in Diário de Notícias
A economia portuguesa, como já tinha sido previsto a 13 de Agosto, cresceu apenas 0,2% no segundo trimestre deste ano, em relação aos primeiros três meses do ano, pressionada pelo aperto no consumo das famílias e no investimento das empresas. É o segundo pior desempenho da Zona Euro, só superado pela queda de 1,5% do PIB grego, revelam os dados publicados ontem pelo Eurostat. Face ao período homólogo, Portugal cresceu 1,4%, muito abaixo da média da Zona Euro, que registou uma expansão de 1,9%... mais do que os 1,7% estimados há apenas um mês. A revisão em alta das previsões para o conjunto da UE a 16 explica-se por um crescimento recorde nas exportações - as vendas ao exterior aumentaram 4,4% face ao primeiro trimestre, o maior ganho desde que o Eurostat começou a recolher dados estatísticos; e também por uma forte subida do investimento privado - após oito trimestres de contracção, o investimento aumentou 1,8%. Mas o presidente do Banco Central Europeu (BCE) já avisou que o ritmo de expansão vai abrandar nos próximos meses. "A recuperação da Zona Euro deverá manter-se moderada, com incertezas persistentes", alerta Jean- -Claude Trichet. Por isso mesmo, o BCE decidiu prolongar as ajudas ao sector bancário até 2011 e manter as taxas de juro ao mínimo histórico de 1%, apesar de começarem a surgir algumas pressões: a inflação deverá subir para 1,6% este ano e para 1,7% em 2011.