram preferir áreas como as engenharias e técnicas afins.

Emprego
Face a 2008, o número de pessoas empregadas diminuiu 2,8%, precisam os indicadores do INE. Os sectores que verificaram maior perda de postos de trabalho foram a Indústria, Construção, Energia e Água que baixaram em 6,5% o número de empregados. Seguiu-se a Agricultura, Silvicultura e Pesca com menos 2,8% e dos Serviços com 0,9%.