In "Rádio Renascença"
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas fez um levantamento - que ainda não está concluído - e apurou que 70% dos municípios vão reduzir o IMI a quem tem filhos, segundo noticia esta segunda-feira o "Diário Económico".
Há 70% das autarquias portuguesas que vão aderir à redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para as famílias com filhos. No total serão 215 autarquias de um total de 308, notícia esta segunda-feira, o “Diário Económico”.
O prazo para que as câmaras municipais comuniquem à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) termina esta segunda-feira.
Os dados - que ainda não estão fechados - são da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), que fez um levantamento do número de câmaras municipais que já aprovaram a medida na respectiva Assembleia Municipal.
O desconto no IMI foi decidido pelo Governo PSD/CDS no Orçamento do Estado deste ano, mas cabe aos municípios a decisão de o aplicar. O desconto no imposto depende do número de filhos (até 10% para um filho, 15% para dois filhos e 20% para três filhos).
O benefício vai aplicar-se no IMI a pagar em 2016 a partir de Abril (primeira prestação do imposto). A AT enviará aos contribuintes o valor do imposto a pagar já com as contas feitas.
De acordo com os dados da APFN, há câmaras com população elevada que não vão aderir à medida. É o caso do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Coimbra, Sintra ou Amadora. No Porto, Rui Moreira justificou a decisão salientando que a medida deixaria de fora a parte de população menos favorecida da cidade e beneficiaria os mais ricos, que têm casa própria.
O “Diário Económico ” diz que este é um argumento que não convence a secretária-geral da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN), Ana Cid Gonçalves, que defende que é “totalmente falso” que a medida vá beneficiar sobretudo os mais ricos, uma vez que as famílias com filhos pertencem à classe média/média baixa.
30.11.15
Norte com "cobertura integral" de médico de família até ao Natal
In "TVI 24"
Com a entrada em funcionamento de novas seis unidades de saúde familiares, 99% da população da região vai ter médico de família
O presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), Álvaro Almeida, afirmou esta segunda-feira que até ao Natal “a população da região Norte terá cobertura integral de médico de família”.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da ARS-Norte esclareceu que “o que vai acontecer é que nos próximos dias vão ser abertas seis novas unidades de saúde familiares (USF) e mais quatro no início de 2016”.
O conselho diretivo da ARS-Norte aprovou a abertura de dez novas USF, das quais seis abrem já antes do Natal.
“Com a entrada em funcionamento dessas seis atingimos o nosso objetivo de cobertura integral da população por médico de família.”
Na prática, referiu o responsável, “isto quer dizer que vamos atingir 99% da população da região com médico de família. Esse era o nosso objetivo, porque 100% é praticamente impossível de conseguir uma vez que há sempre médicos que saem do SNS, por aposentação ou outras razões ou utentes que se vão inscrevendo e como não há colocação contínua de médicos, há sempre alguns utentes que ficam temporariamente sem médico de família”.
“Ao atingir a meta dos 99%, essas situações passam a ser apenas temporárias e deixa de haver um problema estrutural. Neste momento, o tal 1% que não tem médico de família não tem devido à entrada e saída de médicos e de utentes.”
Álvaro Almeira especificou que “a meta dos 99% significa que menos de 50 mil utentes estão sem médico de família, numa região que tem 3,7 milhões de inscritos em centros de saúde”
A abertura destas seis novas USF no início de dezembro “vão gerar um ganho assistencial de 11.820 utentes, ou seja, 11.820 utentes vão passar a ter médico de família”, frisou.
Das seis USF que vão abrir no início de dezembro, duas ficam na Régua, uma em Mondim de Basto, uma em Amarante, uma em Gaia e uma em Castelo de Paiva.
“Com isso a região norte terá 227 USF, que significa de 51% do total de USF do país (serão 442), quando temos 37% da população.”
As USF são um modelo organizacional que permite ter “uma maior acessibilidade dos utentes por duas vias: porque funcionam em equipa, se houver uma falha haverá outro médico para o substituir e funciona em horário alargado das 08:00 às 20:00”, acrescentou.
De acordo com os dados da ARS-Norte, neste momento há 70% dos utentes da região Norte inscritos em unidades de saúde familiar.
Com a entrada em funcionamento de novas seis unidades de saúde familiares, 99% da população da região vai ter médico de família
O presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), Álvaro Almeida, afirmou esta segunda-feira que até ao Natal “a população da região Norte terá cobertura integral de médico de família”.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da ARS-Norte esclareceu que “o que vai acontecer é que nos próximos dias vão ser abertas seis novas unidades de saúde familiares (USF) e mais quatro no início de 2016”.
O conselho diretivo da ARS-Norte aprovou a abertura de dez novas USF, das quais seis abrem já antes do Natal.
“Com a entrada em funcionamento dessas seis atingimos o nosso objetivo de cobertura integral da população por médico de família.”
Na prática, referiu o responsável, “isto quer dizer que vamos atingir 99% da população da região com médico de família. Esse era o nosso objetivo, porque 100% é praticamente impossível de conseguir uma vez que há sempre médicos que saem do SNS, por aposentação ou outras razões ou utentes que se vão inscrevendo e como não há colocação contínua de médicos, há sempre alguns utentes que ficam temporariamente sem médico de família”.
“Ao atingir a meta dos 99%, essas situações passam a ser apenas temporárias e deixa de haver um problema estrutural. Neste momento, o tal 1% que não tem médico de família não tem devido à entrada e saída de médicos e de utentes.”
Álvaro Almeira especificou que “a meta dos 99% significa que menos de 50 mil utentes estão sem médico de família, numa região que tem 3,7 milhões de inscritos em centros de saúde”
A abertura destas seis novas USF no início de dezembro “vão gerar um ganho assistencial de 11.820 utentes, ou seja, 11.820 utentes vão passar a ter médico de família”, frisou.
Das seis USF que vão abrir no início de dezembro, duas ficam na Régua, uma em Mondim de Basto, uma em Amarante, uma em Gaia e uma em Castelo de Paiva.
“Com isso a região norte terá 227 USF, que significa de 51% do total de USF do país (serão 442), quando temos 37% da população.”
As USF são um modelo organizacional que permite ter “uma maior acessibilidade dos utentes por duas vias: porque funcionam em equipa, se houver uma falha haverá outro médico para o substituir e funciona em horário alargado das 08:00 às 20:00”, acrescentou.
De acordo com os dados da ARS-Norte, neste momento há 70% dos utentes da região Norte inscritos em unidades de saúde familiar.
Ninguém vence os portugueses nas idas às urgências
In "TVI 24"
Média dos 21 países da OCDE é de 31 atendimentos por 100 habitantes. Em Portugal, em cada 100 habitantes, 70 utilizam os serviços de urgência
Média dos 21 países da OCDE é de 31 atendimentos por 100 habitantes. Em Portugal, em cada 100 habitantes, 70 utilizam os serviços de urgência
Mãe luta há 12 anos pela pensão de alimentos dos filhos
In "Sic Notícias"
Uma mãe luta há cerca de 12 anos pela pensão de alimentos dos filhos. O tribunal de Vila Real deu razão à mulher, mas não consegue fazer cumprir a sentença, porque o ex marido vive na Suíça.
Uma mãe luta há cerca de 12 anos pela pensão de alimentos dos filhos. O tribunal de Vila Real deu razão à mulher, mas não consegue fazer cumprir a sentença, porque o ex marido vive na Suíça.
Taxa de desemprego manteve-se em 12,4% em Outubro
Pedro Crisóstomo, in "Público"
Emprego e desemprego sem alterações face a Setembro. Números provisórios do INE apontam para 632 mil desempregados em Outubro.
A taxa de desemprego registada em Outubro foi de 12,4%, mantendo-se ao mesmo nível do mês anterior, anunciou nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Há 632,7 mil pessoas contabilizadas como desempregadas. Ainda que em termo absolutos o número oficial de desempregados tenha baixado em 1700 (um recuo de 0,3%), a descida não foi suficiente para alterar a taxa de desemprego.
Nos números agora publicados, o INE fixa, assim, o valor definitivo para a taxa de desemprego de Setembro nos 12,4%, revendo em alta este valor face à estimativa provisória divulgada há um mês, em que se estimava um recuo do desemprego para 12,2%. A nova estimativa, porém, mostra uma ligeira subida do desemprego em Setembro e, agora, uma estagnação (12,3% em Julho e Agosto; 12,4% em Setembro e Outubro).
Dos 632,7 mil desempregados, 317,2 mil são homens e 317,1 mil são mulheres. Assim, enquanto na população masculina a taxa de desemprego é de 12%, na população feminina é um pouco mais alta, nos 12,7%.
Entre os jovens (a faixa etária entre os 15 e os 24 anos), há 118,2 mil pessoas registadas como estando fora do mercado de trabalho, o equivalente a uma taxa de desemprego de 31,8%. Este valor teve uma descida ténue em relação a Setembro, de apenas uma décima.
Emprego estagna
Em Outubro, a tendência de estagnação que se verificou na taxa de desemprego também aconteceu com o emprego, onde a taxa se manteve inalterada face a Setembro em 57,3%.
O número de pessoas no mercado de trabalho é de 4,474 mil pessoas, “o que representa uma diminuição de 1,9 mil face ao mês anterior e corresponde a uma variação relativa quase nula”.
Segundo a estimativa do INE, “a população empregada diminuiu para os homens (0,2%; 4,5 mil) e aumentou 0,1 % para as mulheres (2,7 mil). Entre os jovens, registou-se um aumento de 0,6% (1,5 mil), enquanto na população dos 25 aos 74 anos o emprego continuou praticamente inalterado em relação a Setembro.
As estatísticas mensais que o INE divulga sobre o mercado de trabalho referem-se a trimestres móveis, em que há um mês de referência (aquele a que se referem os dados divulgados, neste caso, Outubro) que corresponde sempre ao mês central desse trimestre (neste caso, os três meses em causa são Setembro, Outubro e Novembro).
Paralelamente aos dados mensais, o INE publica as estatísticas trimestrais. A estimativa mais recente é a do terceiro trimestre (de Julho a Setembro), altura em que o nível de desemprego estabilizou em 11,9%, depois de uma forte queda na primeira metade do ano.
Emprego e desemprego sem alterações face a Setembro. Números provisórios do INE apontam para 632 mil desempregados em Outubro.
A taxa de desemprego registada em Outubro foi de 12,4%, mantendo-se ao mesmo nível do mês anterior, anunciou nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Há 632,7 mil pessoas contabilizadas como desempregadas. Ainda que em termo absolutos o número oficial de desempregados tenha baixado em 1700 (um recuo de 0,3%), a descida não foi suficiente para alterar a taxa de desemprego.
Nos números agora publicados, o INE fixa, assim, o valor definitivo para a taxa de desemprego de Setembro nos 12,4%, revendo em alta este valor face à estimativa provisória divulgada há um mês, em que se estimava um recuo do desemprego para 12,2%. A nova estimativa, porém, mostra uma ligeira subida do desemprego em Setembro e, agora, uma estagnação (12,3% em Julho e Agosto; 12,4% em Setembro e Outubro).
Dos 632,7 mil desempregados, 317,2 mil são homens e 317,1 mil são mulheres. Assim, enquanto na população masculina a taxa de desemprego é de 12%, na população feminina é um pouco mais alta, nos 12,7%.
Entre os jovens (a faixa etária entre os 15 e os 24 anos), há 118,2 mil pessoas registadas como estando fora do mercado de trabalho, o equivalente a uma taxa de desemprego de 31,8%. Este valor teve uma descida ténue em relação a Setembro, de apenas uma décima.
Emprego estagna
Em Outubro, a tendência de estagnação que se verificou na taxa de desemprego também aconteceu com o emprego, onde a taxa se manteve inalterada face a Setembro em 57,3%.
O número de pessoas no mercado de trabalho é de 4,474 mil pessoas, “o que representa uma diminuição de 1,9 mil face ao mês anterior e corresponde a uma variação relativa quase nula”.
Segundo a estimativa do INE, “a população empregada diminuiu para os homens (0,2%; 4,5 mil) e aumentou 0,1 % para as mulheres (2,7 mil). Entre os jovens, registou-se um aumento de 0,6% (1,5 mil), enquanto na população dos 25 aos 74 anos o emprego continuou praticamente inalterado em relação a Setembro.
As estatísticas mensais que o INE divulga sobre o mercado de trabalho referem-se a trimestres móveis, em que há um mês de referência (aquele a que se referem os dados divulgados, neste caso, Outubro) que corresponde sempre ao mês central desse trimestre (neste caso, os três meses em causa são Setembro, Outubro e Novembro).
Paralelamente aos dados mensais, o INE publica as estatísticas trimestrais. A estimativa mais recente é a do terceiro trimestre (de Julho a Setembro), altura em que o nível de desemprego estabilizou em 11,9%, depois de uma forte queda na primeira metade do ano.
Do armazém do Banco Alimentar até ao saco das famílias
In "Jornal de Notícias"
Diariamente o Banco Alimentar recebe toneladas de alimentos, que começam logo a sair para as 388 instituições apoiadas só em Lisboa, numa azáfama que leva ao armazém de Alcântara todos os dias mais de meia centena de carrinhas.
Camiões de diversas proveniências - desde a indústria agroalimentar aos supermercados, passando pelas cadeias de distribuição, pelos mercados abastecedores e naturalmente pelas campanhas - descarregam dia após dia no Banco Alimentar contra a Fome de Lisboa, centenas de paletes de frutas e legumes e de caixotes com arroz, massa ou feijão.
Estes produtos são distribuídos acondicionados por dois armazéns, o dos perecíveis (frescos) e o dos não perecíveis (secos), aos quais acorrem as carrinhas das instituições de solidariedade social, que recolhem a sua parte, para ser posteriormente entregue às famílias carenciadas das regiões que servem.
No total, só na região da grande Lisboa são 388 instituições, que servem 90 mil pessoas. A nível nacional, o Banco Alimentar (BA) apoia 2.600 instituições de solidariedade social, chegando assim com os seus alimentos a 425 mil pessoas por todo o país.
Ana Vara, responsável do BA pelo contacto com as instituições, explica que "as instituições vêm uma vez por mês levantar um cabaz de não perecíveis, como seja o arroz, a massa, o feijão, o leite, estes produtos que têm maior durabilidade, e depois semanalmente levantar os produtos frescos", como frutas, iogurtes ou produtos congelados.
Em média, dirigem-se ao banco diariamente entre 50 e 60 instituições para recolher produtos não perecíveis e cerca de 80 para levantar alimentos frescos.
É o caso do centro comunitário paroquial de Famões, em Odivelas, que distribui uma vez por mês alimentos por cerca de cem famílias daquela região.
Camiões de diversas proveniências - desde a indústria agroalimentar aos supermercados, passando pelas cadeias de distribuição, pelos mercados abastecedores e naturalmente pelas campanhas - descarregam dia após dia no Banco Alimentar contra a Fome de Lisboa, centenas de paletes de frutas e legumes e de caixotes com arroz, massa ou feijão.
Estes produtos são distribuídos acondicionados por dois armazéns, o dos perecíveis (frescos) e o dos não perecíveis (secos), aos quais acorrem as carrinhas das instituições de solidariedade social, que recolhem a sua parte, para ser posteriormente entregue às famílias carenciadas das regiões que servem.
No total, só na região da grande Lisboa são 388 instituições, que servem 90 mil pessoas. A nível nacional, o Banco Alimentar (BA) apoia 2.600 instituições de solidariedade social, chegando assim com os seus alimentos a 425 mil pessoas por todo o país.
Ana Vara, responsável do BA pelo contacto com as instituições, explica que "as instituições vêm uma vez por mês levantar um cabaz de não perecíveis, como seja o arroz, a massa, o feijão, o leite, estes produtos que têm maior durabilidade, e depois semanalmente levantar os produtos frescos", como frutas, iogurtes ou produtos congelados.
Em média, dirigem-se ao banco diariamente entre 50 e 60 instituições para recolher produtos não perecíveis e cerca de 80 para levantar alimentos frescos.
É o caso do centro comunitário paroquial de Famões, em Odivelas, que distribui uma vez por mês alimentos por cerca de cem famílias daquela região.
"Tentamos que as ajudas daqui se estendam por mais algum tempo, não é fácil. Não temos uma alimentação como qualquer pessoa: a carne, o peixe, a gente reduz, se calhar duas ou três costeletas dá para fazer para oito pessoas em casa, e depois come-se um prato de sopa, pãozinho, e é assim que a gente faz", afirmou.
Inicialmente quando começou a recorrer ao centro paroquial, a comida era distribuída todas as semanas, e não apenas uma vez por mês como acontece agora, e "a quantidade acabava por ser mais".
José Alves, de 56 anos, já recorre à ajuda do BA há mais tempo, porque foi reformado por invalidez "sem necessidade" aos 45 anos.
A viver com uma reforma de 409 euros, com a mulher em casa, um filho de 14 anos a estudar e "uma renda de casa muito alta", os produtos que recebe do banco são a principal fonte alimentar da família.
"Isto é uma grande ajuda, é logico que não chega para um mês inteiro, terei sempre que comprar mais alguma, mas é uma grande ajuda que nós temos através do Banco Alimentar".
Diariamente o Banco Alimentar recebe toneladas de alimentos, que começam logo a sair para as 388 instituições apoiadas só em Lisboa, numa azáfama que leva ao armazém de Alcântara todos os dias mais de meia centena de carrinhas.
Camiões de diversas proveniências - desde a indústria agroalimentar aos supermercados, passando pelas cadeias de distribuição, pelos mercados abastecedores e naturalmente pelas campanhas - descarregam dia após dia no Banco Alimentar contra a Fome de Lisboa, centenas de paletes de frutas e legumes e de caixotes com arroz, massa ou feijão.
Estes produtos são distribuídos acondicionados por dois armazéns, o dos perecíveis (frescos) e o dos não perecíveis (secos), aos quais acorrem as carrinhas das instituições de solidariedade social, que recolhem a sua parte, para ser posteriormente entregue às famílias carenciadas das regiões que servem.
No total, só na região da grande Lisboa são 388 instituições, que servem 90 mil pessoas. A nível nacional, o Banco Alimentar (BA) apoia 2.600 instituições de solidariedade social, chegando assim com os seus alimentos a 425 mil pessoas por todo o país.
Ana Vara, responsável do BA pelo contacto com as instituições, explica que "as instituições vêm uma vez por mês levantar um cabaz de não perecíveis, como seja o arroz, a massa, o feijão, o leite, estes produtos que têm maior durabilidade, e depois semanalmente levantar os produtos frescos", como frutas, iogurtes ou produtos congelados.
Em média, dirigem-se ao banco diariamente entre 50 e 60 instituições para recolher produtos não perecíveis e cerca de 80 para levantar alimentos frescos.
É o caso do centro comunitário paroquial de Famões, em Odivelas, que distribui uma vez por mês alimentos por cerca de cem famílias daquela região.
Camiões de diversas proveniências - desde a indústria agroalimentar aos supermercados, passando pelas cadeias de distribuição, pelos mercados abastecedores e naturalmente pelas campanhas - descarregam dia após dia no Banco Alimentar contra a Fome de Lisboa, centenas de paletes de frutas e legumes e de caixotes com arroz, massa ou feijão.
Estes produtos são distribuídos acondicionados por dois armazéns, o dos perecíveis (frescos) e o dos não perecíveis (secos), aos quais acorrem as carrinhas das instituições de solidariedade social, que recolhem a sua parte, para ser posteriormente entregue às famílias carenciadas das regiões que servem.
No total, só na região da grande Lisboa são 388 instituições, que servem 90 mil pessoas. A nível nacional, o Banco Alimentar (BA) apoia 2.600 instituições de solidariedade social, chegando assim com os seus alimentos a 425 mil pessoas por todo o país.
Ana Vara, responsável do BA pelo contacto com as instituições, explica que "as instituições vêm uma vez por mês levantar um cabaz de não perecíveis, como seja o arroz, a massa, o feijão, o leite, estes produtos que têm maior durabilidade, e depois semanalmente levantar os produtos frescos", como frutas, iogurtes ou produtos congelados.
Em média, dirigem-se ao banco diariamente entre 50 e 60 instituições para recolher produtos não perecíveis e cerca de 80 para levantar alimentos frescos.
É o caso do centro comunitário paroquial de Famões, em Odivelas, que distribui uma vez por mês alimentos por cerca de cem famílias daquela região.
"Tentamos que as ajudas daqui se estendam por mais algum tempo, não é fácil. Não temos uma alimentação como qualquer pessoa: a carne, o peixe, a gente reduz, se calhar duas ou três costeletas dá para fazer para oito pessoas em casa, e depois come-se um prato de sopa, pãozinho, e é assim que a gente faz", afirmou.
Inicialmente quando começou a recorrer ao centro paroquial, a comida era distribuída todas as semanas, e não apenas uma vez por mês como acontece agora, e "a quantidade acabava por ser mais".
José Alves, de 56 anos, já recorre à ajuda do BA há mais tempo, porque foi reformado por invalidez "sem necessidade" aos 45 anos.
A viver com uma reforma de 409 euros, com a mulher em casa, um filho de 14 anos a estudar e "uma renda de casa muito alta", os produtos que recebe do banco são a principal fonte alimentar da família.
"Isto é uma grande ajuda, é logico que não chega para um mês inteiro, terei sempre que comprar mais alguma, mas é uma grande ajuda que nós temos através do Banco Alimentar".
