in Jornal de Notícias
Os cerca de 700 participantes no 9º Congresso Nacional de Deficientes (CNOD) concluíram que se está a viver o pior momento depois do 25 de Abril e acusaram os "sucessivos governos" de silenciar e discriminar os deficientes.
Além das críticas, foram definidas algumas reivindicações. Ao nível dos direitos humanos e igualdade de oportunidades, o CNOD quer a adaptação de toda a legislação aos princípios a consagrar numa Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência. E exige o fim da "política autoritária e repressiva", que exclui os deficientes".
Quanto à saúde, emprego e reabilitação, o organismo pretende que o Serviço Nacional de Saúde tenha em conta as necessidades dos cidadãos com deficiência. "Os cidadãos com deficiência exigem do Estado medidas adequadas à criação de condições de integração profissional dos cidadãos com deficiência e a adaptação dos postos de trabalho em razão da deficiência do trabalhador considerado", referem as conclusões do congresso.
O CNOD pede ainda um aumento do número dos transportes adaptados e "a eliminação de barreiras nos transportes ou serviços da administração pública". E defende a redução do número de alunos numa turma que tenha alunos deficiência.