João Sacadura está há mais de três anos à espera das pessoas que vê agora à sua frente. “Convidaram-me para ser o coordenador [do acolhimento] porque sou catequista aqui na paróquia”, explica o jovem de 25 anos que está a completar o estágio de psicologia num projeto social da junta de freguesia de São Julião da Barra, em Oeiras, onde esta segunda-feira foram recebidos centenas de peregrinos – Espanha, Estados Unidos, Peru – que vão participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa.
“Esta é só a primeira vaga, estão a chegar a conta gotas. A segunda vaga já vai ser mais a sério. Vamos ter de acolher cerca de 2 mil peregrinos, mas é só na sexta-feira”, explica João, com a calma possível de quem está há meses em “reuniões” para que nada corra mal – mas também com a prontidão necessária para continuar a “apagar fogos” e a “afinar a máquina” até ao fim da JMJ.
“Na semana passada conseguimos dormir umas 3h, 4h por noite, mas decidimos parar com a brincadeira esta semana porque já estávamos a ficar todos zombies”, diz o cérebro da operação em São Julião da Barra.