Seminário "Pobreza e Exclusão Social: passado, presente e futuro (s)" dia 27 de novembro
in Notícias de Viseu
O Núcleo Distrital de Viseu da EAPN Portugal (Rede Europeia Anti- Pobreza) celebra em 2015 os seus primeiros 10 anos de existência. Iremos assinalar essa data através de um Seminário no próximo dia 27 de novembro em parceria com a Escola Superior de Educação de Viseu, local onde se irá realizar. Será um evento de dia inteiro, com um programa que pretende destacar as principais áreas de atuação da EAPN Portugal, correspondentes também a algumas das mais importantes esferas de intervenção social atual. Assim, o programa constará de intervenções de diversos oradores sobre o tema na parte da manhã e de um conjunto de 4 workshops na parte da tarde (comunidades ciganas, pessoas idosas, pessoas com deficiência e incapacidade e crianças e jovens em risco).
O Núcleo Distrital de Viseu da EAPN Portugal (Rede Europeia Anti- Pobreza) celebra em 2015 os seus primeiros 10 anos de existência. Iremos assinalar essa data através de um Seminário no próximo dia 27 de novembro em parceria com a Escola Superior de Educação de Viseu, local onde se irá realizar. Será um evento de dia inteiro, com um programa que pretende destacar as principais áreas de atuação da EAPN Portugal, correspondentes também a algumas das mais importantes esferas de intervenção social atual. Assim, o programa constará de intervenções de diversos oradores sobre o tema na parte da manhã e de um conjunto de 4 workshops na parte da tarde (comunidades ciganas, pessoas idosas, pessoas com deficiência e incapacidade e crianças e jovens em risco).
Catástrofes naturais. Mais de 600 mil mortos em 20 anos, diz a ONU
in iOnline
Relatório da ONU revela que nas últimas duas décadas quase 90% das mortes causadas por desastres naturais aconteceram em países pobres.
Cheias, tempestades e furacões, tsunamis: os desastres naturais são cada vez mais frequentes e cada vez mais demolidores. Desde 1995, estas catástrofes mataram 606 mil pessoas, uma média de 30 mil por ano, com 4,1 mil milhões de pessoas feridas, que perderam as suas casas ou ficaram com necessidade de ajuda urgente. Os números foram compilados e divulgados pelo gabinete da ONU para a redução dos riscos de catástrofes (UNISDR) e mostram ainda que a grande maioria destas mortes (89%) ocorreram em países de fracos rendimentos e causaram perdas financeiras avaliadas em 1,8 mil milhões de euros.
“O conteúdo deste relatório sublinha a importância de um novo acordo sobre alterações climáticas” na conferência do clima (COP21), afirmou a directora do gabinete, Margareta Wahlstorm. A COP21, que vai ter lugar em Bourget, na periferia nordeste de Paris, tem como principal objectivo fazer com que os 195 países assumam um acordo mundial para atenuar o aquecimento global. Em cima da mesa vai estar o compromisso dos países para conter a subida das temperaturas a 2 oC relativamente à era pré-industrial.
Ana Rita Antunes, do grupo de trabalho Energia e Alterações Climáticas da Quercus, explica que os países em de-senvolvimento são os que mais sofrem as consequências das grandes catástrofes porque são justamente aqueles que “têm piores de condições de vida e menos capacidade de resposta a estas calamidades, quer na prevenção quer na actuação”. E é por isso que estão a fazer pressão para que na cimeira do clima se chegue a um acordo sobre a redução das emissões de carbono, por um lado, e a pedir maior financiamento aos mais ricos para lidarem com estes fenómenos.
Para Ana Rita Antunes, não se trata de “culpar”as grandes potências, mas sim de responsabilizá-las. “Têm por um lado uma responsabilidade histórica sobre este novo fenómeno das alterações climáticas: foram os primeiros a emitir gases com efeito de estufa”, recorda. Por outro lado, Ana Rita sublinha que têm capacidade financeira que os países em desenvolvimento não têm. “Daí a questão do financiamento para mitigação e adaptação ser uma questão fundamental para os países em desenvolvimento, que deve constar do futuro acordo de Paris”, resume a especialista.
De resto, há uma ligação forte entre as calamidades e o nível de pobreza destas regiões mais afectadas que, continuando a sofrer cada vez mais fenómenos desta natureza, dificilmente deixarão de ser pobres. Recentemente, Barack Obama pediu a todos os líderes mundiais que não poupem esforços na missão de atingir um “forte acordo” sobre o clima, avisando que “todos os países serão afectados pelas alterações climáticas, mas serão os mais pobres a carregar o fardo”.
As alterações climáticas e todos os fenómenos meteorológicos associados são encarados pela ONU como uma “ameaça à erradicação da pobreza extrema no mundo”. De acordo com o relatório, “as catástrofes climáticas são cada vez mais frequentes, sobretudo devido ao aumento consistente do número de inundações e tempestades”, pode ler-se.
Cheias As inundações representaram, por si só, 47% das catástrofes climáticas entre 1995 e 2015 e afectaram 2,3 mil milhões de pessoas, 95% das quais na Ásia. Apesar de menos frequentes que as inundações, as tempestades foram as catástrofes climáticas mais mortíferas, com 242 mil mortos. Ao todo, os Estados Unidos e a China registaram o maior número de catástrofes desde 1995, devido à dimensão territorial. Mas a China e a Índia lideram o ranking dos países mais atingidos em termos de população afectada. Seguem-se o Bangladesh, Filipinas e Tailândia. Na América, o Brasil é o país onde a população foi mais castigada e, em África, o Quénia e a Etiópia.
E em Portugal? Nos últimos anos, o país também já foi castigado por cheias. Em 2010, na Madeira, 47 pessoas perderam a vida devido a um forte temporal e deslizamentos de terras. Três anos depois, no Faial (Açores), três pessoas morreram pelas mesmas razões. No mês passado, Albufeira viu-se completamente envolta em lama depois de uma enxurrada.
Sendo um país com muitas vulnerabilidades, Portugal está a preparar-se para os riscos das alterações climáticas através do projecto ClimAdaPT, que envolve especialistas da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), da Quercus e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em colaboração com 26 municípios portugueses.
Esta equipa de especialistas prevê que Portugal venha a enfrentar fenómenos de precipitação excessiva, causando cheias e inundações rápidas, deslizamentos de terras e danos em infra-estruturas. Apesar de poderem vir a ser menos frequentes, irão ser mais intensos. Além de cheias, o país vai enfrentar mais ondas de calor, secas “progressivamente mais frequentes e intensas até 2100”, assim como a subida do nível do mar.
Relatório da ONU revela que nas últimas duas décadas quase 90% das mortes causadas por desastres naturais aconteceram em países pobres.
Cheias, tempestades e furacões, tsunamis: os desastres naturais são cada vez mais frequentes e cada vez mais demolidores. Desde 1995, estas catástrofes mataram 606 mil pessoas, uma média de 30 mil por ano, com 4,1 mil milhões de pessoas feridas, que perderam as suas casas ou ficaram com necessidade de ajuda urgente. Os números foram compilados e divulgados pelo gabinete da ONU para a redução dos riscos de catástrofes (UNISDR) e mostram ainda que a grande maioria destas mortes (89%) ocorreram em países de fracos rendimentos e causaram perdas financeiras avaliadas em 1,8 mil milhões de euros.
“O conteúdo deste relatório sublinha a importância de um novo acordo sobre alterações climáticas” na conferência do clima (COP21), afirmou a directora do gabinete, Margareta Wahlstorm. A COP21, que vai ter lugar em Bourget, na periferia nordeste de Paris, tem como principal objectivo fazer com que os 195 países assumam um acordo mundial para atenuar o aquecimento global. Em cima da mesa vai estar o compromisso dos países para conter a subida das temperaturas a 2 oC relativamente à era pré-industrial.
Ana Rita Antunes, do grupo de trabalho Energia e Alterações Climáticas da Quercus, explica que os países em de-senvolvimento são os que mais sofrem as consequências das grandes catástrofes porque são justamente aqueles que “têm piores de condições de vida e menos capacidade de resposta a estas calamidades, quer na prevenção quer na actuação”. E é por isso que estão a fazer pressão para que na cimeira do clima se chegue a um acordo sobre a redução das emissões de carbono, por um lado, e a pedir maior financiamento aos mais ricos para lidarem com estes fenómenos.
Para Ana Rita Antunes, não se trata de “culpar”as grandes potências, mas sim de responsabilizá-las. “Têm por um lado uma responsabilidade histórica sobre este novo fenómeno das alterações climáticas: foram os primeiros a emitir gases com efeito de estufa”, recorda. Por outro lado, Ana Rita sublinha que têm capacidade financeira que os países em desenvolvimento não têm. “Daí a questão do financiamento para mitigação e adaptação ser uma questão fundamental para os países em desenvolvimento, que deve constar do futuro acordo de Paris”, resume a especialista.
De resto, há uma ligação forte entre as calamidades e o nível de pobreza destas regiões mais afectadas que, continuando a sofrer cada vez mais fenómenos desta natureza, dificilmente deixarão de ser pobres. Recentemente, Barack Obama pediu a todos os líderes mundiais que não poupem esforços na missão de atingir um “forte acordo” sobre o clima, avisando que “todos os países serão afectados pelas alterações climáticas, mas serão os mais pobres a carregar o fardo”.
As alterações climáticas e todos os fenómenos meteorológicos associados são encarados pela ONU como uma “ameaça à erradicação da pobreza extrema no mundo”. De acordo com o relatório, “as catástrofes climáticas são cada vez mais frequentes, sobretudo devido ao aumento consistente do número de inundações e tempestades”, pode ler-se.
Cheias As inundações representaram, por si só, 47% das catástrofes climáticas entre 1995 e 2015 e afectaram 2,3 mil milhões de pessoas, 95% das quais na Ásia. Apesar de menos frequentes que as inundações, as tempestades foram as catástrofes climáticas mais mortíferas, com 242 mil mortos. Ao todo, os Estados Unidos e a China registaram o maior número de catástrofes desde 1995, devido à dimensão territorial. Mas a China e a Índia lideram o ranking dos países mais atingidos em termos de população afectada. Seguem-se o Bangladesh, Filipinas e Tailândia. Na América, o Brasil é o país onde a população foi mais castigada e, em África, o Quénia e a Etiópia.
E em Portugal? Nos últimos anos, o país também já foi castigado por cheias. Em 2010, na Madeira, 47 pessoas perderam a vida devido a um forte temporal e deslizamentos de terras. Três anos depois, no Faial (Açores), três pessoas morreram pelas mesmas razões. No mês passado, Albufeira viu-se completamente envolta em lama depois de uma enxurrada.
Sendo um país com muitas vulnerabilidades, Portugal está a preparar-se para os riscos das alterações climáticas através do projecto ClimAdaPT, que envolve especialistas da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), da Quercus e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em colaboração com 26 municípios portugueses.
Esta equipa de especialistas prevê que Portugal venha a enfrentar fenómenos de precipitação excessiva, causando cheias e inundações rápidas, deslizamentos de terras e danos em infra-estruturas. Apesar de poderem vir a ser menos frequentes, irão ser mais intensos. Além de cheias, o país vai enfrentar mais ondas de calor, secas “progressivamente mais frequentes e intensas até 2100”, assim como a subida do nível do mar.
Carlos Miguel sai da Câmara de Torres Vedras para secretário de Estado das Autarquias
por Negócios com Lusa
De origem cigana, Carlos Miguel é autarca há mais de duas décadas. Chega agora ao Governo de António Costa e ficará na dependência do ministro-adjunto Eduardo Cabrita, tal como Catarina Marcelino.
Eduardo Cabrita (na foto) terá na sua equipa dois secretários de Estado. Tutelará as áreas das Autarquias Locais, com o secretário de Estado Carlos Miguel nesse lugar, e da Cidadania e Igualdade, com a deputada socialista Catarina Marcelino nesta última Secretaria de Estado.
Para as autarquias foi escolhido Carlos Miguel, de 58 anos, que é advogado e autarca há mais 20 anos, os últimos 11 dos quais como presidente da Câmara de Torres Vedras.
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Carlos Miguel nasceu e reside em Torres Vedras, onde é desde Maio de 2004 presidente da câmara. O seu antecessor no município do Oeste, Jacinto Leandro, chegou a presidente da Câmara de Torres Vedras para substituir José Augusto de Carvalho, que assumiu na altura o cargo de secretário de Estado do Ordenamento do Território, com a pasta das Autarquias Locais, num Governo de António Guterres.
Com origens na etnia cigana, ficou conhecido por ser o "advogado dos ciganos", ao defender as causas desta minoria, refere Lusa. Nesse âmbito, chegou a apoiar a Pastoral dos Ciganos. Foi ainda conselheiro do Alto Comissariado para as Migrações e é membro suplente do Conselho Económico e Social.
Catarina Marcelino fica com a pasta da Cidadania e Igualdade. Deputada socialista na anterior legislatura, Catarina Marcelino foi eleita pelo círculo de Setúbal. Formada em antropologia, tem 44 anos e pertence à Comissão de Defesa Nacional. Em 2011 foi eleita presidente das Mulheres Socialistas ao vencer em 17 das 22 federações distritais dos socialistas.
Em 2014 foi noticia por escrever com erros ortográficos na sua página no Facebook.
De origem cigana, Carlos Miguel é autarca há mais de duas décadas. Chega agora ao Governo de António Costa e ficará na dependência do ministro-adjunto Eduardo Cabrita, tal como Catarina Marcelino.
Eduardo Cabrita (na foto) terá na sua equipa dois secretários de Estado. Tutelará as áreas das Autarquias Locais, com o secretário de Estado Carlos Miguel nesse lugar, e da Cidadania e Igualdade, com a deputada socialista Catarina Marcelino nesta última Secretaria de Estado.
Para as autarquias foi escolhido Carlos Miguel, de 58 anos, que é advogado e autarca há mais 20 anos, os últimos 11 dos quais como presidente da Câmara de Torres Vedras.
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Carlos Miguel nasceu e reside em Torres Vedras, onde é desde Maio de 2004 presidente da câmara. O seu antecessor no município do Oeste, Jacinto Leandro, chegou a presidente da Câmara de Torres Vedras para substituir José Augusto de Carvalho, que assumiu na altura o cargo de secretário de Estado do Ordenamento do Território, com a pasta das Autarquias Locais, num Governo de António Guterres.
Com origens na etnia cigana, ficou conhecido por ser o "advogado dos ciganos", ao defender as causas desta minoria, refere Lusa. Nesse âmbito, chegou a apoiar a Pastoral dos Ciganos. Foi ainda conselheiro do Alto Comissariado para as Migrações e é membro suplente do Conselho Económico e Social.
Catarina Marcelino fica com a pasta da Cidadania e Igualdade. Deputada socialista na anterior legislatura, Catarina Marcelino foi eleita pelo círculo de Setúbal. Formada em antropologia, tem 44 anos e pertence à Comissão de Defesa Nacional. Em 2011 foi eleita presidente das Mulheres Socialistas ao vencer em 17 das 22 federações distritais dos socialistas.
Em 2014 foi noticia por escrever com erros ortográficos na sua página no Facebook.
Ação de voluntariado da SIC Esperança beneficia 300 crianças
in VISÃO Solidária
Os funcionários da Impresa, dona da SIC e da VISÃO, entre outros órgãos de comunicação social, vão passar os próximos três dias a ajudar a recuperar as instalações da Associação Olho Vivo
O local escolhido para a ação de voluntariado anual promovida pela SIC Esperança foi a a Associação Olho Vivo, em Queluz.
Os funcionários da Impresa, a empresa detentora da SIC, Expresso e VISÃO, entre outros órgãos de comunicação social, vão ajudar a recuperar um centro de ocupação de tempos livres dinamizado por esta organização sem fins lucrativos, fundada há quase 30 anos.
Os voluntários irão melhorar as condições das instalações destinadas aos jovens dos 6 aos 18 anos dos bairros do Pendão e Pego-Longo, em Queluz, que desenvolve diversas atividades com o objetivo de diminuir o insucesso escolar dos estudantes destes bairros, assim como qualquer comportamento desviante que os possa conduzir à criminalidade.
O espaço, dividido em cinco salas, é frequentado por cerca de 300 crianças e jovens.
A ação de recuperação levada a cabo pelos voluntários mobilizados pela SIC Esperança irá decorrer de sexta, 27, a domingo, 29.
Os funcionários da Impresa, dona da SIC e da VISÃO, entre outros órgãos de comunicação social, vão passar os próximos três dias a ajudar a recuperar as instalações da Associação Olho Vivo
O local escolhido para a ação de voluntariado anual promovida pela SIC Esperança foi a a Associação Olho Vivo, em Queluz.
Os funcionários da Impresa, a empresa detentora da SIC, Expresso e VISÃO, entre outros órgãos de comunicação social, vão ajudar a recuperar um centro de ocupação de tempos livres dinamizado por esta organização sem fins lucrativos, fundada há quase 30 anos.
Os voluntários irão melhorar as condições das instalações destinadas aos jovens dos 6 aos 18 anos dos bairros do Pendão e Pego-Longo, em Queluz, que desenvolve diversas atividades com o objetivo de diminuir o insucesso escolar dos estudantes destes bairros, assim como qualquer comportamento desviante que os possa conduzir à criminalidade.
O espaço, dividido em cinco salas, é frequentado por cerca de 300 crianças e jovens.
A ação de recuperação levada a cabo pelos voluntários mobilizados pela SIC Esperança irá decorrer de sexta, 27, a domingo, 29.
Portugal tem de acompanhar desempregados de longa duração, diz Bruxelas
in Económico com Lusa
Desemprego continua elevado, notou a comissário europeia para o Emprego, indicando que o país deverá "seguir as recomendações" de Bruxelas.
Portugal deverá reforçar o acompanhamento do desemprego de longa duração, segundo a comissária europeia para o Emprego, Marianne Thyssen, no lançamento de um novo ciclo do “semestre europeu” de coordenação das políticas económicas e orçamentais na União Europeia (UE).
Em conferência de imprensa, em Bruxelas, a comissária notou que o desemprego continua elevado em Portugal, como consequência da crise financeira, acrescentando que o país deverá “seguir as recomendações” de Bruxelas especificamente no que respeita ao desemprego de longa duração e ao desemprego jovem.
Sobre o desemprego de longa duração, a Comissão Europeia espera esforços para um “melhor acompanhamento” dessas situações.
A comissária recordou as três recomendações aos Estados-membros, que passam pelo registo dos desempregados de longa duração, o “aconselhamento individual” e a oferta de um contrato de integração antes de 18 meses.
A nível do desemprego jovem são “necessárias reformas estruturais” em toda a União Europeia, referiu a comissária, recordando o financiamento disponível na área, para o qual Portugal é elegível.
“Muitos projectos estão a arrancar (no âmbito do programa Garantia Jovem) e as perspectivas são boas”, concluiu.
Desemprego continua elevado, notou a comissário europeia para o Emprego, indicando que o país deverá "seguir as recomendações" de Bruxelas.
Portugal deverá reforçar o acompanhamento do desemprego de longa duração, segundo a comissária europeia para o Emprego, Marianne Thyssen, no lançamento de um novo ciclo do “semestre europeu” de coordenação das políticas económicas e orçamentais na União Europeia (UE).
Em conferência de imprensa, em Bruxelas, a comissária notou que o desemprego continua elevado em Portugal, como consequência da crise financeira, acrescentando que o país deverá “seguir as recomendações” de Bruxelas especificamente no que respeita ao desemprego de longa duração e ao desemprego jovem.
Sobre o desemprego de longa duração, a Comissão Europeia espera esforços para um “melhor acompanhamento” dessas situações.
A comissária recordou as três recomendações aos Estados-membros, que passam pelo registo dos desempregados de longa duração, o “aconselhamento individual” e a oferta de um contrato de integração antes de 18 meses.
A nível do desemprego jovem são “necessárias reformas estruturais” em toda a União Europeia, referiu a comissária, recordando o financiamento disponível na área, para o qual Portugal é elegível.
“Muitos projectos estão a arrancar (no âmbito do programa Garantia Jovem) e as perspectivas são boas”, concluiu.
“Juntos Contra a Fome” mostra os seus trunfos na corrida de amanhã
Cláudia Tomé Marques, in Público on-line
Cerca de cinco mil inscritos na corrida de 10 Km e caminhada, mais de dois mil em relação à primeira edição, vão percorrer o coração de Lisboa, numa iniciativa que visa combater directa e localmente o flagelo da fome em toda a CPLP.
A 2ª edição da corrida “Juntos Contra a fome” arranca amanhã, às 17 horas, com partida da Praça do Comércio, em Lisboa. Cinco mil corredores vão percorrer o centro da capital, com o intuito de angariar cerca de 35 mil euros para financiar novos projectos da “Campanha Juntos Contra a Fome!”, fruto de uma parceria entre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A organização, em conversa com o Público Running, conta que a Corrida aparece num momento em que a Campanha procura chegar à sociedade civil. “Um dos motes da Campanha é de que o flagelo da fome não se combate somente nas organizações e através dos actores políticos e/ou diplomáticos. Tal como o nome afirma, estamos e temos de estar “Juntos Contra a Fome!”. Agora e sempre. Porque a fome é algo que nos afecta a fotos – directa e indirectamente – e só através de uma concepção plural e conjunta é que pode ser derrotada.”
A iniciativa parte do Secretariado Executivo da CPLP, por parte ao Dr. Manuel Clarote Lapão, director de Cooperação, que aproveita a ideia empreendedora da empresa In Totum, de criar uma corrida solidária associada à Campanha. A In Totum é a responsável pelas duas primeiras edições da prova.
A primeira edição foi recebida com sucesso, contando com cerca de três mil atletas, entre a caminhada e a corrida de dez quilómetros. O valor angariado ajudou a financiar os dois projectos da “Campanha Juntos Contra a Fome!”, em fase actual de construção: um na ilha de São Vicente, em Cabo Verde, e outro na região de Cacheu, no litoral norte da Guiné-Bissau (http://media.wix.com/ugd/101e99_af1552ebd1184b1d818a9453e4bccbf7.pdf). Por sua vez, a corrida aumentou também consideravelmente o interesse do público na Campanha e na CPLP como organização, “aumentando paralelamente o interesse em levar a prova para os outros estados membros e para outras cidades portuguesas.
