in Diário de Notícias
O ministro da Economia, Inovação e Desenvolvimento, Vieira da Silva, defendeu hoje que o desafio "mais relevante" que se põe à sociedade portuguesa é o de criar, de forma sustentada, "mais e melhor emprego e mais e melhor riqueza".
Acrescenta o ministro que "não há nenhuma bola mágica e uma resposta única. Eu creio que do ponto de vista estratégico, o factor decisivo [para uma maior produtividade e competitividade] é a qualificação das mulheres e homens que fazem parte da nossa sociedade".
Vieira da Silva falava na sessão de abertura da apresentação da Carta Magna da Competitividade 2009, elaborada pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) que foi apresentada no Centro de Congressos de Lisboa.
O ministro considerou ainda que a educação é um factor decisivo "para que a economia possa melhorar e aumentar a produtividade", reforça.
"É uma dimensão central para que tenhamos uma sociedade mais rica em termos empresariais e mais voltada o exterior", acrescentou.
De acordo com Vieira da Silva "uma economia baseada no mercado interno, como a portuguesa, não permite um crescimento sustentável, pois está sujeita às pressões da globalização".
Por sua vez, o presidente da AIP, Rocha de Matos, destacou que o principal problema detectado no relatório da competitividade para 2009, hoje apresentado, tem a ver com a baixa produtividade da economia portuguesa.
"A produtividade em Portugal foi inferior à média da União Europeia em 29,2 por cento no ano passado, o que impede que a qualidade de vida dos portugueses seja melhor e se tenha de alterar a situação, assumindo-a como desafio colectivo que não podemos eximir-nos de abraçar", declarou.
Como elemento positivo do relatório da competitividade apontou o aumento do número de licenciados em Ciência e Tecnologia (18 novos licenciados por mil habitantes entre os 20 e 29 anos).
O dirigente da AIP destacou também o crescimento da economia portuguesa ao nível das fontes de energia renovável no consumo de electricidade, o que coloca Portugal, pela primeira vez, no grupo dos "países moderadamente inovadores", além do crescimento do peso das empresas (51,5 por cento) nas despesas com Investigação e Desenvolvimento.