O acesso à habitação em Portugal está cada vez mais difícil, seja pelos altos preços das casas à venda ou pelos elevados juros no crédito habitação, a par da perda do poder de compra, devido à inflação. E também no mercado de arrendamento não há boas notícias: além de haver falta de oferta para a elevada procura, os preços das casas para arrendar em Portugal estão cada vez mais altos. No final do mês de julho deste ano subiram 3,8% face ao mês anterior. Isto significa que arrendar casa tinha um custo mediano de 15 euros por metro quadrado (euros/m2), segundo o índice de preços do idealista. Já em relação à variação trimestral, a subida foi de 8,3% e a anual de 31,6%.
Rendas das casas continuam a subir na maioria das cidades
Olhando para as 14 capitais de distrito com amostras significativas, verifica-se que o preço de arrendamento habitacional em julho subiu em 12 cidades, com Évora (8,1%) a liderar o ranking. A lista de cidades onde as rendas das casas mais subiram em julho face a junho continua com o Funchal (6,4%), Faro (6%), Aveiro (4,8%), Viseu (2,8%), Santarém (2,7%), Porto (2,4%), Setúbal (2,2%), Viana do Castelo (1,4%), Coimbra (1%), Castelo Branco (1%) e Lisboa (0,8%). Por outro lado, as rendas das casas desceram em Leiria (-6,9%) e em Braga (-0,9%).
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa em Portugal: 20,1 euros/m2. O Porto (15,7 euros/m2) e o Funchal (14,2 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Évora (11,6 euros/m2), Faro (11,6 euros/m2), Aveiro (11,4 euros/m2), Setúbal (11 euros/m2), Coimbra (9,6 euros/m2), Braga (8,2 euros/m2) e Viana do Castelo (8 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação no país são Castelo Branco (5,8 euros/m2), Viseu (6,3 euros/m2), Leiria (7,4 euros/m2) e Santarém (7,6 euros/m2).
Arrendar casa ficou mais caro em 14 distritos e ilhas
Dos 17 distritos e ilhas analisados, Viana do Castelo (10,6%) e Aveiro (8,7%) lideram as subidas de preço das casas para arrendar em julho face ao mês anterior. Seguem-se Viseu (7,2%), ilha da Madeira (6,1%), Faro (4,3%), Vila Real (4,1%), Coimbra (3,6%), Lisboa (3,4%) e o Porto (3%). Com subidas das rendas das casas inferiores a 3% encontram-se os distritos de Leiria (2,8%), Setúbal (2,6%), Évora (2,1%), Braga (1,1%) e Santarém (0,7%).
Por outro lado, os preços das casas para arrendar desceram em Portalegre (-3%), Castelo Branco (-1,4%) e Beja (-0,8%)
O ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (18,7 euros/m2), seguido pela ilha da Madeira (13,9 euros/m2), Porto (13,8 euros/m2), Faro (13,4 euros/m2), Setúbal (11,8 euros/m2), Évora (10,1 euros/m2), Coimbra (9,5 euros/m2), Aveiro (9 euros/m2), Leiria (8,9 euros/m2), Viana do Castelo (8,9 euros/m2) e Braga (8,4 euros/m2).
Os preços mais económicos para arrendar casa encontram-se em Portalegre (5,9 euros/m2), Castelo Branco (6,3 euros/m2), Viseu (6,4 euros/m2), Vila Real (6,5 euros/m2), Santarém (7,1 euros/m2) e Beja (8,1 euros/m2).
Preço das casa para arrendar subiu em todas as regiões - menos no Alentejo
Durante o mês de julho, os preços das casas para arrendar aumentaram em todas regiões portuguesas com a exceção do Alentejo onde os preços estabilizaram (0,4%). A liderar as subidas encontra-se a Região Autónoma da Madeira (5,7%), seguida pelo Algarve (4,3%), Área Metropolitana de Lisboa (3,5%), Norte (3,5%) e Centro (3,3%).
A Área Metropolitana de Lisboa, com 17,9 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa em Portugal, seguida pela Região Autónoma da Madeira (13,8 euros/m2), Algarve (13,4 euros/m2) e Norte (12,6 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (8,5 euros/m2), o Alentejo (9,4 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar uma habitação.
Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.