Atletas de renome nacional e figuras públicas vão apoiar a causa e marcar presença no evento de amanhã. Estão confirmados atletas do Benfica, do Sporting, do Grupo Atletismo de Fátima e do GFD Running (parceiros da corrida). No que a figuras públicas diz respeito, a corrida vai contar igualmente com os apresentadores dos programas televisivos “5 para a Meia-Noite” e o “Agora Nós”: Pedro Fernandes, José Pedro Vasconcelos e Tânia Ribas de Oliveira. Para além disso, os muitos padrinhos da Campanha marcarão com certeza presença - Marta Leite Castro, Costa Neto, Lenita Pereira, Carlos Bajouca, Goretti Pina, Gabriel Baguet Jr., Elsa de Noronha, Nancy Vieira, entre outros.
Várias actividades infanto-juvenis, exposições e algumas brincadeiras culturais com os padrinhos da segunda edição da corrida vão marcar a diferença no dia de amanhã.
A organização aposta num maior sucesso na 2ª edição, em comparação com a corrida do ano passado. “Este ano estamos concentrados em ter uma corrida ainda mais forte e mais bonita por entre as ruas de Lisboa, e é na corrida e na caminhada que estão os nossos trunfos”.
A Câmara Municipal indicou ontem, em comunicado, que o trânsito na Avenida da Liberdade e na Baixa da cidade de Lisboa vai estar cortado amanhã à tarde devido à realização da Corrida Juntos Contra a Fome.
Quando questionados sobre uma possível terceira edição, a organização responde que já estão a trabalhar nela. “Não podemos adiantar grandes detalhes, mas tanto podemos expandir-nos a nível nacional como fazer uma primeira experiência noutro estado membro. O destino está, acima de tudo, nas mãos da CPLP.
A quem queira ajudar a Campanha “Juntos Contra a Fome!”, pode-o fazer inscrevendo-se na corrida de 10 Km, ligando para o número 760 30 88 88 (0,60€ + IVA) e contribuindo com um quilómetro solidário em forma de chamada telefónica, ou fazendo uma transferência para o fundo da Campanha (NIB: 0035 0391 00013831630 45; IBAN: PT 50 0035 0391 00013831630 45; BIC SWIFT: CGDIPTPL).
A "Campanha Juntos Contra a Fome!" é lançada oficialmente a 20 de Fevereiro de 2014, em Maputo, Moçambique. É fruto de uma parceria entra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e tem como principal objectivo combater directa e localmente o flagelo da fome em toda a CPLP, espaço com mais de 250 milhões de habitantes dos quais 22 passam ainda hoje fome. Maputo foi igualmente a cidade onde se começou a discutir com maior empenho o problema da fome entre os países da Comunidade, em Julho de 2012, altura em que a CPLP se comprometeu a cumprir com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), assim criando e desenvolvendo a chamada Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional (ESAN-CPLP), assente na concretização do princípio fundamental do Direito Humano à Alimentação Adequada.
Cerca de cinco mil inscritos na corrida de 10 Km e caminhada, mais de dois mil em relação à primeira edição, vão percorrer o coração de Lisboa, numa iniciativa que visa combater directa e localmente o flagelo da fome em toda a CPLP.
A 2ª edição da corrida “Juntos Contra a fome” arranca amanhã, às 17 horas, com partida da Praça do Comércio, em Lisboa. Cinco mil corredores vão percorrer o centro da capital, com o intuito de angariar cerca de 35 mil euros para financiar novos projectos da “Campanha Juntos Contra a Fome!”, fruto de uma parceria entre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A organização, em conversa com o Público Running, conta que a Corrida aparece num momento em que a Campanha procura chegar à sociedade civil. “Um dos motes da Campanha é de que o flagelo da fome não se combate somente nas organizações e através dos actores políticos e/ou diplomáticos. Tal como o nome afirma, estamos e temos de estar “Juntos Contra a Fome!”. Agora e sempre. Porque a fome é algo que nos afecta a fotos – directa e indirectamente – e só através de uma concepção plural e conjunta é que pode ser derrotada.”
A iniciativa parte do Secretariado Executivo da CPLP, por parte ao Dr. Manuel Clarote Lapão, director de Cooperação, que aproveita a ideia empreendedora da empresa In Totum, de criar uma corrida solidária associada à Campanha. A In Totum é a responsável pelas duas primeiras edições da prova.
A primeira edição foi recebida com sucesso, contando com cerca de três mil atletas, entre a caminhada e a corrida de dez quilómetros. O valor angariado ajudou a financiar os dois projectos da “Campanha Juntos Contra a Fome!”, em fase actual de construção: um na ilha de São Vicente, em Cabo Verde, e outro na região de Cacheu, no litoral norte da Guiné-Bissau (http://media.wix.com/ugd/101e99_af1552ebd1184b1d818a9453e4bccbf7.pdf). Por sua vez, a corrida aumentou também consideravelmente o interesse do público na Campanha e na CPLP como organização, “aumentando paralelamente o interesse em levar a prova para os outros estados membros e para outras cidades portuguesas.
Atletas de renome nacional e figuras públicas vão apoiar a causa e marcar presença no evento de amanhã. Estão confirmados atletas do Benfica, do Sporting, do Grupo Atletismo de Fátima e do GFD Running (parceiros da corrida). No que a figuras públicas diz respeito, a corrida vai contar igualmente com os apresentadores dos programas televisivos “5 para a Meia-Noite” e o “Agora Nós”: Pedro Fernandes, José Pedro Vasconcelos e Tânia Ribas de Oliveira. Para além disso, os muitos padrinhos da Campanha marcarão com certeza presença - Marta Leite Castro, Costa Neto, Lenita Pereira, Carlos Bajouca, Goretti Pina, Gabriel Baguet Jr., Elsa de Noronha, Nancy Vieira, entre outros.
Várias actividades infanto-juvenis, exposições e algumas brincadeiras culturais com os padrinhos da segunda edição da corrida vão marcar a diferença no dia de amanhã.
A organização aposta num maior sucesso na 2ª edição, em comparação com a corrida do ano passado. “Este ano estamos concentrados em ter uma corrida ainda mais forte e mais bonita por entre as ruas de Lisboa, e é na corrida e na caminhada que estão os nossos trunfos”.
A Câmara Municipal indicou ontem, em comunicado, que o trânsito na Avenida da Liberdade e na Baixa da cidade de Lisboa vai estar cortado amanhã à tarde devido à realização da Corrida Juntos Contra a Fome.
Quando questionados sobre uma possível terceira edição, a organização responde que já estão a trabalhar nela. “Não podemos adiantar grandes detalhes, mas tanto podemos expandir-nos a nível nacional como fazer uma primeira experiência noutro estado membro. O destino está, acima de tudo, nas mãos da CPLP.
A quem queira ajudar a Campanha “Juntos Contra a Fome!”, pode-o fazer inscrevendo-se na corrida de 10 Km, ligando para o número 760 30 88 88 (0,60€ + IVA) e contribuindo com um quilómetro solidário em forma de chamada telefónica, ou fazendo uma transferência para o fundo da Campanha (NIB: 0035 0391 00013831630 45; IBAN: PT 50 0035 0391 00013831630 45; BIC SWIFT: CGDIPTPL).
A "Campanha Juntos Contra a Fome!" é lançada oficialmente a 20 de Fevereiro de 2014, em Maputo, Moçambique. É fruto de uma parceria entra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e tem como principal objectivo combater directa e localmente o flagelo da fome em toda a CPLP, espaço com mais de 250 milhões de habitantes dos quais 22 passam ainda hoje fome. Maputo foi igualmente a cidade onde se começou a discutir com maior empenho o problema da fome entre os países da Comunidade, em Julho de 2012, altura em que a CPLP se comprometeu a cumprir com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), assim criando e desenvolvendo a chamada Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional (ESAN-CPLP), assente na concretização do princípio fundamental do Direito Humano à Alimentação Adequada.
Porque é que ainda se escrevem notícias sobre cegos, negros ou ciganos no governo?
Patrícia Fonseca, in Visão
Eu tenho um sonho.
Sonho com o dia em que esta nação se erguerá e respeitará o verdadeiro significado dos seus princípios, em que todos os homens nascem iguais - e serão tratados de forma igual.
Sonho que os nossos filhos, um dia, viverão num país onde não serão julgados pela cor da sua pele, pelo seu género ou orientação sexual, pela etnia do pai ou da mãe, pelas suas deficiências ou diferenças, mas sim pelo seu caráter e pelas suas capacidades.
Sonho com o momento histórico em que não seja preciso lembrar um discurso com mais de 50 anos durante a tomada de posse de um governo do meu país - porque, apesar de proferido numa nação hoje comandada por um negro, o sonho de igualdade de Luther King ainda não se cumpriu verdadeiramente. Lá como cá.
O Executivo que ontem tomou posse tem uma ministra da Justiça negra, uma secretária de Estado cega, um secretário de Estado de ascendência cigana. Apetece perguntar: e depois? Porque é que este tipo de categorização ainda ocupa títulos de jornais?
"Costa chama cega e cigano para o governo"
"O secretário de Estado cigano de pai"
"A primeira mulher negra a chegar a ministra"
A redução das pessoas à sua diferença, enquanto deficientes ou de outras cores, géneros ou origens, pode querer ser destacada pela positiva, como sinal de que os tempos avançam e já não existe tanta discriminação na sociedade portuguesa, mas o que acabam por revelar, quase sempre, é precisamente o contrário. E às vezes a emenda é pior que o soneto. Como quando se escreveu
"uma economista, um sociólogo e uma cega ao lado de Vieira da Silva"
para mais tarde corrigir para
"uma economista, um sociólogo e uma jurista cega ao lado de Vieira da Silva"
Estaria tudo certo sem o "cega". Ou então, se escrevesse, por exemplo
"uma economista obesa, um sociólogo gago, uma jurista cega ao lado do estrábico Vieira da Silva"
Mas isso pareceria mal, certo?
Noutra manchete, destaca-se que o ministério da Justiça, o tal que será liderado por uma negra, "faz o pleno no feminino". Só mulheres naqueles gabinetes, ui. E quantos ministérios fazem o pleno só com homens na sua equipa?
O currículo e o percurso destes novos governantes, todos excelentes e nalguns casos profundamente inspiradores, acabam relegados para um segundo plano das notícias.
Temos um novo primeiro-ministro que é de origem goesa e que, há alguns anos, contou ao Público que nunca se sentiu vítima de racismo, tirando "uma ou outra vez" em que lhe chamaram "monhé". A verdade é que a cor da sua pele já não faz manchetes, como já não se destaca o facto de a nova ministra da Administração Interna ser uma mulher (Constança Urbano de Sousa).
Talvez tenhamos mesmo de ter paciência e entender que há ainda um longo caminho a percorrer até que a diferença deixe de ser uma surpresa. E talvez estas nomeações sejam mais um passo nesse caminho.
Um dia, o facto de uma ministra ser negra ou um secretário de Estado ter um pai cigano deixarão de fazer manchetes e não merecerão mais do que uma nota de rodapé. Eu, pelo menos, preciso de sonhar com isso.
Eu tenho um sonho.
Sonho com o dia em que esta nação se erguerá e respeitará o verdadeiro significado dos seus princípios, em que todos os homens nascem iguais - e serão tratados de forma igual.
Sonho que os nossos filhos, um dia, viverão num país onde não serão julgados pela cor da sua pele, pelo seu género ou orientação sexual, pela etnia do pai ou da mãe, pelas suas deficiências ou diferenças, mas sim pelo seu caráter e pelas suas capacidades.
Sonho com o momento histórico em que não seja preciso lembrar um discurso com mais de 50 anos durante a tomada de posse de um governo do meu país - porque, apesar de proferido numa nação hoje comandada por um negro, o sonho de igualdade de Luther King ainda não se cumpriu verdadeiramente. Lá como cá.
O Executivo que ontem tomou posse tem uma ministra da Justiça negra, uma secretária de Estado cega, um secretário de Estado de ascendência cigana. Apetece perguntar: e depois? Porque é que este tipo de categorização ainda ocupa títulos de jornais?
"Costa chama cega e cigano para o governo"
"O secretário de Estado cigano de pai"
"A primeira mulher negra a chegar a ministra"
A redução das pessoas à sua diferença, enquanto deficientes ou de outras cores, géneros ou origens, pode querer ser destacada pela positiva, como sinal de que os tempos avançam e já não existe tanta discriminação na sociedade portuguesa, mas o que acabam por revelar, quase sempre, é precisamente o contrário. E às vezes a emenda é pior que o soneto. Como quando se escreveu
"uma economista, um sociólogo e uma cega ao lado de Vieira da Silva"
para mais tarde corrigir para
"uma economista, um sociólogo e uma jurista cega ao lado de Vieira da Silva"
Estaria tudo certo sem o "cega". Ou então, se escrevesse, por exemplo
"uma economista obesa, um sociólogo gago, uma jurista cega ao lado do estrábico Vieira da Silva"
Mas isso pareceria mal, certo?
Noutra manchete, destaca-se que o ministério da Justiça, o tal que será liderado por uma negra, "faz o pleno no feminino". Só mulheres naqueles gabinetes, ui. E quantos ministérios fazem o pleno só com homens na sua equipa?
O currículo e o percurso destes novos governantes, todos excelentes e nalguns casos profundamente inspiradores, acabam relegados para um segundo plano das notícias.
Temos um novo primeiro-ministro que é de origem goesa e que, há alguns anos, contou ao Público que nunca se sentiu vítima de racismo, tirando "uma ou outra vez" em que lhe chamaram "monhé". A verdade é que a cor da sua pele já não faz manchetes, como já não se destaca o facto de a nova ministra da Administração Interna ser uma mulher (Constança Urbano de Sousa).
Talvez tenhamos mesmo de ter paciência e entender que há ainda um longo caminho a percorrer até que a diferença deixe de ser uma surpresa. E talvez estas nomeações sejam mais um passo nesse caminho.
Um dia, o facto de uma ministra ser negra ou um secretário de Estado ter um pai cigano deixarão de fazer manchetes e não merecerão mais do que uma nota de rodapé. Eu, pelo menos, preciso de sonhar com isso.
Famílias ciganas da Vidigueira alojadas num barracão sem luz, casa de banho e água
Carlos Dias, in Público on-line
Oito adultos e 13 crianças vivem há cerca de ano e meio na zona mais antiga da vila alentejana tomando banho e fazendo as suas necessidades básicas em plena rua.
Em meados de Junho de 2014, 67 pessoas, incluindo 35 crianças, ficaram sem casa e viram os seus pertences destruídos no local onde viviam, na sequência da demolição ordenada pela Câmara da Vidigueira. Decorrido ano e meio, “um grave problema” afecta ainda mais de duas dezenas de pessoas, da família Azul, que vivem numa situação “degradante”, descreve Lucibela Pires, residente na vila, na denúncia que fez da situação junto de partidos políticos e organizações de apoio social.
O presidente da autarquia, Manuel Narra, justificou a decisão de demolir, no ano passado, o armazém onde as famílias Azul e Cabeça viviam por se terem registado “confrontos, com tiros”, entre os elementos das duas famílias, que colocaram em causa a segurança da população. Para a maioria dos desalojados, a autarquia encontrou alternativa, mas estes membros da família Azul decidiram procurar tecto pelos seus próprios meios, acabando por serem alojados neste barracão pela segurança social.
Agora, Lucibela Pires salienta que residem no armazém/barracão da Rua do Frade 13 crianças, “apesar da falta de condições do local para habitação”, criticando a “desastrada integração ‘à força’ dos ciganos na comunidade, desrespeitando as regras básicas de saúde e bem-estar de todos, quer dos ‘integrados’ quer dos moradores”.
Durante o Verão, outros residentes na rua “tiveram de suportar o mau cheiro de um esgoto a céu aberto em frente das suas portas”. A comunidade cigana “não tem sanitários, nem esgoto, onde fazer as suas necessidades, lavar a roupa ou a loiça”, prossegue a moradora.
Um grupo de moradores na Rua do Frade e Rua dos Gregos apresentou entretanto queixa junto da Câmara de Vidigueira e a autarquia ordenou a limpeza da sujidade em Setembro. Contudo, as famílias ciganas continuam a fazer as suas necessidades no espaço público, como o PÚBLICO pôde confirmar junto de outro residente na Rua do Frade, quando este limpava o empedrado em frente da sua casa. “O Verão que passou foi insuportável” com os maus cheiros, mas “continuam a fazer da rua casa de banho e depois limpam com baldes de água”, descreve.
Rosa Maria Reis, mãe de um bebé de meses e de mais dois meninos de quatro e cinco anos, o único membro da família Azul que se encontrava no interior do barracão quando o PÚBLICO ali foi, comprovou que o espaço onde habitam “não tem casas de banho nem esgotos.”
O chão de cimento é limpo diariamente com baldes de água e os colchões e mantas ficam amontoados em cima de mesas, cadeiras e caixas para se poder circular. No espaço vivem quatro casais e 13 crianças em idade escolar. “O que mais nos custa é dar-lhes banho com água fria, antes de irem para escola, para evitar problemas com os outros meninos”, explica a jovem mãe, frisando que a roupa é lavada “à porta do barracão”.
Diz não saber quem paga a renda do espaço onde estão alojados, mas queixa-se de que quando foram ali instalados pela “assistente social da Vidigueira” foi-lhes dito que era uma situação provisória.
O Instituto da Segurança Social, reagindo ao pedido de esclarecimentos solicitado pelo PÚBLICO, adiantou que já fez o diagnóstico das famílias desalojadas e concluiu que “necessitam de ter a situação habitacional resolvida de modo a que possam viver com as condições mínimas de dignidade”. Precisou ainda que, apesar de o Centro Distrital de Beja da Segurança Social “não ter competências em matéria de habitação”, a situação tem sido objecto de reuniões com a Câmara da Vidigueira, “tendo em vista a procura de soluções alternativas”.
No entanto, reportando-se à situação precária em que vive a família Azul, Manuel Narra é taxativo: “Quem avançou com os seus próprios meios” está confrontado “com todos os problemas inerentes à falta de planeamento e acompanhamento técnico adequado”. As famílias que tiveram “intervenção directa” da autarquia estão integradas em diversos locais, “onde não causam qualquer tipo de problema”, compara o autarca.
Entretanto, o PS da Vidigueira tornou público que a autarquia continua a pagar a renda do armazém onde estava a comunidade cigana expulsa em Junho de 2014. Desde aquela data, revelam os socialistas, o município já despendeu uma verba próxima dos 70 mil euros por um edifício que não utiliza.
Manuel Narra confirma, através de comunicado, que a autarquia está a suportar o encargo, alegando que o executivo municipal tinha “deliberado a aquisição do prédio rústico” à empresa Centro de Estudos e Formação Aquiles Estaço, Lda. (CEFAE)”. O acordo estabelece o pagamento de uma renda mensal “até à efectivação da escritura de compra e venda”.
Estêvão Pereira, da direcção do CEFAE, confirmou ao PÚBLICO que “há mais de um ano” foi apresentada à câmara uma proposta de venda do terreno e do edifício. Esta apresentou uma contraproposta, assumindo a vontade de aquisição, mas enquanto não fosse celebrada a escritura “seria paga uma renda mensal pelo espaço.” Estêvão Pereira diz desconhecer as razões por que ainda não foi afectivada a escritura, mas admite que a “falta de disponibilidade financeira da autarquia” esteja a protelar a compra do prédio rústico.
Oito adultos e 13 crianças vivem há cerca de ano e meio na zona mais antiga da vila alentejana tomando banho e fazendo as suas necessidades básicas em plena rua.
Em meados de Junho de 2014, 67 pessoas, incluindo 35 crianças, ficaram sem casa e viram os seus pertences destruídos no local onde viviam, na sequência da demolição ordenada pela Câmara da Vidigueira. Decorrido ano e meio, “um grave problema” afecta ainda mais de duas dezenas de pessoas, da família Azul, que vivem numa situação “degradante”, descreve Lucibela Pires, residente na vila, na denúncia que fez da situação junto de partidos políticos e organizações de apoio social.
O presidente da autarquia, Manuel Narra, justificou a decisão de demolir, no ano passado, o armazém onde as famílias Azul e Cabeça viviam por se terem registado “confrontos, com tiros”, entre os elementos das duas famílias, que colocaram em causa a segurança da população. Para a maioria dos desalojados, a autarquia encontrou alternativa, mas estes membros da família Azul decidiram procurar tecto pelos seus próprios meios, acabando por serem alojados neste barracão pela segurança social.
Agora, Lucibela Pires salienta que residem no armazém/barracão da Rua do Frade 13 crianças, “apesar da falta de condições do local para habitação”, criticando a “desastrada integração ‘à força’ dos ciganos na comunidade, desrespeitando as regras básicas de saúde e bem-estar de todos, quer dos ‘integrados’ quer dos moradores”.
Durante o Verão, outros residentes na rua “tiveram de suportar o mau cheiro de um esgoto a céu aberto em frente das suas portas”. A comunidade cigana “não tem sanitários, nem esgoto, onde fazer as suas necessidades, lavar a roupa ou a loiça”, prossegue a moradora.
Um grupo de moradores na Rua do Frade e Rua dos Gregos apresentou entretanto queixa junto da Câmara de Vidigueira e a autarquia ordenou a limpeza da sujidade em Setembro. Contudo, as famílias ciganas continuam a fazer as suas necessidades no espaço público, como o PÚBLICO pôde confirmar junto de outro residente na Rua do Frade, quando este limpava o empedrado em frente da sua casa. “O Verão que passou foi insuportável” com os maus cheiros, mas “continuam a fazer da rua casa de banho e depois limpam com baldes de água”, descreve.
