in SIC
Os contratos dos empréstimos à habitação, indexados à taxa Euribor que sejam revistos em agosto, vão ser agravados e o aumento pode chegar aos 200 euros.
Aumenta a despesa, mas o que se abate na dívida do crédito à habitação é menor do que no mesmo período do ano passado. Com a subida das taxas Euribor, três quartos da prestação servem, apenas, para saldar os juros devidos ao banco e só o valor restante amortiza a dívida real.
O agravamento é mais pesado para quem tem empréstimos associados à Euribor a 12 meses, uma vez que tem atualizações mais distantes.
A DECO Dinheiro e Direitos analisou um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread - margem de lucro do banco de 1% - e a quantia aumentada em agosto diferiu conforme a Euribor indexada.
Se o empréstimo for indexado à Euribor a 3 meses, e for revisto este mês, a prestação será de 775,43 euros, o que corresponde a mais 43,74 euros do que pagava desde maio.
Se a Euribor for a 6 meses, o valor da prestação sobe para os 799,92 euros, mais 96,02 euros do que na revisão de fevereiro.
No caso da Euribor a 12 meses, o valor a pagar mensalmente ao banco será de 818,95 euros, o que reflete uma subida de 265,12 euros em relação às prestações pagas até agora.
A evolução da inflação nos países da zona euro é crucial na definição do futuro das prestações dos empréstimos à habitação.
O Banco Central Europeu deixou em aberto a possibilidade de uma pausa nas subidas das taxas de juro, mas só a reunião de setembro desfará esta dúvida.