in SIC
De acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal, os portugueses tinham no final de julho cerca de 176 mil milhões de euros em depósitos bancários. Mais 1,3 mil milhões do que em junho.
O dinheiro que os portugueses colocam em novos depósitos a prazo dos bancos voltou a crescer. É o segundo mês consecutivo de subida, depois de cinco meses quase em queda livre.
Assim que os certificados de aforro da série E atingiram, no final do ano passado, os 3,5% de taxa de juro máxima, houve um desvio extremamente rápido das poupanças das contas bancárias para o produto de poupança do Estado.
Entretanto, o Governo decidiu em maio cortar a taxa de juro máxima dos certificados de aforro para 2,5%. Com a nova série F, o entusiasmo dos aforradores portugueses esfriou. E agora os números confirmam isso.
De acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal, os portugueses tinham no final de julho cerca de 176 mil milhões de euros em depósitos bancários. Mais 1,3 mil milhões do que em junho.
Mesmo assim, continua a ser menos do que no mesmo mês do ano passado. Ou seja, os bancos ainda não recuperaram totalmente da fuga de depósitos para os certificados de aforro dos últimos seis meses.
Uma das explicações para esta recuperação pode estar nos pequenos aumentos das taxas de juro de muitos dos novos depósitos a prazo dos bancos. A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo para particulares aumentou de 1,26% para 1,58%, a maior subida desde 2011. Mas, mesmo assim, ainda muito abaixo dos 2,5% dos certificados de aforro.
Mas há exceções. Neste momento, já existem no mercado mais de 50 depósitos a prazo melhores do que os certificados de aforro, mas a maioria é de pequenos bancos, tem prazos curtos, montantes mínimos ou regras muito específicas.
Apesar disso, os certificados de aforro da nova série continuam a ter um rendimento acima da média e continuam a crescer em subscrições, mas agora com muito menos intensidade. Para os subscrever basta ir aos Correios, com alguns documentos, e abrir uma conta aforro, que não tem comissões.
Ainda assim, de acordo com os dados de julho do banco de Portugal, aparentemente acabou a corrida aos certificados de aforro, que chegou a assustar alguns bancos com uma fuga de dinheiro dos depósitos a prazo que já não se via há muitos anos.