in RTP
As câmaras municipais vão ter mediadores junto das comunidades ciganas, no âmbito de um projecto-piloto que contempla 10 candidatos, "preferencialmente ciganos", anunciou hoje o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI).
O projecto tem a duração de um ano e é dirigido a todas as câmaras municipais do continente que, tendo comunidades ciganas entre os seus habitantes, reconheçam a importância de estabelecer pontes para um diálogo construtivo, refere o ACIDI em comunicado hoje divulgado.
Os mediadores devem ser "preferencialmente ciganos" e residentes na área de intervenção da autarquia ou em concelhos vizinhos, mas serão seleccionados para este projecto-projecto apenas sob proposta dos municípios.
As candidaturas, num total de 10, serão analisadas segundo critérios de "pertinência, exequibilidade e sustentabilidade" e classificadas com base em coeficientes de ponderação.
No âmbito deste projecto, o ACIDI pretende ainda conceber e coordenar um conjunto de acções de formação dirigidas aos mediadores, centradas em três grandes áreas: Leis e Normas Institucionais, Mediação e Comunicação.
Foi a "análise positiva" feita nos últimos anos à actuação dos mediadores em contextos multiculturais que levou à criação deste projecto, segundo aquela fonte.
Os mediadores podem melhorar o acesso das comunidades ciganas a serviços e equipamentos locais e promover a comunicação entre a comunidade cigana e a comunidade envolvente, com vista à prevenção e gestão de conflitos, refere o ACIDI.
Quarta-feira, Dia Internacional dos Ciganos, o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, através do GACI - Gabinete de Apoio às Comunidades Ciganas, vai anunciar a abertura oficial do período de candidaturas a este projecto.