Rosa Maria Reis, mãe de um bebé de meses e de mais dois meninos de quatro e cinco anos, o único membro da família Azul que se encontrava no interior do barracão quando o PÚBLICO ali foi, comprovou que o espaço onde habitam “não tem casas de banho nem esgotos.”
O chão de cimento é limpo diariamente com baldes de água e os colchões e mantas ficam amontoados em cima de mesas, cadeiras e caixas para se poder circular. No espaço vivem quatro casais e 13 crianças em idade escolar. “O que mais nos custa é dar-lhes banho com água fria, antes de irem para escola, para evitar problemas com os outros meninos”, explica a jovem mãe, frisando que a roupa é lavada “à porta do barracão”.
Diz não saber quem paga a renda do espaço onde estão alojados, mas queixa-se de que quando foram ali instalados pela “assistente social da Vidigueira” foi-lhes dito que era uma situação provisória.
O Instituto da Segurança Social, reagindo ao pedido de esclarecimentos solicitado pelo PÚBLICO, adiantou que já fez o diagnóstico das famílias desalojadas e concluiu que “necessitam de ter a situação habitacional resolvida de modo a que possam viver com as condições mínimas de dignidade”. Precisou ainda que, apesar de o Centro Distrital de Beja da Segurança Social “não ter competências em matéria de habitação”, a situação tem sido objecto de reuniões com a Câmara da Vidigueira, “tendo em vista a procura de soluções alternativas”.
No entanto, reportando-se à situação precária em que vive a família Azul, Manuel Narra é taxativo: “Quem avançou com os seus próprios meios” está confrontado “com todos os problemas inerentes à falta de planeamento e acompanhamento técnico adequado”. As famílias que tiveram “intervenção directa” da autarquia estão integradas em diversos locais, “onde não causam qualquer tipo de problema”, compara o autarca.
Entretanto, o PS da Vidigueira tornou público que a autarquia continua a pagar a renda do armazém onde estava a comunidade cigana expulsa em Junho de 2014. Desde aquela data, revelam os socialistas, o município já despendeu uma verba próxima dos 70 mil euros por um edifício que não utiliza.
Manuel Narra confirma, através de comunicado, que a autarquia está a suportar o encargo, alegando que o executivo municipal tinha “deliberado a aquisição do prédio rústico” à empresa Centro de Estudos e Formação Aquiles Estaço, Lda. (CEFAE)”. O acordo estabelece o pagamento de uma renda mensal “até à efectivação da escritura de compra e venda”.
Estêvão Pereira, da direcção do CEFAE, confirmou ao PÚBLICO que “há mais de um ano” foi apresentada à câmara uma proposta de venda do terreno e do edifício. Esta apresentou uma contraproposta, assumindo a vontade de aquisição, mas enquanto não fosse celebrada a escritura “seria paga uma renda mensal pelo espaço.” Estêvão Pereira diz desconhecer as razões por que ainda não foi afectivada a escritura, mas admite que a “falta de disponibilidade financeira da autarquia” esteja a protelar a compra do prédio rústico.
Papa defende modelo de integração urbano no Quénia
in euronews
O Papa desafia o poder político a por fim à exclusão de quem vive nas favelas e propõe um modelo de integração urbano assente no respeito comum.
O apelo foi lançado num dos bairros mais pobres de Nairobi, na capital do Quénia. Um país onde mais de metade da população vive com menos de um dólar por dia. Criticou, ainda, a falta de infraestruturas e de serviços básicos como esgotos, água potável e eletricidade. Uma situação que descreveu como uma “atroz injustiça da exclusão urbana” e que é preciso resolver.
Para o Papa a dívida social e ambiental para com os mais pobres pode ser paga se forem respeitados três direitos que o chefe da Igreja classifica de sagrados. O direito à terra, ao teto e ao trabalho. Francisco defende que esta não é uma questão filantrópica, mas uma obrigação.
Francisco encerra, esta sexta-feira, a primeira etapa do périplo africano que começou na capital queniana. Parte em seguida para o Uganda e depois para a República Centro-africana palco de uma guerra civil.
O Papa desafia o poder político a por fim à exclusão de quem vive nas favelas e propõe um modelo de integração urbano assente no respeito comum.
O apelo foi lançado num dos bairros mais pobres de Nairobi, na capital do Quénia. Um país onde mais de metade da população vive com menos de um dólar por dia. Criticou, ainda, a falta de infraestruturas e de serviços básicos como esgotos, água potável e eletricidade. Uma situação que descreveu como uma “atroz injustiça da exclusão urbana” e que é preciso resolver.
Para o Papa a dívida social e ambiental para com os mais pobres pode ser paga se forem respeitados três direitos que o chefe da Igreja classifica de sagrados. O direito à terra, ao teto e ao trabalho. Francisco defende que esta não é uma questão filantrópica, mas uma obrigação.
Francisco encerra, esta sexta-feira, a primeira etapa do périplo africano que começou na capital queniana. Parte em seguida para o Uganda e depois para a República Centro-africana palco de uma guerra civil.
Criada loja de voluntariado para pessoas carenciadas em Viana do Castelo
Cátia Ferraz, Pedro Rothes, José Luís Carvalho, in RTP
Existem, em Viana do Castelo, uma loja pouco convencional, instalada na cidade. Os vendedores são voluntários e os clientes não precisam de dinheiro para comprar.
Existem, em Viana do Castelo, uma loja pouco convencional, instalada na cidade. Os vendedores são voluntários e os clientes não precisam de dinheiro para comprar.
Banco Alimentar Contra a Fome reúne 2 mil voluntários em Campanha Saco
in DnNotícias.pt
A Campanha Saco decorre este fim-de-semana em 31 superfícies comerciais da Região, nomeadamente nas cadeiras Continente, Pingo Doce, Recheio, Super São Roque e Super Novo.
A par desta campanha e até dia 6 de Dezembro, o Banco Alimentar tem em vigor a Campanha Online e a Campanha Vale.
A Campanha Saco decorre este fim-de-semana em 31 superfícies comerciais da Região, nomeadamente nas cadeiras Continente, Pingo Doce, Recheio, Super São Roque e Super Novo.
A par desta campanha e até dia 6 de Dezembro, o Banco Alimentar tem em vigor a Campanha Online e a Campanha Vale.
"Juntos contra a fome" angaria 17 mil euros para ajudar países mais pobres
in RTP
A segunda edição da Corrida "Juntos Contra a Fome" da CPLP decorreu este sábado em Lisboa. Perto de três mil pessoas partiram da Praça do Comércio e percorreram o centro da capital. Com a prova foram angariados cerca de 17 mil euros que vão ser utilizados para combater a fome nos países mais pobres da Comunidade, dos países de língua portuguesa.
A segunda edição da Corrida "Juntos Contra a Fome" da CPLP decorreu este sábado em Lisboa. Perto de três mil pessoas partiram da Praça do Comércio e percorreram o centro da capital. Com a prova foram angariados cerca de 17 mil euros que vão ser utilizados para combater a fome nos países mais pobres da Comunidade, dos países de língua portuguesa.
África: Papa critica tráfico de seres humanos e indiferença face à pobreza
in Agência Ecclesia
Francisco diz que Igreja não pode «ficar a olhar»
Campala, 28 nov 2015 (Ecclesia) – O Papa alertou hoje no Uganda para o tráfico de seres humanos e a indiferença face à pobreza, pedindo que a Igreja Católica esteja na linha da frente destes combates.
“É triste quando as nossas sociedades permitem que os idosos sejam descartados ou esquecidos. É reprovável quando os jovens são explorados pela escravidão atual do tráfico de seres humanos”, disse, durante uma visita à Casa da Caridade de ‘Nalukolongo Bakateyamba’, nos arredores da capital Campala.
Francisco sustentou que “alguma coisa tem de mudar”.
“Como cristãos, não podemos ficar simplesmente a olhar, a ver o que acontece, sem fazer nada”, referiu.
Numa instituição que acolhe pobres de todas as idades e credos, o Papa deixou um apelo a todas as paróquias e comunidades católicas da África “para que não esqueçam os pobres. não esqueçam os pobres”.
“O Evangelho impõe-nos sair para as periferias da sociedade a fim de encontrarmos Cristo na pessoa que sofre e em quem passa necessidade”, explicou.
Nesse contexto, lamentou o que chamou de cultura do “usa e deita fora”, com críticas ao aborto, ao abandonos dos idosos.
“Se olharmos atentamente para o mundo ao nosso redor, parece que, em muitos lugares, campeiam o egoísmo e a indiferença”, assinalou.
A Casa da Caridade foi fundada em 1978 pelo primeiro cardeal ugandês, D. Emmanuel Kiwanuka Nsubuga.
“As nossas paróquias não podem fechar as portas e os ouvidos ao grito dos pobres”, afirmou o Papa.
Francisco elogiou o trabalho das Irmãs do Bom Samaritano, responsáveis pela instituição que ajuda atualmente cerca de uma centena de pessoas.
“Aqui está presente Jesus”, realçou.
Segundo o Papa, locais como este representam o compromisso da Igreja “em favor dos pobres, dos deficientes e dos doentes”, em particular o “grande e frutuoso trabalho” junto das pessoas afetadas pelo HIV/Sida.
Na Casa da Caridade, em particular, várias crianças foram “resgatadas da escravidão” e muitas mulheres “receberam uma educação religiosa”.
“É assim que damos testemunho do Senhor que veio, não para ser servido, mas para servir. Assim mostramos que as pessoas contam mais do que as coisas, e que aquilo que somos é mais importante do que o que possuímos”, concluiu
O Papa passou depois pelas instalações e cumprimentou algumas pessoas doentes, antes de seguir para a sede da Arquidiocese de Campala, onde se encontra em privado com os bispos do Uganda.
OC
Francisco diz que Igreja não pode «ficar a olhar»
Campala, 28 nov 2015 (Ecclesia) – O Papa alertou hoje no Uganda para o tráfico de seres humanos e a indiferença face à pobreza, pedindo que a Igreja Católica esteja na linha da frente destes combates.
“É triste quando as nossas sociedades permitem que os idosos sejam descartados ou esquecidos. É reprovável quando os jovens são explorados pela escravidão atual do tráfico de seres humanos”, disse, durante uma visita à Casa da Caridade de ‘Nalukolongo Bakateyamba’, nos arredores da capital Campala.
Francisco sustentou que “alguma coisa tem de mudar”.
“Como cristãos, não podemos ficar simplesmente a olhar, a ver o que acontece, sem fazer nada”, referiu.
Numa instituição que acolhe pobres de todas as idades e credos, o Papa deixou um apelo a todas as paróquias e comunidades católicas da África “para que não esqueçam os pobres. não esqueçam os pobres”.
“O Evangelho impõe-nos sair para as periferias da sociedade a fim de encontrarmos Cristo na pessoa que sofre e em quem passa necessidade”, explicou.
Nesse contexto, lamentou o que chamou de cultura do “usa e deita fora”, com críticas ao aborto, ao abandonos dos idosos.
“Se olharmos atentamente para o mundo ao nosso redor, parece que, em muitos lugares, campeiam o egoísmo e a indiferença”, assinalou.
A Casa da Caridade foi fundada em 1978 pelo primeiro cardeal ugandês, D. Emmanuel Kiwanuka Nsubuga.
“As nossas paróquias não podem fechar as portas e os ouvidos ao grito dos pobres”, afirmou o Papa.
Francisco elogiou o trabalho das Irmãs do Bom Samaritano, responsáveis pela instituição que ajuda atualmente cerca de uma centena de pessoas.
“Aqui está presente Jesus”, realçou.
Segundo o Papa, locais como este representam o compromisso da Igreja “em favor dos pobres, dos deficientes e dos doentes”, em particular o “grande e frutuoso trabalho” junto das pessoas afetadas pelo HIV/Sida.
Na Casa da Caridade, em particular, várias crianças foram “resgatadas da escravidão” e muitas mulheres “receberam uma educação religiosa”.
“É assim que damos testemunho do Senhor que veio, não para ser servido, mas para servir. Assim mostramos que as pessoas contam mais do que as coisas, e que aquilo que somos é mais importante do que o que possuímos”, concluiu
O Papa passou depois pelas instalações e cumprimentou algumas pessoas doentes, antes de seguir para a sede da Arquidiocese de Campala, onde se encontra em privado com os bispos do Uganda.
OC
Tempo de trabalho: que progresso social?
Glória Rebelo, in Público on-line
De acordo com o estudo “How’s Life - Measuring well-being”, divulgado pela OCDE, e que analisa o bem-estar social das pessoas, Portugal faz parte do grupo de países que mais sofre as “sequelas sociais” da crise financeira internacional de 2007/2008, sendo os portugueses dos mais insatisfeitos com a vida. E esta opinião justifica-se acima de tudo pelo aumento da incerteza em manter um emprego (e receio de ficar desempregado) assim como pela ampliação dos períodos normais de trabalho “muito longos”, de 50 ou mais horas semanais que, segundo o estudo, “quase duplicou” entre 2009 e 2013. O documento indica que, desde 2009, o número de pessoas a trabalhar regularmente 50 horas ou mais por semana aumentou em vários países (por exemplo, no Reino Unido, Irlanda e República Eslovaca), mas foi em Portugal e no Chile que se registaram os aumentos mais significativos (e, ao contrário, em países como a Áustria, República Checa ou Israel, verificou-se uma redução dos períodos normais de trabalho).
A OCDE evidencia o facto de terem sido os países mais afectados pela crise – como Grécia, Portugal e Espanha – a registar as quebras mais graves em vários indicadores de bem-estar desde 2009 e, em especial no caso de Portugal, sublinhando que as “sequelas sociais” não atingiram os níveis da Grécia, alerta para o aumento dos períodos normais de trabalho.
Como se sabe, em matéria da organização do tempo de trabalho, a história da regulação laboral, legal e convencional, mostra que o propósito de redução dos tempos de trabalho tem sido um sinal progressista de desenvolvimento das condições de trabalho, tanto mais que se entende que, em nome do princípio da dignidade pessoal e social, a prestação de trabalho deve permitir conciliar a vida pessoal e familiar com o trabalho e que se trata de uma exigência de proteção da saúde e segurança das pessoas que trabalham.
No nosso país, desde 1919 que, também por estas razões, o limite máximo legal para o período normal de trabalho diário se encontra fixado nas 8 horas de trabalho. Contudo, na sequência de transformações económicas, foram ultimamente consagradas no ordenamento jurídico-laboral algumas alterações em matéria de organização do tempo de trabalho, que têm tido como consequência um aumento dos períodos normais de trabalho. De entre elas é de destacar o banco de horas individual: se em 2009 se tinha previsto o banco de horas por regulamentação coletiva, em 2012 consagrou-se o banco de horas individual (acordado entre empregador e trabalhador, sob proposta daquele) e que permite o aumento do período normal de trabalho até duas diárias, no limite de 50 horas semanais.
Ora, quando falamos de progresso social e de bem-estar social pensamos também na promoção da melhoria das condições de trabalho, com vista a uma vida social condigna. E, neste aspecto, é crucial atentar na evolução média do período normal de trabalho no nosso país já que qualquer reconfiguração da organização do tempo de trabalho repercutir-se-á, inevitavelmente, no direito à vida pessoal e familiar e no direito ao repouso dos trabalhadores.
A este propósito, e num sentido oposto, refira-se que na Suécia, por exemplo, começou a implementar-se, faseadamente, as 6 horas de trabalho diárias. E, segundo uma recente notícia do jornal “The Guardian”, apesar da redução horária os salários manter-se-ão, sendo o objetivo principal desta medida o de promover um aumento da produtividade, contribuindo para o bem-estar da população. A ideia é de a procurar que os trabalhadores se concentrem mais sobre o trabalho ganhando, simultaneamente, tempo para a sua vida pessoal e familiar. Certos serviços, como lares de idosos e hospitais, implementaram já a mudança e a generalidade das pessoas – incluindo os empregadores – parece aceitar bem esta alteração.
E se, em Portugal, em virtude da destruição de emprego ocorrida nos últimos anos, persistem elevados níveis de desemprego, particularmente de Desemprego de Longa Duração, ante esta tendência para o aumento dos períodos normais de trabalho, importa realçar o papel crucial do Direito do Trabalho em matéria de organização do tempo de trabalho. Designadamente, robustecendo soluções jurídicas que garantam partilha do trabalho, caso contrário a maioria da população trabalhará cada vez mais tempo, em prejuízo não só do seu bem-estar mas também do propósito de reduzir o desemprego.
De acordo com o estudo “How’s Life - Measuring well-being”, divulgado pela OCDE, e que analisa o bem-estar social das pessoas, Portugal faz parte do grupo de países que mais sofre as “sequelas sociais” da crise financeira internacional de 2007/2008, sendo os portugueses dos mais insatisfeitos com a vida. E esta opinião justifica-se acima de tudo pelo aumento da incerteza em manter um emprego (e receio de ficar desempregado) assim como pela ampliação dos períodos normais de trabalho “muito longos”, de 50 ou mais horas semanais que, segundo o estudo, “quase duplicou” entre 2009 e 2013. O documento indica que, desde 2009, o número de pessoas a trabalhar regularmente 50 horas ou mais por semana aumentou em vários países (por exemplo, no Reino Unido, Irlanda e República Eslovaca), mas foi em Portugal e no Chile que se registaram os aumentos mais significativos (e, ao contrário, em países como a Áustria, República Checa ou Israel, verificou-se uma redução dos períodos normais de trabalho).
A OCDE evidencia o facto de terem sido os países mais afectados pela crise – como Grécia, Portugal e Espanha – a registar as quebras mais graves em vários indicadores de bem-estar desde 2009 e, em especial no caso de Portugal, sublinhando que as “sequelas sociais” não atingiram os níveis da Grécia, alerta para o aumento dos períodos normais de trabalho.
Como se sabe, em matéria da organização do tempo de trabalho, a história da regulação laboral, legal e convencional, mostra que o propósito de redução dos tempos de trabalho tem sido um sinal progressista de desenvolvimento das condições de trabalho, tanto mais que se entende que, em nome do princípio da dignidade pessoal e social, a prestação de trabalho deve permitir conciliar a vida pessoal e familiar com o trabalho e que se trata de uma exigência de proteção da saúde e segurança das pessoas que trabalham.
No nosso país, desde 1919 que, também por estas razões, o limite máximo legal para o período normal de trabalho diário se encontra fixado nas 8 horas de trabalho. Contudo, na sequência de transformações económicas, foram ultimamente consagradas no ordenamento jurídico-laboral algumas alterações em matéria de organização do tempo de trabalho, que têm tido como consequência um aumento dos períodos normais de trabalho. De entre elas é de destacar o banco de horas individual: se em 2009 se tinha previsto o banco de horas por regulamentação coletiva, em 2012 consagrou-se o banco de horas individual (acordado entre empregador e trabalhador, sob proposta daquele) e que permite o aumento do período normal de trabalho até duas diárias, no limite de 50 horas semanais.
Ora, quando falamos de progresso social e de bem-estar social pensamos também na promoção da melhoria das condições de trabalho, com vista a uma vida social condigna. E, neste aspecto, é crucial atentar na evolução média do período normal de trabalho no nosso país já que qualquer reconfiguração da organização do tempo de trabalho repercutir-se-á, inevitavelmente, no direito à vida pessoal e familiar e no direito ao repouso dos trabalhadores.
A este propósito, e num sentido oposto, refira-se que na Suécia, por exemplo, começou a implementar-se, faseadamente, as 6 horas de trabalho diárias. E, segundo uma recente notícia do jornal “The Guardian”, apesar da redução horária os salários manter-se-ão, sendo o objetivo principal desta medida o de promover um aumento da produtividade, contribuindo para o bem-estar da população. A ideia é de a procurar que os trabalhadores se concentrem mais sobre o trabalho ganhando, simultaneamente, tempo para a sua vida pessoal e familiar. Certos serviços, como lares de idosos e hospitais, implementaram já a mudança e a generalidade das pessoas – incluindo os empregadores – parece aceitar bem esta alteração.
E se, em Portugal, em virtude da destruição de emprego ocorrida nos últimos anos, persistem elevados níveis de desemprego, particularmente de Desemprego de Longa Duração, ante esta tendência para o aumento dos períodos normais de trabalho, importa realçar o papel crucial do Direito do Trabalho em matéria de organização do tempo de trabalho. Designadamente, robustecendo soluções jurídicas que garantam partilha do trabalho, caso contrário a maioria da população trabalhará cada vez mais tempo, em prejuízo não só do seu bem-estar mas também do propósito de reduzir o desemprego.
Bancos contra a fome recolheram 2.270 toneladas de alimentos para apoiar 425 mil pessoas
in Público on-line
Os géneros alimentares recolhidos por mais de 42 mil voluntários serão distribuídos por um total de 2600 Instituições de solidariedade social.
A actividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se ao longo de todo o ano Paulo Pimenta
A presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, disse esta segunda-feira que foram recolhidas 2270 toneladas de alimentos durante a campanha realizada no fim-de-semana, com o auxílio de mais de 42.000 voluntários.
"Na campanha de fim-de-semana, com recurso a voluntários, foram recolhidas 2270 toneladas de alimentos. Estes dados são praticamente finais. Falta apenas concluir um banco que faltava ainda transportar os alimentos de um supermercado mais distantes, mas são praticamente finais, não haverá grandes variações", disse.
Isabel Jonet adiantou ainda que os valores da campanha do fim-de-semana comparam com cerca de 2300 toneladas recolhidas na campanha de Novembro de 2014.
"Até dia 06 de Dezembro [até ao final desta semana] as pessoas podem ainda contribuir sob a forma de um vale de alimentos, que está disponível nos supermercados ou através da campanha www.alimentestaideia.net, a plataforma na Internet disponibilizada pelos bancos alimentares para a angariação de produtos e para a participação dos que estão mais longe e não tiveram a oportunidade de ir às compras no fim-de-semana", explicou.
