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Se todos os pobres da Europa vivessem no mesmo país, esse seria o mais populoso estado membro da União Europeia.
Porque mais de 80 milhões de pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza na Europa, Bruxelas promete que a luta não termina agora que fecha portas o Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social.
Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, disse que o Ano foi um sucesso, mas mantém o compromisso na luta contra a pobreza e exclusão social, na procura de uma sociedade mais justa e com igualdade de oportunidades. A resposta está na estratégia “20-20” e no objectivo de reduzir o número de pobres na Europa: menos 20 milhões dos que existem agora, ou seja, 84 milhões, que se estivessem todos juntos formariam o país mais populoso da União Europeia.
Durão Barroso disse que é preciso ver como serão usados os fundos comunitários na luta contra a pobreza.
Em declarações à Renascença, o comissário europeu do emprego e assuntos sociais reforça a ideia de que a Europa tem que estar unida: “Penso que apesar da crise, se trabalharmos juntos somos mais fortes, podemos ajudar-nos uns aos outros. Espero que os Estados-membros apostem na cooperação e apoio à Comissão Europeia”.
Na sessão de encerramento do Ano Europeu hoje em Bruxelas, foram apresentados 29 projectos apoiados neste ano. Portugal apresentou o “Redes do Tejo”, que juntou 9 municípios em acções de sensibilização sobre a pobreza e exclusão social.
Nesta sessão, foram também entregues as assinaturas recolhidas pela Caritas, 135.500, quase 7 mil em Portugal, uma petição que exige uma Europa mais social.