Célia Marques Azevedo, Correspondente em Bruxelas, in Jornal de Notícias
Em Setembro, União Europeia tinha 16,7 milhões de desempregados, menos 2,1 milhões do que há um ano
Portugal continua a divergir da União Europeia (UE) no que concerne os números do desemprego. A percentagem de desempregados no mês de Setembro subiu para 8,3%, face aos 7,6% no mesmo mês do ano passado, a segunda maior subida relativa da União, sendo já a quarta taxa mais alta entre os 27 estados-membros. Os números foram avançados ontem pelo Eurostat, o organismo de estatística da UE.
A Irlanda foi o país a registar a maior subida face a Setembro de 2006. Contudo, Dublin tem uma taxa de desemprego inferior a 5% - passou de 4,1% para 4,8%. A UE a 27 países viu o número de desempregados diminuir de 18,8 milhões para 16,7 milhões de pessoas, fixando-se em 7% em Setembro. A Zona Euro seguiu a tendência e passou de 12,2 milhões de pessoas em Setembro de 2006 para 11,2 milhões um ano depois, ficando em 7,3%.
Ao registar uma taxa de desemprego de 8,3%, Portugal coloca-se em quarto lugar entre os priores. Só a Eslováquia, a Polónia e a França têm taxas de desemprego superiores à portuguesa. Portugal conseguiu mesmo ultrapassar a vizinha Espanha cuja percentagem de pessoas sem emprego se fixou em 8% em Setembro, menos duas décimas do que no período homólogo.
O Eurostat anunciou também que a poupança doméstica da UE, no segundo trimestre, quase não sofreu alteração face aos primeiros três meses do ano - desceu uma décima para 11,1%. Na Zona Euro, a variação foi a mesma, mas em sentido contrário. A taxa subiu de 14,2% para 14,3%, do primeiro para o segundo trimestre do ano.