A campanha foi realizada em cerca de 2000 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Oeste, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, S. Miguel, Terceira, Viana do Castelo, Viseu e na Terceira.
A campanha portuguesa coincidiu com iguais operações de recolha de géneros alimentares organizadas pelos 264 Bancos Alimentares Contra a Fome em actividade por toda a Europa.
Na campanha, cujo lema foi "A sua ajuda é enorme por mais pequena que seja a sua contribuição", participaram mais de 42 mil voluntários.
Em declarações à Lusa, Isabel Jonet destacou a importância dos voluntários e a adesão do público à campanha. "Tivemos muitos voluntários. Tivemos uma grande adesão, sobretudo no sábado. Tivemos muitos grupos de jovens, agrupamentos de escolas, escuteiros, guias, muitos colaboradores de empresas que levaram os filhos e muitas pessoas que a título individual marcaram presença. Estes voluntários são muito importantes", salientou. Os géneros alimentares recolhidos serão agora distribuídos por um total de 2600 Instituições de solidariedade social a mais de 425 mil pessoas com carências alimentares comprovadas.
A actividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se ao longo de todo o ano. Em 2014, os 21 Bancos Alimentares Contra a Fome operacionais distribuíram um total de 29.630 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 41.482 milhões de euros), ou seja, um movimento médio de 118 toneladas por dia útil.
Os géneros alimentares recolhidos por mais de 42 mil voluntários serão distribuídos por um total de 2600 Instituições de solidariedade social.
A actividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se ao longo de todo o ano Paulo Pimenta
A presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, disse esta segunda-feira que foram recolhidas 2270 toneladas de alimentos durante a campanha realizada no fim-de-semana, com o auxílio de mais de 42.000 voluntários.
"Na campanha de fim-de-semana, com recurso a voluntários, foram recolhidas 2270 toneladas de alimentos. Estes dados são praticamente finais. Falta apenas concluir um banco que faltava ainda transportar os alimentos de um supermercado mais distantes, mas são praticamente finais, não haverá grandes variações", disse.
Isabel Jonet adiantou ainda que os valores da campanha do fim-de-semana comparam com cerca de 2300 toneladas recolhidas na campanha de Novembro de 2014.
"Até dia 06 de Dezembro [até ao final desta semana] as pessoas podem ainda contribuir sob a forma de um vale de alimentos, que está disponível nos supermercados ou através da campanha www.alimentestaideia.net, a plataforma na Internet disponibilizada pelos bancos alimentares para a angariação de produtos e para a participação dos que estão mais longe e não tiveram a oportunidade de ir às compras no fim-de-semana", explicou.
A campanha foi realizada em cerca de 2000 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Oeste, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, S. Miguel, Terceira, Viana do Castelo, Viseu e na Terceira.
A campanha portuguesa coincidiu com iguais operações de recolha de géneros alimentares organizadas pelos 264 Bancos Alimentares Contra a Fome em actividade por toda a Europa.
Na campanha, cujo lema foi "A sua ajuda é enorme por mais pequena que seja a sua contribuição", participaram mais de 42 mil voluntários.
Em declarações à Lusa, Isabel Jonet destacou a importância dos voluntários e a adesão do público à campanha. "Tivemos muitos voluntários. Tivemos uma grande adesão, sobretudo no sábado. Tivemos muitos grupos de jovens, agrupamentos de escolas, escuteiros, guias, muitos colaboradores de empresas que levaram os filhos e muitas pessoas que a título individual marcaram presença. Estes voluntários são muito importantes", salientou. Os géneros alimentares recolhidos serão agora distribuídos por um total de 2600 Instituições de solidariedade social a mais de 425 mil pessoas com carências alimentares comprovadas.
A actividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se ao longo de todo o ano. Em 2014, os 21 Bancos Alimentares Contra a Fome operacionais distribuíram um total de 29.630 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 41.482 milhões de euros), ou seja, um movimento médio de 118 toneladas por dia útil.
Município desafia parceiros da Rede Social a aproveitarem verbas comunitárias
in Setúbal na Rede
Os novos programas e medidas de combate à pobreza e inclusão estiveram em destaque nesta edição do fórum
O presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, apelou aos parceiros que integram a Rede Social de Palmela para que se envolvam na apresentação de projectos, para rentabilizar da melhor forma as verbas comunitárias que o município já conseguiu captar no âmbito do Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial, já aprovado na Área Metropolitana de Lisboa. O desafio foi lançado durante a sessão de abertura do VII Fórum Social de Palmela, que decorreu na quinta-feira, na Biblioteca Municipal de Palmela, com o tema “A figura de Janus aplicada à Rede Social: dos percursos firmados aos novos espaços de confluência”.
Álvaro Amaro lembrou que, no âmbito do Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial, “o município conseguiu um fundo cativo para projectos a definir e a executar até 2020”, mas “não quis municipalizar todos os projectos e respostas e tem também esta bolsa reservada para que parceiros no território possam recorrer a ela”.
O presidente deu como exemplo o PRIA – Percursos em Rede na Inclusão Activa, um projecto supramunicipal, juntamente com as câmaras de Setúbal e Sesimbra, no domínio da saúde e bem-estar, “onde os parceiros da rede também são fundamentais na sua concretização”. Para além disso, referiu que “outras candidaturas estão previstas no domínio do emprego, da inovação, do empreendedorismo, da qualificação e formação profissional e da educação, com especial ênfase nas medidas que possam conduzir à redução do abandono escolar e na requalificação do próprio parque escolar”. “Está dado o primeiro passo, o da captação de verbas, será agora fundamental concretizar projectos e, para isso, contamos com os parceiros da rede”, desafiou.
Nesta edição do Fórum Social, o debate centrou-se nas redes colaborativas, na governação integrada e nos novos programas e medidas de combate à pobreza e inclusão, designadamente, os Programas Escolhas, os Contratos Locais de Desenvolvimento Social, as Redes Locais para a Intervenção Social e as Estratégias de Desenvolvimento Local de Base Comunitária.
O presidente do Conselho Local de Ação Social de Palmela, Adilo Costa, considera que estes diferentes instrumentos e programas “configuram, seguramente, oportunidades para que as organizações ampliem a sua intervenção, chegando com mais e melhores respostas e meios a mais pessoas e famílias que necessitem delas”. Por isso, defendeu que “importa tirar o melhor partido destas iniciativas e programas” e que é “fundamental a articulação entre todas estas respostas e entre todos os seus interlocutores, as diferentes IPSS’s, as comunidades, todas as associações, os organismos da administração central e local e os demais agentes sociais, para que Palmela seja, efectivamente, mais inclusiva, mais coesa, com mais e melhores oportunidades para todos”.
Os novos programas e medidas de combate à pobreza e inclusão estiveram em destaque nesta edição do fórum
O presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, apelou aos parceiros que integram a Rede Social de Palmela para que se envolvam na apresentação de projectos, para rentabilizar da melhor forma as verbas comunitárias que o município já conseguiu captar no âmbito do Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial, já aprovado na Área Metropolitana de Lisboa. O desafio foi lançado durante a sessão de abertura do VII Fórum Social de Palmela, que decorreu na quinta-feira, na Biblioteca Municipal de Palmela, com o tema “A figura de Janus aplicada à Rede Social: dos percursos firmados aos novos espaços de confluência”.
Álvaro Amaro lembrou que, no âmbito do Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial, “o município conseguiu um fundo cativo para projectos a definir e a executar até 2020”, mas “não quis municipalizar todos os projectos e respostas e tem também esta bolsa reservada para que parceiros no território possam recorrer a ela”.
O presidente deu como exemplo o PRIA – Percursos em Rede na Inclusão Activa, um projecto supramunicipal, juntamente com as câmaras de Setúbal e Sesimbra, no domínio da saúde e bem-estar, “onde os parceiros da rede também são fundamentais na sua concretização”. Para além disso, referiu que “outras candidaturas estão previstas no domínio do emprego, da inovação, do empreendedorismo, da qualificação e formação profissional e da educação, com especial ênfase nas medidas que possam conduzir à redução do abandono escolar e na requalificação do próprio parque escolar”. “Está dado o primeiro passo, o da captação de verbas, será agora fundamental concretizar projectos e, para isso, contamos com os parceiros da rede”, desafiou.
Nesta edição do Fórum Social, o debate centrou-se nas redes colaborativas, na governação integrada e nos novos programas e medidas de combate à pobreza e inclusão, designadamente, os Programas Escolhas, os Contratos Locais de Desenvolvimento Social, as Redes Locais para a Intervenção Social e as Estratégias de Desenvolvimento Local de Base Comunitária.
O presidente do Conselho Local de Ação Social de Palmela, Adilo Costa, considera que estes diferentes instrumentos e programas “configuram, seguramente, oportunidades para que as organizações ampliem a sua intervenção, chegando com mais e melhores respostas e meios a mais pessoas e famílias que necessitem delas”. Por isso, defendeu que “importa tirar o melhor partido destas iniciativas e programas” e que é “fundamental a articulação entre todas estas respostas e entre todos os seus interlocutores, as diferentes IPSS’s, as comunidades, todas as associações, os organismos da administração central e local e os demais agentes sociais, para que Palmela seja, efectivamente, mais inclusiva, mais coesa, com mais e melhores oportunidades para todos”.
Conheça (algumas) consequências das alterações climáticas
Nuno Guedes, in TSF
Cidades debaixo de água, fome e doenças são cenários para o futuro. Mas no passado as catástrofes naturais, cada vez mais comuns, já mataram 600 mil pessoas nos últimos 20 anos.
As Nações Unidas e o Banco Mundial têm alertado para as consequências das alterações climáticas que já afetam o planeta e que se podem agravar nos próximos anos.
O jornalista Nuno Guedes lembra alguma das consequências das alterações climáticas
Apesar de várias cimeiras no passado, a Organização Meteorológica Mundial concluiu que 2014 teve um novo recorde de concentração de gases com efeito de estufa. Estes valores são, aliás, ultrapassados quase todos os anos, numa altura em que vários especialistas dizem que o gelo do Ártico está a derreter a uma velocidade nunca vista.
A água que descongela no polo Norte é uma das principais razões que levou investigadores do instituto norte-americano Climate Central a dizerem, recentemente, que grandes cidades como Hong Kong, Calcutá, Jacarta, Xangai, Bombaim, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova Iorque ou Tóquio estão ameaçadas pela subida do nível do mar.
30 mil mortos por ano
O futuro pode ser pior, mas cálculos divulgados pela ONU na semana passada revelam que nos últimos 20 anos as catástrofes naturais, cada vez mais frequentes, mataram 600 mil pessoas, numa média de 30 mil por ano.
Além dos mortos, as Nações Unidas contam, em duas décadas, mais de 4 mil milhões de feridos, desalojados ou pessoas a precisar de ajuda de emergência. E os países pobres são, de longe, os mais afetados.
Razões que levam a ONU a sublinhar a importância de ter um acordo na conferência do clima que começa esta segunda-feira em Paris.
Não é, contudo, apenas no capítulo "mortos e feridos" que as alterações climáticas têm impacto. O Banco Mundial fez contas e concluiu que também podem aumentar a pobreza extrema que se arrisca a atingir mais 100 milhões de pessoas.
Na pobreza, África e Ásia do Sul serão as zonas mais afectadas pelas mudanças no clima, nomeadamente pela via do aumento dos preços dos alimentos que representa, em média, 60% das despesas das famílias destas regiões. E com a fome crescem, naturalmente, uma série de doenças relacionadas, por exemplo, com diarreias ou paludismo.
Cidades debaixo de água, fome e doenças são cenários para o futuro. Mas no passado as catástrofes naturais, cada vez mais comuns, já mataram 600 mil pessoas nos últimos 20 anos.
As Nações Unidas e o Banco Mundial têm alertado para as consequências das alterações climáticas que já afetam o planeta e que se podem agravar nos próximos anos.
O jornalista Nuno Guedes lembra alguma das consequências das alterações climáticas
Apesar de várias cimeiras no passado, a Organização Meteorológica Mundial concluiu que 2014 teve um novo recorde de concentração de gases com efeito de estufa. Estes valores são, aliás, ultrapassados quase todos os anos, numa altura em que vários especialistas dizem que o gelo do Ártico está a derreter a uma velocidade nunca vista.
A água que descongela no polo Norte é uma das principais razões que levou investigadores do instituto norte-americano Climate Central a dizerem, recentemente, que grandes cidades como Hong Kong, Calcutá, Jacarta, Xangai, Bombaim, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova Iorque ou Tóquio estão ameaçadas pela subida do nível do mar.
30 mil mortos por ano
O futuro pode ser pior, mas cálculos divulgados pela ONU na semana passada revelam que nos últimos 20 anos as catástrofes naturais, cada vez mais frequentes, mataram 600 mil pessoas, numa média de 30 mil por ano.
Além dos mortos, as Nações Unidas contam, em duas décadas, mais de 4 mil milhões de feridos, desalojados ou pessoas a precisar de ajuda de emergência. E os países pobres são, de longe, os mais afetados.
Razões que levam a ONU a sublinhar a importância de ter um acordo na conferência do clima que começa esta segunda-feira em Paris.
Não é, contudo, apenas no capítulo "mortos e feridos" que as alterações climáticas têm impacto. O Banco Mundial fez contas e concluiu que também podem aumentar a pobreza extrema que se arrisca a atingir mais 100 milhões de pessoas.
Na pobreza, África e Ásia do Sul serão as zonas mais afectadas pelas mudanças no clima, nomeadamente pela via do aumento dos preços dos alimentos que representa, em média, 60% das despesas das famílias destas regiões. E com a fome crescem, naturalmente, uma série de doenças relacionadas, por exemplo, com diarreias ou paludismo.
A “Crise dos refugiados: um desafio para a Europa” vai estar em debate na UAlg
por Gerson Ingrês, in Local.pt
FARO – Para assinalar o Dia Internacional do Voluntariado, que se celebra no dia 5 de dezembro, o Grupo de Voluntariado UAlg V+ vai organizar várias iniciativas com o objetivo de dar a conhecer, incentivar e valorizar este ato de cidadania. No dia 1 dezembro, a “Crise dos refugiados: um desafio para a europa” vai ser tema de debate, através de uma conferência aberta ao público em geral, que se realiza às 21h00, no Auditório da Escola Superior de Saúde, em Faro (junto ao Teatro Municipal).
Numa semana cheia de voluntariado vão ser chamados a intervir neste debate: pelo Ensino Superior, António Branco, reitor da UAlg, pela Sociedade Civil, Rui Marques, coordenador da Plataforma de Apoio aos refugiados, e pela Comunicação Social, Elisabete Rodrigues, diretora do Sul Informação. Os oradores convidados vão apresentar as suas perspetivas, numa altura em que a crise dos refugiados na Europa ganhou destaque na imprensa mundial e tem gerado vários problemas de ordem política e humanitária. O mundo vive a maior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial. Segundo dados da Amnistia Internacional, existem atualmente 59,5 milhões de refugiados no mundo inteiro.
A sociedade civil é convidada a participar neste debate. Impõe-se uma mudança radical na forma como o mundo trata os refugiados, através de uma revisão profunda das políticas e das práticas, que permita criar uma estratégia global coerente e abrangente.
O programa completo da semana de Voluntariado UAlg V+ pode ser consultado em www.ualg.pt/pt/content/semana-do-voluntariado
Recordamos que a Universidade do Algarve, no passado mês de outubro, no seguimento da colaboração que tem vindo a manter com a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, iniciativa promovida, em Portugal, pelo ex-presidente da República Jorge Sampaio, tornou-se parceira da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR). No âmbito da sua missão educativa e de extensão, incluindo a vertente de voluntariado, a UAlg disponibilizou-se a contribuir para a receção dos refugiados que venham a ser acolhidos no Algarve, nomeadamente através da oferta de cursos de Língua e Cultura Portuguesa e de outras iniciativas semelhantes que possam ajudar na integração deste numeroso conjunto de pessoas em sofrimento.
FARO – Para assinalar o Dia Internacional do Voluntariado, que se celebra no dia 5 de dezembro, o Grupo de Voluntariado UAlg V+ vai organizar várias iniciativas com o objetivo de dar a conhecer, incentivar e valorizar este ato de cidadania. No dia 1 dezembro, a “Crise dos refugiados: um desafio para a europa” vai ser tema de debate, através de uma conferência aberta ao público em geral, que se realiza às 21h00, no Auditório da Escola Superior de Saúde, em Faro (junto ao Teatro Municipal).
Numa semana cheia de voluntariado vão ser chamados a intervir neste debate: pelo Ensino Superior, António Branco, reitor da UAlg, pela Sociedade Civil, Rui Marques, coordenador da Plataforma de Apoio aos refugiados, e pela Comunicação Social, Elisabete Rodrigues, diretora do Sul Informação. Os oradores convidados vão apresentar as suas perspetivas, numa altura em que a crise dos refugiados na Europa ganhou destaque na imprensa mundial e tem gerado vários problemas de ordem política e humanitária. O mundo vive a maior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial. Segundo dados da Amnistia Internacional, existem atualmente 59,5 milhões de refugiados no mundo inteiro.
A sociedade civil é convidada a participar neste debate. Impõe-se uma mudança radical na forma como o mundo trata os refugiados, através de uma revisão profunda das políticas e das práticas, que permita criar uma estratégia global coerente e abrangente.
O programa completo da semana de Voluntariado UAlg V+ pode ser consultado em www.ualg.pt/pt/content/semana-do-voluntariado
Recordamos que a Universidade do Algarve, no passado mês de outubro, no seguimento da colaboração que tem vindo a manter com a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, iniciativa promovida, em Portugal, pelo ex-presidente da República Jorge Sampaio, tornou-se parceira da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR). No âmbito da sua missão educativa e de extensão, incluindo a vertente de voluntariado, a UAlg disponibilizou-se a contribuir para a receção dos refugiados que venham a ser acolhidos no Algarve, nomeadamente através da oferta de cursos de Língua e Cultura Portuguesa e de outras iniciativas semelhantes que possam ajudar na integração deste numeroso conjunto de pessoas em sofrimento.
27.11.15
Arranca hoje mais uma campanha do Banco Alimentar
in SicNotícias
Mais de 40 mil voluntários vão estar durante o fim-de-semana distribuídos por cerca de dois mil supermercados a pedir às pessoas que contribuam com bens alimentares para mais uma campanha do Banco Alimentar contra a fome.
"No próximo fim-de-semana temos uma vez mais a habitual campanha saco e esta campanha ocorre em cerca de 2 mil lojas com a ajuda inestimável de 42 mil pessoas que voluntariamente dão o seu tempo com um único fito que é convidar pessoas que vão às compras a partilhar um pouco daquilo que vão comprar para sua casa com as pessoas mais pobres da sua região", disse à Lusa Isabel Jonet, Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Este é o convite que é deixado campanha após campanha pelos voluntários que nos dias 28 e 29 de novembro vão vestir a camisola da luta contra a fome em Portugal e vão estar nos supermercados a distribuir sacos pelas pessoas que vão às compras, para que estas colaborem com alguns produtos alimentares.
Estes alimentos serão depois transportados para cada um dos 21 bancos alimentares em atividade em Portugal e depois serão distribuídos logo a partir de segunda-feira através de uma rede de instituições de solidariedade a pessoas com carências.
"Os Bancos Alimentares trabalham nesta lógica: recolha local, distribuição local, onde recolhem, distribuem, aumentando assim, por um lado, a proximidade entre quem dá e quem recebe, mas sobretudo também garantindo o controlo do destino dos produtos", disse a responsável.
As instituições são o grande parceiro do Banco Alimentar (BA) no terreno, "porque são as instituições que conhecem as famílias, que podem chegar a cada família, mas que também podem através do alimento e do apoio desenvolver projetos de autonomização das famílias", acrescentou.
Segundo Isabel Jonet, atualmente são apoiadas 425 mil pessoas, através das 2.600 instituições a quem o BA entrega diariamente alimentos.
Essas pessoas são ajudadas tanto com cabazes de alimentos como com refeições confecionadas: os cabazes são entregues às famílias, que vão uma vez por semana a uma instituição buscar um saco de comida, e os alimentos são distribuídos já confecionados em casas das pessoas sob a forma de apoio domiciliário ou na própria instituição, que tem as valências de creche, de ATL, de lar.
Aquilo que garantimos é que tudo aquilo que uma instituição leva do Banco Alimentar chega ao prato de uma família com carências alimentares e que faz parte de um processo integrado de ajuda.
As campanha vai dispor de sacos "amigos de ambiente", sacos de papel que têm também a vantagem de servir para "alimentar a campanha papel por alimentos que os bancos alimentares desenvolvem ao longo de todo o ano", no âmbito da qual solicitam às pessoas que doem o seu papel, que é depois encaminhado para um operador de resíduos, que dá alimentos em troca.
Ainda haverá sacos de plástico, para escoar o stock existente em cada um dos bancos alimentares.
As "campanhas saco" são complementadas com outras duas modalidades: um vale, disponível nas caixas dos supermercados até dia 6 de dezembro, que as pessoas podem entregar no valor de um produto, e uma plataforma online no site www.alimenteestaideia.net, onde se pode fazer uma doação.
Na última campanha, os bancos alimentares recolheram 2.650 toneladas de alimento, mas o que Isabel Jonet tem como previsão para esta campanha é o mesmo que tem para todas, "o melhor que pode ser naquele momento porque são aquilo que os portugueses têm vontade e capacidade de ajudar".
"O Banco Alimentar e as suas campanhas são um dos bons barómetros que há em Portugal para mediar a situação das famílias porque quem contribui para o BA não são as pessoas com mais capacidade financeira, não são os mais ricos, são muitas vezes até os mais pobres e aqueles que com este donativo querem fazer a diferença", frisou.
