Amanda Faria, in Público
Relatório denuncia casos de tráfico humano e trabalho forçado na indústria pesqueira na Ásia e América do Sul. A produção de atum enlatado sem transparência pode ter um custo social elevado.
consumo de pescado é uma prática comum e quotidiana na Europa, e Portugal é um dos maiores consumidores de peixe. O atum está entre um dos preferidos pelos Estados-membros da União Europeia, seja fresco, congelado ou enlatado. A escolha pode ser justificada pelo sabor, pelo valor nutricional, por ser prático ou, muitas vezes, pelo preço acessível. No entanto, com que custo social é que este produto chega à mesa de milhares de consumidores?
O relatório Canned Brutality: Human rights abuses in the tuna industry (Violência em lata: os abusos de direitos humanos na indústria do atum, numa tradução livre) publicado recentemente pela Bloom Association – uma organização não-governamental dedicada à protecção da biodiversidade marinha – em colaboração com a International Human Rights Clinic da Harvard Law School, denuncia graves infracções dos direitos humanos contra os trabalhadores na produção do atum enlatado. O documento tem como foco os países asiáticos em que a situação é mais alarmante, especialmente Taiwan, Filipinas e Tailândia.
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