9.11.09

«Agora é o tempo de agir» contra a pobreza

Lucília Oliveira, in Fátima Missionária

Henrique Pinto desafia grupo do centro dos Jovens Missionários da Consolata a fazerem algo concreto no combate à pobreza


«Neste combate à pobreza, o direito é uma alternativa à ausência do amor», defendeu o vogal da direcção da CAIS - Associação de solidariedade social sem fins lucrativos, que se dedica a projectos no combate à pobreza. O convidado do grupo do centro dos Jovens Missionários da Consolata, para falar de pobreza, considera que o único ponto em comum de todos é a fragilidade. Os direitos nascem «porque verificamos que o outro é frágil» e procura-se «tratar a fragilidade do outro», frisou. Uma necessidade de ser acolhido e amado, que ultrapassa a fome de alimentos de alguém que é pobre.

Com 15 anos de existência, a CAIS apoia sem-abrigo. Há diversas formações e muitos são os que vendem a revista com o mesmo nome, a face mais visível na sociedade desta associação. Por cada exemplar vendido, o voluntário da CAIS recebe 70 por cento do valor da capa, enquanto que o restante reverte para a instituição. São 80 os vendedores da revista.

Com um centro em Lisboa e outro no Porto, a CAIS trabalha diariamente com 400 pessoas. O objectivo é «garantir segurança às pessoas» de modo a torná-las independentes financeiramente e «autónomas na relação com os outros».

Para além dos números sobre a pobreza que teimam em não descer, importa agir, disse Henrique Pinto aos jovens. Porque, em Portugal, «não há políticas que garantam acesso a bens e serviços» por parte de todos, lembrou. A CAIS encontra-se a «tentar criar» um fundo social universitário para poder apoiar os jovens estudantes que «não têm dinheiro para se alimentar». Aos JMC, este responsável quis transmitir a ideia que «terão sempre mil e um motivos para apoiar» na luta contra a pobreza. A participação na marcha contra a pobreza, em Lisboa, a 17 de Dezembro é um exemplo do que pode ser feito.