Segundo a responsável, o que se verificou desde 2010 foi que no ano em que havia mais crise houve uma quebra na entrada de produtos, mas não no número de sacos disponibilizados, o que significa que "doaram as mesmas pessoas mas doaram menos".
Nas duas últimas campanhas já se registou um acréscimo nas quantidades na campanha saco e um grande acréscimo na ajuda vale, disse, acrescentando ter a convicção de que "também esta será a melhor campanha que puder ser".
Lusa
Mais de 40 mil voluntários vão estar durante o fim-de-semana distribuídos por cerca de dois mil supermercados a pedir às pessoas que contribuam com bens alimentares para mais uma campanha do Banco Alimentar contra a fome.
"No próximo fim-de-semana temos uma vez mais a habitual campanha saco e esta campanha ocorre em cerca de 2 mil lojas com a ajuda inestimável de 42 mil pessoas que voluntariamente dão o seu tempo com um único fito que é convidar pessoas que vão às compras a partilhar um pouco daquilo que vão comprar para sua casa com as pessoas mais pobres da sua região", disse à Lusa Isabel Jonet, Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Este é o convite que é deixado campanha após campanha pelos voluntários que nos dias 28 e 29 de novembro vão vestir a camisola da luta contra a fome em Portugal e vão estar nos supermercados a distribuir sacos pelas pessoas que vão às compras, para que estas colaborem com alguns produtos alimentares.
Estes alimentos serão depois transportados para cada um dos 21 bancos alimentares em atividade em Portugal e depois serão distribuídos logo a partir de segunda-feira através de uma rede de instituições de solidariedade a pessoas com carências.
"Os Bancos Alimentares trabalham nesta lógica: recolha local, distribuição local, onde recolhem, distribuem, aumentando assim, por um lado, a proximidade entre quem dá e quem recebe, mas sobretudo também garantindo o controlo do destino dos produtos", disse a responsável.
As instituições são o grande parceiro do Banco Alimentar (BA) no terreno, "porque são as instituições que conhecem as famílias, que podem chegar a cada família, mas que também podem através do alimento e do apoio desenvolver projetos de autonomização das famílias", acrescentou.
Segundo Isabel Jonet, atualmente são apoiadas 425 mil pessoas, através das 2.600 instituições a quem o BA entrega diariamente alimentos.
Essas pessoas são ajudadas tanto com cabazes de alimentos como com refeições confecionadas: os cabazes são entregues às famílias, que vão uma vez por semana a uma instituição buscar um saco de comida, e os alimentos são distribuídos já confecionados em casas das pessoas sob a forma de apoio domiciliário ou na própria instituição, que tem as valências de creche, de ATL, de lar.
Aquilo que garantimos é que tudo aquilo que uma instituição leva do Banco Alimentar chega ao prato de uma família com carências alimentares e que faz parte de um processo integrado de ajuda.
As campanha vai dispor de sacos "amigos de ambiente", sacos de papel que têm também a vantagem de servir para "alimentar a campanha papel por alimentos que os bancos alimentares desenvolvem ao longo de todo o ano", no âmbito da qual solicitam às pessoas que doem o seu papel, que é depois encaminhado para um operador de resíduos, que dá alimentos em troca.
Ainda haverá sacos de plástico, para escoar o stock existente em cada um dos bancos alimentares.
As "campanhas saco" são complementadas com outras duas modalidades: um vale, disponível nas caixas dos supermercados até dia 6 de dezembro, que as pessoas podem entregar no valor de um produto, e uma plataforma online no site www.alimenteestaideia.net, onde se pode fazer uma doação.
Na última campanha, os bancos alimentares recolheram 2.650 toneladas de alimento, mas o que Isabel Jonet tem como previsão para esta campanha é o mesmo que tem para todas, "o melhor que pode ser naquele momento porque são aquilo que os portugueses têm vontade e capacidade de ajudar".
"O Banco Alimentar e as suas campanhas são um dos bons barómetros que há em Portugal para mediar a situação das famílias porque quem contribui para o BA não são as pessoas com mais capacidade financeira, não são os mais ricos, são muitas vezes até os mais pobres e aqueles que com este donativo querem fazer a diferença", frisou.
Segundo a responsável, o que se verificou desde 2010 foi que no ano em que havia mais crise houve uma quebra na entrada de produtos, mas não no número de sacos disponibilizados, o que significa que "doaram as mesmas pessoas mas doaram menos".
Nas duas últimas campanhas já se registou um acréscimo nas quantidades na campanha saco e um grande acréscimo na ajuda vale, disse, acrescentando ter a convicção de que "também esta será a melhor campanha que puder ser".
Lusa
Violência doméstica já matou 27
In "Sol"
Violência doméstica já matou 27 Este ano, 27 mulheres foram mortas pelos companheiros, a maioria com armas brancas e de fogo, revelou na quarta-feira o Observatório de Mulheres Assassinadas. Nesse Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres um outro relatório mostrava que a estatística poderia ter sido ainda mais grave: outras 33 mulheres foram vítimas de tentativa de homicídio, avançou a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR). Ainda assim, os homicídios conjugais diminuíram em relação ao ano passado: em 2014, no mesmo período, já tinham morrido mais 14 mulheres vítimas de violência doméstica.
Violência doméstica já matou 27 Este ano, 27 mulheres foram mortas pelos companheiros, a maioria com armas brancas e de fogo, revelou na quarta-feira o Observatório de Mulheres Assassinadas. Nesse Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres um outro relatório mostrava que a estatística poderia ter sido ainda mais grave: outras 33 mulheres foram vítimas de tentativa de homicídio, avançou a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR). Ainda assim, os homicídios conjugais diminuíram em relação ao ano passado: em 2014, no mesmo período, já tinham morrido mais 14 mulheres vítimas de violência doméstica.
Apanhar a doença antes que ela nos apanhe a nós
in o Observador
Muitas vidas podem ser salvas se alguns problemas de saúde forem detetados a tempo. Não se trata de viver com a mania das doenças, mas apenas de visitar o médico anualmente e seguir os seus conselhos.
Diabetes, hipertensão arterial ou certos tipos de cancro são alguns dos problemas de saúde que podem ser facilmente diagnosticados com uma simples ida ao médico. Esta prática, que normalmente se designa por check-up, ajuda a detetar situações clínicas ainda numa fase inicial, melhorando as possibilidades de tratamento. Permite também que o médico dê orientações para que o doente desenvolva hábitos de vida saudável e previna o aparecimento de doenças evitáveis.
A avaliação regular do estado de saúde é importante, desde logo porque “nem sempre quando afirmamos que estamos bem de saúde isso é verdade”. Quem o diz é José Ramos Osório, especialista em Medicina Geral e Familiar e um dos médicos assistentes CUF no Hospital CUF Cascais. Nas suas palavras, “existem muitas patologias silenciosas que se manifestam apenas em situações agudas graves, ou muito evoluídas, por vezes até colocando em risco a vida”. Por isso, o clínico não tem dúvidas em recomendar: “Sem sermos hipocondríacos devemos dar alguma atenção ao nosso corpo e efetuar exames médicos de rotina.” Para tal, a articulação com o médico assistente é fundamental, já que em conjunto com este “deverão ser estabelecidos os exames auxiliares de diagnóstico necessários em cada etapa das nossas vidas e de acordo com o sexo, idade, antecedentes pessoais e familiares”. José Ramos Osório deixa claro que “não existem padrões preestabelecidos, mas antes devem ser ajustados individualmente”, o que é o mesmo que dizer que cada caso é um caso e a avaliação do estado de saúde é adaptada a cada pessoa.
Questionado sobre as principais situações de saúde que podem ser detetadas com este procedimento, o médico aponta as patologias que numa fase inicial não apresentam sintomas, dando como exemplo o cancro da mama ou cólon. Por passarem despercebidas inicialmente, “só um exame médico cuidado e complementado com exames auxiliares de diagnóstico escolhidos individualmente poderá levar a um diagnóstico atempado, ou seja, em tempo útil de tratamento”, esclarece.
Ao contrário do que muita gente pensa, a visita regular ao médico, mesmo quando tudo parece bem, deve ser feita por todas as pessoas sem exceção. “Todas as pessoas devem regularmente consultar o seu médico assistente e com ele desenhar um plano para a vida tendo em conta a idade, o sexo e os antecedentes familiares”, diz José Ramos Osório, salientando que “quem tem antecedentes pessoais ou familiares não deve descurar nem adiar etapas desse plano, que foi estabelecido pelo médico tendo em conta o seu historial”.
O que se faz num check-up?
A avaliação regular do estado de saúde é algo muito simples, sem implicar exames complicados nem intervenções muito invasivas. “O check-up deve começar sempre por uma consulta médica e nesta etapa serão definidos os exames auxiliares de diagnóstico mais adequados à pessoa em questão”, esclarece o especialista. Ainda assim, há exames considerados padrão e que devem ser efetuados por um adulto jovem, nomeadamente, análises sanguíneas que incluam a glicemia (açúcar no sangue), o perfil lipídico (colesterol e triglicerídeos), função hepática e renal, bem como o PSA nos homens com mais de 50 anos, para avaliar o risco de cancro da próstata.
De acordo com José Ramos Osório, regularmente também deve ser efetuado um eletrocardiograma, uma radiografia do tórax e, no caso das mulheres, mamografia e ecografia mamária bem como ecografia pélvica. Ainda assim, o clínico frisa que “os exames a efetuar devem ser determinados pelo médico, pois são auxiliares de diagnóstico e como tal devem ajudar o médico a tomar decisões”.
Também a periodicidade do check-up irá ser adequada a cada situação, “mas os exames apontados como padrão geral devem ser efetuados anualmente a partir dos 45 anos, embora existam pessoas que devido à carga familiar e genética terão que começar a fazer mais cedo”, realça o clínico do Hospital CUF Cascais.
E desengane-se quem evita a realização de exames por recear os eventuais efeitos negativos dos mesmos. Segundo o médico, “os níveis de radiação dos atuais equipamentos são muito baixos e pouco nocivos para a saúde”. Mas mesmo assim, reforça que “estes exames só devem ser efetuados se necessários e se ajudarem em alguma coisa o clínico no seu diagnóstico”.
Sinais de alerta
Em vez de apresentar uma lista de sinais de alerta a que devemos estar atentos, José Ramos Osório prefere chamar a atenção para a relação que todos devemos manter com o nosso corpo: “Todos sabemos as nossas capacidade físicas e conhecemos melhor que ninguém o nosso corpo.” Nesse sentido, “se as mulheres se habituarem a fazer a palpação mamária mensalmente serão as primeiras a detetar qualquer sinal de alerta”, diz, aconselhando nesse caso a contactar de imediato o médico. A este propósito, lembra que “as mulheres habituadas a fazer sistematicamente a palpação das mamas são as principais responsáveis pelo diagnóstico precoce deste tipo de cancro, sendo que mais de 40% dos nódulos mamários são detetados pela própria mulher”.
A terminar, o especialista deixa um conselho: “Decidam sempre com a ajuda do médico assistente a realização do tipo de exames a efetuar. Será sempre mais útil um exame feito à medida do que um padronizado. Além disso, parem um pouco, observem e escutem os sinais do vosso corpo. Na dúvida falem com o vosso médico.”
Muitas vidas podem ser salvas se alguns problemas de saúde forem detetados a tempo. Não se trata de viver com a mania das doenças, mas apenas de visitar o médico anualmente e seguir os seus conselhos.
Diabetes, hipertensão arterial ou certos tipos de cancro são alguns dos problemas de saúde que podem ser facilmente diagnosticados com uma simples ida ao médico. Esta prática, que normalmente se designa por check-up, ajuda a detetar situações clínicas ainda numa fase inicial, melhorando as possibilidades de tratamento. Permite também que o médico dê orientações para que o doente desenvolva hábitos de vida saudável e previna o aparecimento de doenças evitáveis.
A avaliação regular do estado de saúde é importante, desde logo porque “nem sempre quando afirmamos que estamos bem de saúde isso é verdade”. Quem o diz é José Ramos Osório, especialista em Medicina Geral e Familiar e um dos médicos assistentes CUF no Hospital CUF Cascais. Nas suas palavras, “existem muitas patologias silenciosas que se manifestam apenas em situações agudas graves, ou muito evoluídas, por vezes até colocando em risco a vida”. Por isso, o clínico não tem dúvidas em recomendar: “Sem sermos hipocondríacos devemos dar alguma atenção ao nosso corpo e efetuar exames médicos de rotina.” Para tal, a articulação com o médico assistente é fundamental, já que em conjunto com este “deverão ser estabelecidos os exames auxiliares de diagnóstico necessários em cada etapa das nossas vidas e de acordo com o sexo, idade, antecedentes pessoais e familiares”. José Ramos Osório deixa claro que “não existem padrões preestabelecidos, mas antes devem ser ajustados individualmente”, o que é o mesmo que dizer que cada caso é um caso e a avaliação do estado de saúde é adaptada a cada pessoa.
Questionado sobre as principais situações de saúde que podem ser detetadas com este procedimento, o médico aponta as patologias que numa fase inicial não apresentam sintomas, dando como exemplo o cancro da mama ou cólon. Por passarem despercebidas inicialmente, “só um exame médico cuidado e complementado com exames auxiliares de diagnóstico escolhidos individualmente poderá levar a um diagnóstico atempado, ou seja, em tempo útil de tratamento”, esclarece.
Ao contrário do que muita gente pensa, a visita regular ao médico, mesmo quando tudo parece bem, deve ser feita por todas as pessoas sem exceção. “Todas as pessoas devem regularmente consultar o seu médico assistente e com ele desenhar um plano para a vida tendo em conta a idade, o sexo e os antecedentes familiares”, diz José Ramos Osório, salientando que “quem tem antecedentes pessoais ou familiares não deve descurar nem adiar etapas desse plano, que foi estabelecido pelo médico tendo em conta o seu historial”.
O que se faz num check-up?
A avaliação regular do estado de saúde é algo muito simples, sem implicar exames complicados nem intervenções muito invasivas. “O check-up deve começar sempre por uma consulta médica e nesta etapa serão definidos os exames auxiliares de diagnóstico mais adequados à pessoa em questão”, esclarece o especialista. Ainda assim, há exames considerados padrão e que devem ser efetuados por um adulto jovem, nomeadamente, análises sanguíneas que incluam a glicemia (açúcar no sangue), o perfil lipídico (colesterol e triglicerídeos), função hepática e renal, bem como o PSA nos homens com mais de 50 anos, para avaliar o risco de cancro da próstata.
De acordo com José Ramos Osório, regularmente também deve ser efetuado um eletrocardiograma, uma radiografia do tórax e, no caso das mulheres, mamografia e ecografia mamária bem como ecografia pélvica. Ainda assim, o clínico frisa que “os exames a efetuar devem ser determinados pelo médico, pois são auxiliares de diagnóstico e como tal devem ajudar o médico a tomar decisões”.
Também a periodicidade do check-up irá ser adequada a cada situação, “mas os exames apontados como padrão geral devem ser efetuados anualmente a partir dos 45 anos, embora existam pessoas que devido à carga familiar e genética terão que começar a fazer mais cedo”, realça o clínico do Hospital CUF Cascais.
E desengane-se quem evita a realização de exames por recear os eventuais efeitos negativos dos mesmos. Segundo o médico, “os níveis de radiação dos atuais equipamentos são muito baixos e pouco nocivos para a saúde”. Mas mesmo assim, reforça que “estes exames só devem ser efetuados se necessários e se ajudarem em alguma coisa o clínico no seu diagnóstico”.
Sinais de alerta
Em vez de apresentar uma lista de sinais de alerta a que devemos estar atentos, José Ramos Osório prefere chamar a atenção para a relação que todos devemos manter com o nosso corpo: “Todos sabemos as nossas capacidade físicas e conhecemos melhor que ninguém o nosso corpo.” Nesse sentido, “se as mulheres se habituarem a fazer a palpação mamária mensalmente serão as primeiras a detetar qualquer sinal de alerta”, diz, aconselhando nesse caso a contactar de imediato o médico. A este propósito, lembra que “as mulheres habituadas a fazer sistematicamente a palpação das mamas são as principais responsáveis pelo diagnóstico precoce deste tipo de cancro, sendo que mais de 40% dos nódulos mamários são detetados pela própria mulher”.
A terminar, o especialista deixa um conselho: “Decidam sempre com a ajuda do médico assistente a realização do tipo de exames a efetuar. Será sempre mais útil um exame feito à medida do que um padronizado. Além disso, parem um pouco, observem e escutem os sinais do vosso corpo. Na dúvida falem com o vosso médico.”
Banco Alimentar com 42 mil voluntários, dois mil supermercados e doações online
in o Observador
42 mil voluntários participarão em mais uma campanha do Banco Alimentar, que introduz duas novidades: uma plataforma digital para doações online e a possibilidade de utilizar vales de supermercado.
"Os Bancos Alimentares trabalham nesta lógica: recolha local, distribuição local, onde recolhem, distribuem, aumentando assim, por um lado, a proximidade entre quem dá e quem recebe, mas sobretudo também garantindo o controlo do destino dos produtos", disse a Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Mais de 40 mil voluntários vão estar durante o fim-de-semana distribuídos por cerca de dois mil supermercados a pedir às pessoas que contribuam com bens alimentares para mais uma campanha do Banco Alimentar contra a fome.
“No próximo fim-de-semana temos uma vez mais a habitual campanha saco e esta campanha ocorre em cerca de 2 mil lojas com a ajuda inestimável de 42 mil pessoas que voluntariamente dão o seu tempo com um único fito que é convidar pessoas que vão às compras a partilhar um pouco daquilo que vão comprar para sua casa com as pessoas mais pobres da sua região“, disse à Lusa Isabel Jonet, Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Este é o convite que é deixado campanha após campanha pelos voluntários que nos dias 28 e 29 de novembro vão vestir a camisola da luta contra a fome em Portugal e vão estar nos supermercados a distribuir sacos pelas pessoas que vão às compras, para que estas colaborem com alguns produtos alimentares.
Estes alimentos serão depois transportados para cada um dos 21 bancos alimentares em atividade em Portugal e depois serão distribuídos logo a partir de segunda-feira através de uma rede de instituições de solidariedade a pessoas com carências.
Os Bancos Alimentares trabalham nesta lógica: recolha local, distribuição local, onde recolhem, distribuem, aumentando assim, por um lado, a proximidade entre quem dá e quem recebe, mas sobretudo também garantindo o controlo do destino dos produtos”, disse a responsável.
As instituições são o grande parceiro do Banco Alimentar (BA) no terreno, “porque são as instituições que conhecem as famílias, que podem chegar a cada família, mas que também podem através do alimento e do apoio desenvolver projetos de autonomização das famílias”, acrescentou.
Segundo Isabel Jonet, atualmente são apoiadas 425 mil pessoas, através das 2.600 instituições a quem o BA entrega diariamente alimentos.
Essas pessoas são ajudadas tanto com cabazes de alimentos como com refeições confecionadas: os cabazes são entregues às famílias, que vão uma vez por semana a uma instituição buscar um saco de comida, e os alimentos são distribuídos já confecionados em casas das pessoas sob a forma de apoio domiciliário ou na própria instituição, que tem as valências de creche, de ATL, de lar.
Aquilo que garantimos é que tudo aquilo que uma instituição leva do Banco Alimentar chega ao prato de uma família com carências alimentares e que faz parte de um processo integrado de ajuda.
A campanha vai dispor de sacos “amigos de ambiente”, sacos de papel que têm também a vantagem de servir para “alimentar a campanha papel por alimentos que os bancos alimentares desenvolvem ao longo de todo o ano”, no âmbito da qual solicitam às pessoas que doem o seu papel, que é depois encaminhado para um operador de resíduos, que dá alimentos em troca.
Ainda haverá sacos de plástico, para escoar o stock existente em cada um dos bancos alimentares.
As “campanhas saco” são complementadas com outras duas modalidades: um vale, disponível nas caixas dos supermercados até dia 6 de dezembro, que as pessoas podem entregar no valor de um produto, e uma plataforma online aqui (www.alimenteestaideia.net), onde se pode fazer uma doação.
Na última campanha, os bancos alimentares recolheram 2.650 toneladas de alimento, mas o que Isabel Jonet tem como previsão para esta campanha é o mesmo que tem para todas, “o melhor que pode ser naquele momento porque são aquilo que os portugueses têm vontade e capacidade de ajudar”.
“O Banco Alimentar e as suas campanhas são um dos bons barómetros que há em Portugal para mediar a situação das famílias porque quem contribui para o BA não são as pessoas com mais capacidade financeira, não são os mais ricos, são muitas vezes até os mais pobres e aqueles que com este donativo querem fazer a diferença”, frisou.
Segundo a responsável, o que se verificou desde 2010 foi que no ano em que havia mais crise houve uma quebra na entrada de produtos, mas não no número de sacos disponibilizados, o que significa que “doaram as mesmas pessoas mas doaram menos”.
Nas duas últimas campanhas já se registou um acréscimo nas quantidades na campanha saco e um grande acréscimo na ajuda vale, disse, acrescentando ter a convicção de que “também esta será a melhor campanha que puder ser”.
42 mil voluntários participarão em mais uma campanha do Banco Alimentar, que introduz duas novidades: uma plataforma digital para doações online e a possibilidade de utilizar vales de supermercado.
"Os Bancos Alimentares trabalham nesta lógica: recolha local, distribuição local, onde recolhem, distribuem, aumentando assim, por um lado, a proximidade entre quem dá e quem recebe, mas sobretudo também garantindo o controlo do destino dos produtos", disse a Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Mais de 40 mil voluntários vão estar durante o fim-de-semana distribuídos por cerca de dois mil supermercados a pedir às pessoas que contribuam com bens alimentares para mais uma campanha do Banco Alimentar contra a fome.
