in TSF
O presidente do Conselho Económico e Social (CES), entrevistado esta manhã no Fórum TSF, afirma que o relatório da Comissão Europeia com a primeira avaliação pós-programa da troika em Portugal, «é uma forma de pressão».
«Não me surpreende, é uma forma de pressão, embora tenhas aspetos que são positivos. [O relatório] diz que o risco de Portugal falhar um pagamento aos credores é muito baixo», por exemplo.
No entanto, Silva Peneda discorda da posição da Comissão Europeia no que diz respeito ao salário mínimo. Bruxelas defende que o aumento do salário mínimo para 505 euros pode prejudicar a transição dos trabalhadores mais vulneráveis numa altura em que o desemprego ainda é elevado.
Para o presidente do CES, «essa crítica não tem razão de ser e acho esquisito que a Comissão Europeia tente agora chamar a atenção para uma coisa que não tem a ver com competitividade. (...) A competitividade hoje não é em função dos salários, é também, mas é mais em função da forma como as empresas são geridas, como os custos de contexto vão baixando».
«Gostava de saber quais são as reformas estruturais. Estão a falar de quê? Reformas estruturais da área laboral já foram feitas. É das rendas da eletricidade? Falar de reformas estruturais de um ponto de vista muito geral fica muito bem nos relatórios mas isso é preciso "trocar por miúdos"», defendeu.