in Expresso
A diferença de rendimentos entre as classes mais ricas e mais baixas desceu em 2007, enquanto o risco de pobreza manteve-se nos 18%.
O número de portugueses em risco de pobreza manteve-se, em 2007, nos 18%, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística, mantendo-se o valor estimado para 2005 e 2006.
Sem o efeito das medidas de ajuda social do Estado, a taxa de 18% subiria 6 pontos percentuais, acrescenta o organismo oficial das estatísticas em Portugal.
O rendimento dos 20% da população com maior riqueza passou de 6,5 para 6,1 vezes superior aos 20% da população com menor rendimento de acordo com os dados provisórios do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2008, incidindo sobre rendimentos de 2007. Esta é a maior baixa desde que este indicador passou a ser medido em 1995.
O inquérito, que é realizado anualmente junto das famílias residentes em Portugal, revela que a taxa de risco correspondia à proporção de habitantes com rendimentos anuais por adulto inferiores a 4878 euros em 2007, cerca de 406 euros por mês, o que corresponde a 60% da mediana da distribuição dos rendimentos monetários líquidos equivalentes.
Por faixa etária, o INE adianta que há uma "melhoria no risco de pobreza para os idoso: de 26% em 2006 para um valor de 22 por cento em 2007".
Em relação aos indivíduos com idade inferior a 18 anos, a taxa de risco de pobreza aumentou face aos anos anteriores, para 23% em 2007. Assim, a percentagem de jovens em risco de pobreza já ultrapassa a taxa referente aos idosos.
A taxa de risco de pobreza estimada para as famílias sem crianças dependentes é de 16%, enquanto que para os agregados com crianças dependentes é de 20%.