“No próximo fim-de-semana temos uma vez mais a habitual campanha saco e esta campanha ocorre em cerca de 2 mil lojas com a ajuda inestimável de 42 mil pessoas que voluntariamente dão o seu tempo com um único fito que é convidar pessoas que vão às compras a partilhar um pouco daquilo que vão comprar para sua casa com as pessoas mais pobres da sua região“, disse à Lusa Isabel Jonet, Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Este é o convite que é deixado campanha após campanha pelos voluntários que nos dias 28 e 29 de novembro vão vestir a camisola da luta contra a fome em Portugal e vão estar nos supermercados a distribuir sacos pelas pessoas que vão às compras, para que estas colaborem com alguns produtos alimentares.
Estes alimentos serão depois transportados para cada um dos 21 bancos alimentares em atividade em Portugal e depois serão distribuídos logo a partir de segunda-feira através de uma rede de instituições de solidariedade a pessoas com carências.
Os Bancos Alimentares trabalham nesta lógica: recolha local, distribuição local, onde recolhem, distribuem, aumentando assim, por um lado, a proximidade entre quem dá e quem recebe, mas sobretudo também garantindo o controlo do destino dos produtos”, disse a responsável.
As instituições são o grande parceiro do Banco Alimentar (BA) no terreno, “porque são as instituições que conhecem as famílias, que podem chegar a cada família, mas que também podem através do alimento e do apoio desenvolver projetos de autonomização das famílias”, acrescentou.
Segundo Isabel Jonet, atualmente são apoiadas 425 mil pessoas, através das 2.600 instituições a quem o BA entrega diariamente alimentos.
Essas pessoas são ajudadas tanto com cabazes de alimentos como com refeições confecionadas: os cabazes são entregues às famílias, que vão uma vez por semana a uma instituição buscar um saco de comida, e os alimentos são distribuídos já confecionados em casas das pessoas sob a forma de apoio domiciliário ou na própria instituição, que tem as valências de creche, de ATL, de lar.
Aquilo que garantimos é que tudo aquilo que uma instituição leva do Banco Alimentar chega ao prato de uma família com carências alimentares e que faz parte de um processo integrado de ajuda.
A campanha vai dispor de sacos “amigos de ambiente”, sacos de papel que têm também a vantagem de servir para “alimentar a campanha papel por alimentos que os bancos alimentares desenvolvem ao longo de todo o ano”, no âmbito da qual solicitam às pessoas que doem o seu papel, que é depois encaminhado para um operador de resíduos, que dá alimentos em troca.
Ainda haverá sacos de plástico, para escoar o stock existente em cada um dos bancos alimentares.
As “campanhas saco” são complementadas com outras duas modalidades: um vale, disponível nas caixas dos supermercados até dia 6 de dezembro, que as pessoas podem entregar no valor de um produto, e uma plataforma online aqui (www.alimenteestaideia.net), onde se pode fazer uma doação.
Na última campanha, os bancos alimentares recolheram 2.650 toneladas de alimento, mas o que Isabel Jonet tem como previsão para esta campanha é o mesmo que tem para todas, “o melhor que pode ser naquele momento porque são aquilo que os portugueses têm vontade e capacidade de ajudar”.
“O Banco Alimentar e as suas campanhas são um dos bons barómetros que há em Portugal para mediar a situação das famílias porque quem contribui para o BA não são as pessoas com mais capacidade financeira, não são os mais ricos, são muitas vezes até os mais pobres e aqueles que com este donativo querem fazer a diferença”, frisou.
Segundo a responsável, o que se verificou desde 2010 foi que no ano em que havia mais crise houve uma quebra na entrada de produtos, mas não no número de sacos disponibilizados, o que significa que “doaram as mesmas pessoas mas doaram menos”.
Nas duas últimas campanhas já se registou um acréscimo nas quantidades na campanha saco e um grande acréscimo na ajuda vale, disse, acrescentando ter a convicção de que “também esta será a melhor campanha que puder ser”.
Director adjunto do SEF diz que refugiados não querem viajar para Portugal
in Público on-line
Apenas 50 refugiados deverá chegar ao país até ao Natal.
O director nacional adjunto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Luís Gouveia, disse que o processo de recolocação de refugiados está “a ter dificuldades” devido à burocracia, mas também porque estes recusam viajar para Portugal.
Em entrevista publicada nesta sexta-feira no Diário de Notícias, o director nacional do SEF explicou que “o processo de recolocação está a ter dificuldades” e que são atribuidas "responsabilidades às autoridades italianas e gregas, o que em parte é verdade, mas uma das principais razões tem que ver com o facto de os requerentes de asilo não quererem ser recolocados”.
O jornal adianta ainda que o embaixador de Portugal na Grécia, Rui Alberto Tereno, esteve na semana passada na ilha grega de Kos a explicar a refugiados como é o país e o que podem cá encontrar.
De acordo com a notícia do DN, Portugal disponibilizou-se para receber 4754 refugiados, mas este número pertence a uma primeira fase, que prevê a recolocação de 93.097 pessoas na União Europeia.
“A Plataforma de Apoio aos Refugiados tem lugar para mil destes imigrantes, mas segundo as autoridades nacionais foram oferecidos mais de três mil”, escreve o DN, acrescentando: “A esmagadora maioria dos requerentes de asilo que transitam pela Europa querem seguir para a Alemanha e a Suécia, onde muitos têm família e/ou receberam a informação de que aí há trabalho e podem ter um bom nível de vida. A preferência vai sempre para os países do norte- a península Ibérica é desconhecida."
“A capacidade que temos vai além do que é preciso recolocar a partir da Itália e da Grécia”, disse o director nacional do SEF.
Segundo o jornal, Portugal não é um país habitualmente escolhido pelos requerentes de asilo, como também não faz história em matéria de atribuição de estatuto, pois "aceita cerca de uma dúzia por ano".
O DN escreve que as “associações representativas da sociedade civil dizem que essa é uma dificuldade, mas não é a principal razão. Acusam o modelo europeu de ser muito estático e lento para um processo que é muito dinâmico”.
De acordo com o jornal, até Outubro, mais de 700 refugiados foram recolocados em países europeus e existe um plano para mais de 160 mil serem distribuídos.
O DN escreve que Portugal disponibilizou-se para receber 4754, mas só deverão chegar 50 até ao Natal: 30 de Itália e 20 da Grécia.
Apenas 50 refugiados deverá chegar ao país até ao Natal.
O director nacional adjunto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Luís Gouveia, disse que o processo de recolocação de refugiados está “a ter dificuldades” devido à burocracia, mas também porque estes recusam viajar para Portugal.
Em entrevista publicada nesta sexta-feira no Diário de Notícias, o director nacional do SEF explicou que “o processo de recolocação está a ter dificuldades” e que são atribuidas "responsabilidades às autoridades italianas e gregas, o que em parte é verdade, mas uma das principais razões tem que ver com o facto de os requerentes de asilo não quererem ser recolocados”.
O jornal adianta ainda que o embaixador de Portugal na Grécia, Rui Alberto Tereno, esteve na semana passada na ilha grega de Kos a explicar a refugiados como é o país e o que podem cá encontrar.
De acordo com a notícia do DN, Portugal disponibilizou-se para receber 4754 refugiados, mas este número pertence a uma primeira fase, que prevê a recolocação de 93.097 pessoas na União Europeia.
“A Plataforma de Apoio aos Refugiados tem lugar para mil destes imigrantes, mas segundo as autoridades nacionais foram oferecidos mais de três mil”, escreve o DN, acrescentando: “A esmagadora maioria dos requerentes de asilo que transitam pela Europa querem seguir para a Alemanha e a Suécia, onde muitos têm família e/ou receberam a informação de que aí há trabalho e podem ter um bom nível de vida. A preferência vai sempre para os países do norte- a península Ibérica é desconhecida."
“A capacidade que temos vai além do que é preciso recolocar a partir da Itália e da Grécia”, disse o director nacional do SEF.
Segundo o jornal, Portugal não é um país habitualmente escolhido pelos requerentes de asilo, como também não faz história em matéria de atribuição de estatuto, pois "aceita cerca de uma dúzia por ano".
O DN escreve que as “associações representativas da sociedade civil dizem que essa é uma dificuldade, mas não é a principal razão. Acusam o modelo europeu de ser muito estático e lento para um processo que é muito dinâmico”.
De acordo com o jornal, até Outubro, mais de 700 refugiados foram recolocados em países europeus e existe um plano para mais de 160 mil serem distribuídos.
O DN escreve que Portugal disponibilizou-se para receber 4754, mas só deverão chegar 50 até ao Natal: 30 de Itália e 20 da Grécia.
26.11.15
Quer agradecer ao país que o acolheu alimentando os sem-abrigo
in Jornal de Notícias
Alex Assali é um refugiado sírio que vive agora na Alemanha. Todos os sábados vai para a estação de comboios de Alexanderplatz, em Berlim, onde distribui gratuitamente refeições quentes aos sem-abrigo que ele próprio confeciona. É a forma que encontrou para agradecer ao país que lhe deu um porto seguro.
Em 2007, Alex fugiu da Síria sem passaporte, sem nada. Teve de deixar a família, em Damasco, porque algumas pessoas desejavam a sua morte por ter criticado o presidente sírio, Bashar al-Assad, num artigo online.
Conseguiu chegar à Europa depois de passar pelo Líbano, Chipre, Egito, Sudão e finalmente pela Líbia. Ficou por lá durante uns anos, local onde começou a ajudar refugiados sírios. Quando chegou ao continente europeu, acabou por assentar na Alemanha, em setembro de 2014.
Na pequena mesa onde tem a comida quente para distribuir, vê-se uma placa onde diz “Give something back to German people” (em português ‘dar algo de volta ao povo alemão’). É esse o lema de Alex.
“Mesmo não tendo muito, vai para a rua distribuir comida aos sem-abrigo”, disse Tabea, uma amiga de Alex. “Ele é uma bênção para muitos outros.”
Tabea, que tirou uma fotografia a Alex e a partilhou nas redes sociais, diz que já receberam mensagens de apoio de pessoas de todo o mundo. “Nunca imaginamos o que este pequeno ‘post’ poderia fazer, mas estamos felizes por trazermos um pouco de luz para o mundo”, contou Tabea.
Fonte: Huffington Post e Daily Mail
Alex Assali é um refugiado sírio que vive agora na Alemanha. Todos os sábados vai para a estação de comboios de Alexanderplatz, em Berlim, onde distribui gratuitamente refeições quentes aos sem-abrigo que ele próprio confeciona. É a forma que encontrou para agradecer ao país que lhe deu um porto seguro.
Em 2007, Alex fugiu da Síria sem passaporte, sem nada. Teve de deixar a família, em Damasco, porque algumas pessoas desejavam a sua morte por ter criticado o presidente sírio, Bashar al-Assad, num artigo online.
Conseguiu chegar à Europa depois de passar pelo Líbano, Chipre, Egito, Sudão e finalmente pela Líbia. Ficou por lá durante uns anos, local onde começou a ajudar refugiados sírios. Quando chegou ao continente europeu, acabou por assentar na Alemanha, em setembro de 2014.
Na pequena mesa onde tem a comida quente para distribuir, vê-se uma placa onde diz “Give something back to German people” (em português ‘dar algo de volta ao povo alemão’). É esse o lema de Alex.
“Mesmo não tendo muito, vai para a rua distribuir comida aos sem-abrigo”, disse Tabea, uma amiga de Alex. “Ele é uma bênção para muitos outros.”
Tabea, que tirou uma fotografia a Alex e a partilhou nas redes sociais, diz que já receberam mensagens de apoio de pessoas de todo o mundo. “Nunca imaginamos o que este pequeno ‘post’ poderia fazer, mas estamos felizes por trazermos um pouco de luz para o mundo”, contou Tabea.
Fonte: Huffington Post e Daily Mail
Emigração portuguesa para o Reino Unido voltou a disparar
in Diário de Notícias
Estatísticas oficiais publicadas hoje no Reino Unido revelam subida de 22% no último ano
A emigração portuguesa para o Reino Unido quebrou a tendência de estabilização ao subir 22% entre setembro de 2014 e setembro de 2015 face ao mesmo período entre 2013 e 2014, segundo estatísticas oficiais publicadas esta quinta-feira.
De acordo com os números do Ministério do Trabalho e Pensões britânico, 34 145 nacionais portugueses pediram naquele período um número de segurança social, obrigatório para qualquer contrato de trabalho.
Este valor representa um aumento de seis mil face aos 28.046 portugueses que se registaram para trabalhar pela primeira vez nos 12 meses anteriores a setembro de 2014.
Emigração para o Reino Unido continua a crescer
Há um ano, estas mesmas estatísticas tinham apontado para uma estabilização do número de portugueses que chegam ao Reino Unido para trabalhar, ao revelar um ligeiro decréscimo de 0,77% relativamente aos 28.263 registados entre setembro de 2012 e 2013.
O número de segurança social [National Insurance Number] é obrigatório para quem queira trabalhar a tempo inteiro ou parcial, como, por exemplo, estudantes, para reclamar apoios sociais ou para aqueles que se registem como trabalhadores independentes.
Embora sejam um indicador sobre os fluxos migratórios, estas estatísticas não contabilizam aqueles que não trabalham, como menores, idosos ou outros dependentes.
Portugal é, atualmente, o sexto país de onde chegam mais nacionais para trabalhar em território britânico, atrás da Roménia, Polónia, Itália, Espanha e Índia.
Segundo o boletim, a comunidade lusófona em geral continua também a aumentar: registaram-se na segurança social britânica, entre setembro de 2014 e setembro de 2015, 125 angolanos (+7%), 46 moçambicanos (+92%), 39 cabo-verdianos (+56%) e 36 timorenses (+260%).
Pelo contrário, apenas se registaram 41 guineenses (-28%) e 20 são-tomenses (-44%).
Estatísticas oficiais publicadas hoje no Reino Unido revelam subida de 22% no último ano
A emigração portuguesa para o Reino Unido quebrou a tendência de estabilização ao subir 22% entre setembro de 2014 e setembro de 2015 face ao mesmo período entre 2013 e 2014, segundo estatísticas oficiais publicadas esta quinta-feira.
De acordo com os números do Ministério do Trabalho e Pensões britânico, 34 145 nacionais portugueses pediram naquele período um número de segurança social, obrigatório para qualquer contrato de trabalho.
Este valor representa um aumento de seis mil face aos 28.046 portugueses que se registaram para trabalhar pela primeira vez nos 12 meses anteriores a setembro de 2014.
Emigração para o Reino Unido continua a crescer
Há um ano, estas mesmas estatísticas tinham apontado para uma estabilização do número de portugueses que chegam ao Reino Unido para trabalhar, ao revelar um ligeiro decréscimo de 0,77% relativamente aos 28.263 registados entre setembro de 2012 e 2013.
O número de segurança social [National Insurance Number] é obrigatório para quem queira trabalhar a tempo inteiro ou parcial, como, por exemplo, estudantes, para reclamar apoios sociais ou para aqueles que se registem como trabalhadores independentes.
Embora sejam um indicador sobre os fluxos migratórios, estas estatísticas não contabilizam aqueles que não trabalham, como menores, idosos ou outros dependentes.
Portugal é, atualmente, o sexto país de onde chegam mais nacionais para trabalhar em território britânico, atrás da Roménia, Polónia, Itália, Espanha e Índia.
Segundo o boletim, a comunidade lusófona em geral continua também a aumentar: registaram-se na segurança social britânica, entre setembro de 2014 e setembro de 2015, 125 angolanos (+7%), 46 moçambicanos (+92%), 39 cabo-verdianos (+56%) e 36 timorenses (+260%).
Pelo contrário, apenas se registaram 41 guineenses (-28%) e 20 são-tomenses (-44%).
Escalões do IRS só mudam em 2017 e sobretaxa diminui com novo Governo
in Jornal de Notícias
Os escalões do IRS só mudam em 2017, a sobretaxa diminui durante 2016 e o IVA na restauração desce de 23% para 13%, segundo Fernando Rocha, que, esta quinta-feira, tomará posse como secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
De acordo com o Diário de Notícias (DN), que cita o governante, a agenda fiscal do Governo está definida, salientando que o novo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha, explicou ao jornal que os escalões do IRS só mudam em 2017, mas que a sobretaxa mudará para 1,75% (metade dos atuais 3,5%) em 2016.
Fernando Rocha explicou ao DN que os novos escalões do IRS não serão criados através do Orçamento do Estado para 2016, porque a matéria "precisa de estudo" e que, por isso, só será posta em prática em 2017.
"O que mudará para já no IRS é a sobretaxa. Em 2016, de acordo com um projeto do PS já apresentado no parlamento, a sobretaxa será de 1,75% e nos rendimentos ganhos em 2017 já não será cobrada nenhuma sobretaxa", escreve o DN.
O jornal refere, com base nas explicações de Fernando Rocha, que o IVA da restauração passará dos 23% para os 13%, uma exigência pré-eleitoral comum à esquerda toda.
O novo Governo pretende também que "fique assente já em 2016 a manutenção do IRC em 21%, ou seja, travar a descida de um ponto percentual por ano que estava prevista".
Na Taxa Social Única (TSU), todas as medidas previstas pelo programa eleitoral do PS serão congeladas, por via dos acordos de esquerda.
"Uma promessa que só entrará em vigor em 2017 é a da progressividade do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis). Atualmente, o sistema é proporcional: uma percentagem igual definida (pelas autarquias) independentemente da matéria tributada", escreve o jornal.
O que está em cima da mesa, indica o DN, é "introduzir no IMI algo parecido com os mecanismos do IRS: casas mais caras pagam mais; casas mais baratas pagam menos".
Para mais tarde ficam também a medida fiscal que aumentará a taxação de dividendos e a mudança no ordenamento das "compensações de crédito".
Os escalões do IRS só mudam em 2017, a sobretaxa diminui durante 2016 e o IVA na restauração desce de 23% para 13%, segundo Fernando Rocha, que, esta quinta-feira, tomará posse como secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
De acordo com o Diário de Notícias (DN), que cita o governante, a agenda fiscal do Governo está definida, salientando que o novo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha, explicou ao jornal que os escalões do IRS só mudam em 2017, mas que a sobretaxa mudará para 1,75% (metade dos atuais 3,5%) em 2016.
Fernando Rocha explicou ao DN que os novos escalões do IRS não serão criados através do Orçamento do Estado para 2016, porque a matéria "precisa de estudo" e que, por isso, só será posta em prática em 2017.
"O que mudará para já no IRS é a sobretaxa. Em 2016, de acordo com um projeto do PS já apresentado no parlamento, a sobretaxa será de 1,75% e nos rendimentos ganhos em 2017 já não será cobrada nenhuma sobretaxa", escreve o DN.
O jornal refere, com base nas explicações de Fernando Rocha, que o IVA da restauração passará dos 23% para os 13%, uma exigência pré-eleitoral comum à esquerda toda.
O novo Governo pretende também que "fique assente já em 2016 a manutenção do IRC em 21%, ou seja, travar a descida de um ponto percentual por ano que estava prevista".
Na Taxa Social Única (TSU), todas as medidas previstas pelo programa eleitoral do PS serão congeladas, por via dos acordos de esquerda.
"Uma promessa que só entrará em vigor em 2017 é a da progressividade do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis). Atualmente, o sistema é proporcional: uma percentagem igual definida (pelas autarquias) independentemente da matéria tributada", escreve o jornal.
O que está em cima da mesa, indica o DN, é "introduzir no IMI algo parecido com os mecanismos do IRS: casas mais caras pagam mais; casas mais baratas pagam menos".
Para mais tarde ficam também a medida fiscal que aumentará a taxação de dividendos e a mudança no ordenamento das "compensações de crédito".
Pobreza continua a fustigar países menos avançados
in RFI
A Conferência das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento publicou hoje o seu relatório 2015 sobre os Países menos avançados, PAM. Uma categoria que abrange 48 países, incluindo 34 africanos, entre eles Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Dos países africanos de língua oficial portuguesa só Cabo Verde já não faz parte do grupo. Rolf Traeger é o chefe dos pma na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED). Ele alega que a redução da pobreza registada podia ter sido superior e metade da população vive na pobreza absoluta.
Segundo os objectivos de desenvolvimento do milénio, definidos em Setembro de 2000 para serem alcançados pelos governos dos 191 países-membros da ONU até 2015; uma das prioridades passa por reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria e passam fome. Cerca de 980 milhões de pessoas no mundo vivem com menos de 1 dólar por dia. Algumas acções sugeridas são o apoio à agricultura familiar, a programas de educação e projectos de merenda escolar.
"Estamos a assistir ao fim da Era dos objectivos de desenvolvimento do milénio (ODM) cujo objectivo número um era o de reduzir a pobreza pela metade. No caso dos PMA, a taxa de pobreza foi reduzida em 65% em 1990 para 48% actualmente, ou seja, houve um progresso, houve uma redução da pobreza. Entretanto, tendo em conta o forte nível de crescimento económico poder-se-ia ter esperado uma redução muito mais acentuada da pobreza. Por outro lado, apesar dessa redução da pobreza é importante que se considere que ainda, praticamente, metade da população desses países vive na pobreza absoluta, o que é uma situação absolutamente inaceitável", defendeu o chefe dos pma na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Roft Traeger.
A Conferência das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento publicou hoje o seu relatório 2015 sobre os Países menos avançados, PAM. Uma categoria que abrange 48 países, incluindo 34 africanos, entre eles Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Dos países africanos de língua oficial portuguesa só Cabo Verde já não faz parte do grupo. Rolf Traeger é o chefe dos pma na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED). Ele alega que a redução da pobreza registada podia ter sido superior e metade da população vive na pobreza absoluta.
