in Jornal Público
A delegação regional do Norte do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) quer "dinamizar acções junto das famílias, ao nível da promoção de competências parentais e da educação para a saúde". E "aplicar programas de competências pessoais e sociais, junto de crianças em idade escolar e jovens que não concluíram a escolaridade mínima obrigatória".
O extinto Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência (SPTT) tinha consultas para as famílias. Com a fusão que originou o actual IDT, "todo esse trabalho acabou", indica o delegado regional do Norte, Adelino Vale Ferreira.
A intervenção de carácter familiar ficou praticamente reduzida às consultas de pedopsiquiatria e ao apoio ao equilíbrio financeiro.
"Há uma faixa que ficou a descoberto". Na redução de danos, o Plano Operacional de Respostas Integradas prevê o avanço para unidades móveis com programas de substituição opiácea de baixo limiar de exigência ou terapêutica combinada e rastreio de doenças infecto-contagiosas. O plano prevê ainda a introdução de programas de troca de papel de estanho, acompanhados por tubos de inalação e toalhetes junto de utilizadores de drogas por via fumada.
O IDT também pretende "dinamizar respostas de retaguarda para indivíduos em fase terminal ou em cuidados paliativos", isto é, centros de acolhimento temporário, como a Casa de Vila Nova, em Aldoar, no Porto.
"Incentivar a participação dos utilizadores de substâncias psicoactivas no desenho e materialização dos programas sócio-sanitários" é outro dos objectivos do instituto.