28.12.17

Emprego digno será prioridade de Costa em 2018

in Jornal de Notícias

Na mensagem de Natal deste ano, António Costa lembrou as vítimas dos incêndios, enalteceu a resiliência nacional e colocou o emprego digno nas prioridades de 2018.

Lembrou as vítimas. O luto. A dor. E a coragem. E a solidariedade. Lembrou 17 de junho, não esquecendo 15 de outubro. Falou da resiliência nacional. Introduzindo o tema do renascer da austeridade. Desfiando sucessos e estatística. Colocando o emprego, digno, no topo das prioridades do próximo ano. Eis a mensagem de Natal de António Costa aos portugueses. Não esquecendo a diáspora.

Se Marcelo Rebelo de Sousa passou o dia de Natal com as vítimas de Pedrógão Grande, o primeiro-ministro não se esqueceu de enumerar as sucessivas "visitas de trabalho que tem feito com frequência" e que lhe permitiram testemunhar o combate às negações: "Não desistir, não abandonar". E reconstruir. E prevenir. E evitar. Com um gravata a condizer com a típica árvore de Natal verde e vermelha, dirigiu a sua primeira parte da tradicional mensagem natalícia, esta segunda-feira à noite, às vítimas.

"Não esqueceremos nunca a dor e o sofrimento das pessoas, nem o nível de destruição desta catástrofe. "Nem esquecerá a "enorme onda de solidariedade", que se traduz em casas recuperadas, empresas a laborar, vidas a mexer, a seguir. Um tempo de "nova vida". Como a de todos os portugueses, afiança. Graças à "capacidade de superar e vencer a adversidade, conseguindo virar a página da crise".

E recua dois anos: "Muitos escutaram com ceticismo o meu triplo comprometimento de alcançarmos mais crescimento, mais emprego e maior igualdade". Os dois primeiros quantificou: "este ano, vamos ter o maior crescimento económico desde o início do século" e "as empresas já criaram 242 mil novos postos de trabalho". O terceiro não: "A pobreza e a desigualdade diminuíram". Para findar com o "défice mais baixo da nossa democracia".
E o alívio da dívida pública, que permitiu "libertar recursos para investir na melhoria do sistema de ensino [a sua prioridade da mensagem de 2016, centrada na educação e no conhecimento], do Serviço Nacional de Saúde". Na modernização de um país que se "libertou da austeridade e conquistou a credibilidade".

Pelo que chegou o tempo, acredita António Costa, "de vencer os bloqueios ao nosso desenvolvimento". O emprego, repete e volta a repetir, "está no centro da nossa capacidade de conquistar o futuro; não apenas mais, mas sobretudo melhor emprego". 2018 será, terá de ser, sinónimo de "emprego digno, salário justo e oportunidade de realização profissional". Sem nunca esquecer, porque um não vive sem o outro, o crescimento.