Segundo os objectivos de desenvolvimento do milénio, definidos em Setembro de 2000 para serem alcançados pelos governos dos 191 países-membros da ONU até 2015; uma das prioridades passa por reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria e passam fome. Cerca de 980 milhões de pessoas no mundo vivem com menos de 1 dólar por dia. Algumas acções sugeridas são o apoio à agricultura familiar, a programas de educação e projectos de merenda escolar.
"Estamos a assistir ao fim da Era dos objectivos de desenvolvimento do milénio (ODM) cujo objectivo número um era o de reduzir a pobreza pela metade. No caso dos PMA, a taxa de pobreza foi reduzida em 65% em 1990 para 48% actualmente, ou seja, houve um progresso, houve uma redução da pobreza. Entretanto, tendo em conta o forte nível de crescimento económico poder-se-ia ter esperado uma redução muito mais acentuada da pobreza. Por outro lado, apesar dessa redução da pobreza é importante que se considere que ainda, praticamente, metade da população desses países vive na pobreza absoluta, o que é uma situação absolutamente inaceitável", defendeu o chefe dos pma na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Roft Traeger.
27 mulheres mortas neste ano. "Quebre o silêncio"
in Diário de Notícias
“A vida pode ser um conto de fadas se você romper o silêncio” é o título da campanha de Alexsandro Palombo, com participação de Angelina Jolie e Madonna
APAV indica que mais de 12 mil mulheres foram vítimas no ano passado. Campanha internacional lançada ontem
"Não fique a assistir." Este é o lema da campanha deste ano contra a violência doméstica da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), lançada ontem, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Um apelo nacional que se junta à mensagem universal lançada pelo artista italiano Alexsandro Palombo, que juntou várias celebridades, de Madonna a Angelina Jolie, passando por Miley Cyrus, todas a pedir que se quebre o silêncio (#BreaktheSilence é o nome do projeto).
Segundo Delfim Cotrim, assessor técnico da direção da APAV, o slogan português pretende sensibilizar as pessoas para o facto de se estar perante "um crime público, que deve ser denunciado". Os números da APAV mostram que no ano passado 12 400 mulheres foram vítimas de violência. Já o Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) revelou que neste ano 27 mulheres foram assassinadas em Portugal, a maioria com armas brancas e de fogo utilizadas pelos maridos ou companheiros. Houve ainda 33 mulheres que foram vítimas de tentativa de homicídio, de 1 de janeiro a 20 de novembro, adianta o relatório da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), também divulgado ontem. Apesar de haver "um menor número de homicídios consumados e tentados" em 2015 comparativamente ao mesmo período de 2014, não se pode afirmar que "o femicídio está em tendência decrescente", tendo em conta os últimos 11 anos, em que foram assassinadas 426 mulheres e 497 foram vítimas de tentativa de homicídio.
Um problema europeu
Em 2014, um estudo da Agência Europeia para os Direitos Fundamentais revelou que em média 39% das mulheres da União Europeia afirmaram conhecer outras mulheres, no seu círculo familiar e de amigos, que são vítimas de "violência doméstica". As próprias admitiram desconhecer a existência de leis específicas sobre o problema nos respetivos Estados membros. Mais desconhecimento foi revelado quanto à existência de estruturas de apoio às vítimas: em média, quase uma em cada cinco afirmou não conhecer nenhum dos serviços de apoio às vítimas de violência.
"Na realidade, este tipo de criminalidade contra as mulheres, e em particular nas relações de intimidade presentes ou pretéritas, mantém uma estabilidade, contrariando a tendência decrescente verificada em Portugal do homicídio praticado noutros contextos", sublinha o observatório. Daniel Cotrim, em declarações ao DN, lembrou: "Hoje, as vítimas de violência doméstica têm um estatuto só para si, mas isso só por si não defende nem protege as vítimas. O ónus, a responsabilidade de fazer prova, de pedir proteção, continua a estar na mão das mulheres que são vítimas de violência doméstica", declarou Daniel Cotrim.
Porém, o assessor da APAV criticou a demora na aplicação nas medidas de coação e de afastamento das vítimas, tal como as pulseiras eletrónicas para os agressores.
“A vida pode ser um conto de fadas se você romper o silêncio” é o título da campanha de Alexsandro Palombo, com participação de Angelina Jolie e Madonna
APAV indica que mais de 12 mil mulheres foram vítimas no ano passado. Campanha internacional lançada ontem
"Não fique a assistir." Este é o lema da campanha deste ano contra a violência doméstica da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), lançada ontem, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Um apelo nacional que se junta à mensagem universal lançada pelo artista italiano Alexsandro Palombo, que juntou várias celebridades, de Madonna a Angelina Jolie, passando por Miley Cyrus, todas a pedir que se quebre o silêncio (#BreaktheSilence é o nome do projeto).
Segundo Delfim Cotrim, assessor técnico da direção da APAV, o slogan português pretende sensibilizar as pessoas para o facto de se estar perante "um crime público, que deve ser denunciado". Os números da APAV mostram que no ano passado 12 400 mulheres foram vítimas de violência. Já o Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) revelou que neste ano 27 mulheres foram assassinadas em Portugal, a maioria com armas brancas e de fogo utilizadas pelos maridos ou companheiros. Houve ainda 33 mulheres que foram vítimas de tentativa de homicídio, de 1 de janeiro a 20 de novembro, adianta o relatório da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), também divulgado ontem. Apesar de haver "um menor número de homicídios consumados e tentados" em 2015 comparativamente ao mesmo período de 2014, não se pode afirmar que "o femicídio está em tendência decrescente", tendo em conta os últimos 11 anos, em que foram assassinadas 426 mulheres e 497 foram vítimas de tentativa de homicídio.
Um problema europeu
Em 2014, um estudo da Agência Europeia para os Direitos Fundamentais revelou que em média 39% das mulheres da União Europeia afirmaram conhecer outras mulheres, no seu círculo familiar e de amigos, que são vítimas de "violência doméstica". As próprias admitiram desconhecer a existência de leis específicas sobre o problema nos respetivos Estados membros. Mais desconhecimento foi revelado quanto à existência de estruturas de apoio às vítimas: em média, quase uma em cada cinco afirmou não conhecer nenhum dos serviços de apoio às vítimas de violência.
"Na realidade, este tipo de criminalidade contra as mulheres, e em particular nas relações de intimidade presentes ou pretéritas, mantém uma estabilidade, contrariando a tendência decrescente verificada em Portugal do homicídio praticado noutros contextos", sublinha o observatório. Daniel Cotrim, em declarações ao DN, lembrou: "Hoje, as vítimas de violência doméstica têm um estatuto só para si, mas isso só por si não defende nem protege as vítimas. O ónus, a responsabilidade de fazer prova, de pedir proteção, continua a estar na mão das mulheres que são vítimas de violência doméstica", declarou Daniel Cotrim.
Porém, o assessor da APAV criticou a demora na aplicação nas medidas de coação e de afastamento das vítimas, tal como as pulseiras eletrónicas para os agressores.
Mural "Introspecção" para recordar que as vítimas existem
autoria Frederico Draw e Rodrigo Alma, in Público on-line (P3)
No âmbito das comemorações dos 25 anos, a APAV promoveu a realização do mural de arte urbana “Introspecção”, criado pelos artistas Frederico Draw e Rodrigo Alma, do Colectivo RUA, que colaboraram neste projecto de forma voluntária. O mural Introspeção "foi criado com o objectivo de comunicar a missão da APAV à comunidade onde se insere, através da arte". Realizado entre os dias 7 e 9 de Novembro, o projecto contou com o apoio do Hotel Neya e da Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa. O mural localiza-se na Rua Dona Estefânia, em Lisboa.
No âmbito das comemorações dos 25 anos, a APAV promoveu a realização do mural de arte urbana “Introspecção”, criado pelos artistas Frederico Draw e Rodrigo Alma, do Colectivo RUA, que colaboraram neste projecto de forma voluntária. O mural Introspeção "foi criado com o objectivo de comunicar a missão da APAV à comunidade onde se insere, através da arte". Realizado entre os dias 7 e 9 de Novembro, o projecto contou com o apoio do Hotel Neya e da Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa. O mural localiza-se na Rua Dona Estefânia, em Lisboa.
Iranianos detidos no aeroporto com passaportes falsos
Alexandre Panda, in Jornal de Notícias
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras está a investigar um casal, detido no aeroporto do Porto com passaportes gregos falsificados e proveniente de Paris, França. Foram intercetados quando tentavam embarcar para Londres e garantem ser de nacionalidade iraniana, mas, para já, não há certezas sobre a sua real identidade.
Para além disso, o percurso que dizem ter feito pela Europa também levanta suspeitas, pelo que o caso está a ser tratado com todos os cuidados dadas as recomendações de segurança em vigor desde os atentados em Paris.
Quando foi detetado, na passada segunda-feira, ao tentar embarcar num voo da TAP, o casal justificou que chegara a Portugal de autocarro, e que pretendia seguir para Inglaterra e ali trabalhar. Alegaram ainda ter comprado os passaportes gregos em França, de onde conseguiram escapar, usando os documentos falsificados, à apertada malha das autoridades montada após os atentados de 13 de novembro.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras está a investigar um casal, detido no aeroporto do Porto com passaportes gregos falsificados e proveniente de Paris, França. Foram intercetados quando tentavam embarcar para Londres e garantem ser de nacionalidade iraniana, mas, para já, não há certezas sobre a sua real identidade.
Para além disso, o percurso que dizem ter feito pela Europa também levanta suspeitas, pelo que o caso está a ser tratado com todos os cuidados dadas as recomendações de segurança em vigor desde os atentados em Paris.
Quando foi detetado, na passada segunda-feira, ao tentar embarcar num voo da TAP, o casal justificou que chegara a Portugal de autocarro, e que pretendia seguir para Inglaterra e ali trabalhar. Alegaram ainda ter comprado os passaportes gregos em França, de onde conseguiram escapar, usando os documentos falsificados, à apertada malha das autoridades montada após os atentados de 13 de novembro.
European Meeting of People experiencing Poverty – "It is necessary to listen to the people concerned who have a real desire to participate in finding solutions"
In Presidencia do Conselho da UE
A workshop during the 13th EU Meeting of People Experiencing Poverty on 19-20 November in Luxembourg
National delegations from 30 European countries – comprising people experiencing poverty and social workers – met in Brussels on 19 and 20 November 2015 in order to participate in the two days of the 13th edition of the European Meeting of People experiencing Poverty, organised by the European Anti-Poverty Network (EAPN) with the support of the European Commission and the Luxembourg Presidency of the Council of the European Union (EU).
With the focus this year on the issue of social standards in the EU, through the organisation of conferences and themed workshops, the meeting aimed to offer people experiencing poverty the opportunity to share their experiences, obtain recognition and give visibility to this highly sensitive matter, with almost 122 million people considered to be at risk of poverty in the EU. In this context, the meeting also aimed to establish a strategic dialogue by allowing direct exchanges with political leaders with a view to provide food for thought on the subject.
For the occasion, the Presidency's website met several members of the Luxembourg delegation, who, on their return from Brussels, gave an account of their experience of these two days of work.
A meeting focused on exchange
No fewer than 30 national delegations met in Brussels on 19 and 20 November 2015 in order to participate in the European Meeting. According to Charles Berrang, Research Officer at the R&D service of the Caritas Foundation and National Coordinator of the Luxembourg delegation for EAPN Luxembourg, the watchword of the meeting was exchange.
Through several workshops and round tables, the delegations shared their experiences on a national level, ranging from the situation of people experiencing poverty to the work of associations involved in this context, and including the political support which exists or not in this field. It was an exercise which helped to show that there are "very great differences from one government to another" and that "although all is not perfect in Luxembourg, a great deal is, nevertheless, being done", he continued.
Poverty is not solely financial
In this context, one of the conference's main messages is that the definition of poverty cannot be restricted to financial poverty, but that it is necessary to take account of all its aspects. "Poverty can also be cultural", recalled Charles Berrang, who noted that the debate largely concerned the need "to not organise poor people on a hierarchical basis, to not say that one poor person has a priority over another", with the conference welcoming a very large variety of people – victims of sexual abuse, the unemployed, single parents – i.e. "a very wide spectrum".
Pitting poor people against one another, in particular those who work and those are unable to work, as is often the case, poses a great risk, explained Nadia Dondelinger, Head of the Schlaifmillen Workshop and the ACT! service for the Inter-Actions association and member of the Executive Committee of EAPN Luxembourg. "When we say that one poor person deserves more help than another and, as a consequence, we refuse the latter help, there is a risk of finding that person three months later in a much more serious situation, requiring help for several years", she explained.
The decline into poverty can be very quick and can affect everybody, continued Charles Berrang. A video presented by the Dutch delegation gave an account of a young "happy, married" man whose life was turned upside down when he divorced, an event quickly followed by the death of his father which "resulted in his complete collapse". "People who lead a normal life can sink into poverty as a result of personal or professional setbacks", he indicated.
Also, another key aspect in this context is that it is not poverty that defines the person, added Nadia Dondelinger. "Human dignity and character are much more important than the fact of finding oneself in a situation of poverty", she said. Human dignity should be at the heart of all legislative projects on this subject, she declared.
In Luxembourg, employment and housing are sources of precariousness
It was precisely this type of setback suffered by Tahar, one of the members of the Luxembourg delegation. At the age of 55, this trained maître d’hôtel has been working for three years at the Vollekskichen of the National Committee of Social Defence (CNDS) in the framework of the guaranteed minimum wage (RMG), after losing his job following a "very difficult" divorce, which, in particular, meant that he could only see his child three hours a week.
This forced him into a highly unstable situation "overnight", with not only the question of work but also that of housing becoming a problem for him: although he works 40 hours a week, his status as a beneficiary of RMG, which is evaluated regularly and is subject to revision, does not entitle him to the advantages of a fixed-term contract which, very often, is required in Luxembourg to obtain housing. Also, returning to the job market is made more difficult by his age, as he is often deemed to be too old by recruiters.
If Tahar chose to participate in the European Meeting, it was in order to give an account of the fact that "poverty can affect anyone at any time". "After listening to the other delegations, we can see that things are alright here and that Luxembourg does a great deal to help, but it is necessary to raise the alarm about certain problems, firstly employment and housing", he stressed, insisting on the fact that, although the country's image is one of the best in Europe, things are not all that easy in the Grand Duchy. "Housing is a matter of precariousness in Luxembourg", he added, especially for those who benefit from the RMG and for single-parent families.
People experiencing poverty have a "real desire to participate and be heard"
In this context, the European Meeting of People experiencing Poverty aims, above all, to provide people in these situations with a platform for direct exchange with political leaders. "When you are experiencing a situation and nobody is listening to you, it is very hard; this meeting therefore offers these people the respect they deserve by listening to them and passing on their message to the institutions", explained Nadia Dondelinger. On this subject, Charles Berrang insisted on these people's "real desire to participate and be heard", as "there is often a feeling that politicians are disconnected from realities" and that "as one participant said, the best discussions are always face-to-face".
"There is a real added value in political leaders seeing real people", continued Charles Berrang, according to whom such opportunities for direct contact sometimes help things to progress in more concrete terms. "They are two completely different worlds, but seeing the person and listening to what they have to say is quite different from reading about it in a report", with these people's reality, something about which those working with them can only give an account, often being "extremely hard", added Nadia Dondelinger.
"Everyone deserves a decent life"
In the summary of its participation in the workshops, the Luxembourg delegation highlighted several messages.
The first point recalls that "everyone deserves a decent life" and that, in this context, the aim is to "break down the walls of differences in poverty and stop creating a hierarchy among poor people". "Poverty in all its forms is something that we all have to deal with, and we must be united in fighting it", stressed Charles Berrang.
Secondly, "we have to listen to the people concerned". "It is something that was strongly expressed by the public. There is a real desire to participate in finding solutions". Finally, the aim is to "look at the potential" of people, without limiting ourselves to their situation or their appearance. "The idea is to say: I have skills, I can do things, do not limit yourself to my current situation", concluded Charles Berrang.
A workshop during the 13th EU Meeting of People Experiencing Poverty on 19-20 November in Luxembourg
National delegations from 30 European countries – comprising people experiencing poverty and social workers – met in Brussels on 19 and 20 November 2015 in order to participate in the two days of the 13th edition of the European Meeting of People experiencing Poverty, organised by the European Anti-Poverty Network (EAPN) with the support of the European Commission and the Luxembourg Presidency of the Council of the European Union (EU).
With the focus this year on the issue of social standards in the EU, through the organisation of conferences and themed workshops, the meeting aimed to offer people experiencing poverty the opportunity to share their experiences, obtain recognition and give visibility to this highly sensitive matter, with almost 122 million people considered to be at risk of poverty in the EU. In this context, the meeting also aimed to establish a strategic dialogue by allowing direct exchanges with political leaders with a view to provide food for thought on the subject.
For the occasion, the Presidency's website met several members of the Luxembourg delegation, who, on their return from Brussels, gave an account of their experience of these two days of work.
A meeting focused on exchange
No fewer than 30 national delegations met in Brussels on 19 and 20 November 2015 in order to participate in the European Meeting. According to Charles Berrang, Research Officer at the R&D service of the Caritas Foundation and National Coordinator of the Luxembourg delegation for EAPN Luxembourg, the watchword of the meeting was exchange.
Through several workshops and round tables, the delegations shared their experiences on a national level, ranging from the situation of people experiencing poverty to the work of associations involved in this context, and including the political support which exists or not in this field. It was an exercise which helped to show that there are "very great differences from one government to another" and that "although all is not perfect in Luxembourg, a great deal is, nevertheless, being done", he continued.
Poverty is not solely financial
In this context, one of the conference's main messages is that the definition of poverty cannot be restricted to financial poverty, but that it is necessary to take account of all its aspects. "Poverty can also be cultural", recalled Charles Berrang, who noted that the debate largely concerned the need "to not organise poor people on a hierarchical basis, to not say that one poor person has a priority over another", with the conference welcoming a very large variety of people – victims of sexual abuse, the unemployed, single parents – i.e. "a very wide spectrum".
Pitting poor people against one another, in particular those who work and those are unable to work, as is often the case, poses a great risk, explained Nadia Dondelinger, Head of the Schlaifmillen Workshop and the ACT! service for the Inter-Actions association and member of the Executive Committee of EAPN Luxembourg. "When we say that one poor person deserves more help than another and, as a consequence, we refuse the latter help, there is a risk of finding that person three months later in a much more serious situation, requiring help for several years", she explained.
The decline into poverty can be very quick and can affect everybody, continued Charles Berrang. A video presented by the Dutch delegation gave an account of a young "happy, married" man whose life was turned upside down when he divorced, an event quickly followed by the death of his father which "resulted in his complete collapse". "People who lead a normal life can sink into poverty as a result of personal or professional setbacks", he indicated.
Also, another key aspect in this context is that it is not poverty that defines the person, added Nadia Dondelinger. "Human dignity and character are much more important than the fact of finding oneself in a situation of poverty", she said. Human dignity should be at the heart of all legislative projects on this subject, she declared.
In Luxembourg, employment and housing are sources of precariousness
It was precisely this type of setback suffered by Tahar, one of the members of the Luxembourg delegation. At the age of 55, this trained maître d’hôtel has been working for three years at the Vollekskichen of the National Committee of Social Defence (CNDS) in the framework of the guaranteed minimum wage (RMG), after losing his job following a "very difficult" divorce, which, in particular, meant that he could only see his child three hours a week.
This forced him into a highly unstable situation "overnight", with not only the question of work but also that of housing becoming a problem for him: although he works 40 hours a week, his status as a beneficiary of RMG, which is evaluated regularly and is subject to revision, does not entitle him to the advantages of a fixed-term contract which, very often, is required in Luxembourg to obtain housing. Also, returning to the job market is made more difficult by his age, as he is often deemed to be too old by recruiters.
If Tahar chose to participate in the European Meeting, it was in order to give an account of the fact that "poverty can affect anyone at any time". "After listening to the other delegations, we can see that things are alright here and that Luxembourg does a great deal to help, but it is necessary to raise the alarm about certain problems, firstly employment and housing", he stressed, insisting on the fact that, although the country's image is one of the best in Europe, things are not all that easy in the Grand Duchy. "Housing is a matter of precariousness in Luxembourg", he added, especially for those who benefit from the RMG and for single-parent families.
People experiencing poverty have a "real desire to participate and be heard"
In this context, the European Meeting of People experiencing Poverty aims, above all, to provide people in these situations with a platform for direct exchange with political leaders. "When you are experiencing a situation and nobody is listening to you, it is very hard; this meeting therefore offers these people the respect they deserve by listening to them and passing on their message to the institutions", explained Nadia Dondelinger. On this subject, Charles Berrang insisted on these people's "real desire to participate and be heard", as "there is often a feeling that politicians are disconnected from realities" and that "as one participant said, the best discussions are always face-to-face".
"There is a real added value in political leaders seeing real people", continued Charles Berrang, according to whom such opportunities for direct contact sometimes help things to progress in more concrete terms. "They are two completely different worlds, but seeing the person and listening to what they have to say is quite different from reading about it in a report", with these people's reality, something about which those working with them can only give an account, often being "extremely hard", added Nadia Dondelinger.
"Everyone deserves a decent life"
In the summary of its participation in the workshops, the Luxembourg delegation highlighted several messages.
The first point recalls that "everyone deserves a decent life" and that, in this context, the aim is to "break down the walls of differences in poverty and stop creating a hierarchy among poor people". "Poverty in all its forms is something that we all have to deal with, and we must be united in fighting it", stressed Charles Berrang.
Secondly, "we have to listen to the people concerned". "It is something that was strongly expressed by the public. There is a real desire to participate in finding solutions". Finally, the aim is to "look at the potential" of people, without limiting ourselves to their situation or their appearance. "The idea is to say: I have skills, I can do things, do not limit yourself to my current situation", concluded Charles Berrang.
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