Cátia Mateus, in Expresso
Os últimos três meses do ano ficam marcados por um aumento de 12,1% na população empregada, face ao trimestre anterior, mas a taxa de desemprego, mesmo assim, subiu para 6,5%
A taxa de desemprego em Portugal aumentou 0,7 pontos percentuais para 6,5% no quatro trimestre de 2022, face aos 5,8% do terceiro trimestre. Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que este indicador ficou em 6% no cálculo global do ano, um recuo de 0,6 pontos percentuais face a 2021. É preciso recuar até 2011 para encontrar uma taxa de desemprego anual mais baixa.
Os indicadores dos últimos meses já faziam antever o que esta quarta-feira se confirmou: um aumento da taxa nacional de desemprego no quarto trimestre de 2022. As estimativas do INE apontam para um total de 342,7 mil desempregados no país, entre outubro e dezembro, número que traduz um aumento de 12,1% (36,9 mil pessoas) quando comparado com o trimestre anterior e 3,7% (12,1 mil) tendo em consideração o período homólogo.
No mesmo período, a população empregada diminuiu 0,5% em cadeia, ou seja, face ao terceiro trimestre do ano passado, para 4,9 milhões de pessoas. Apesar disso, na comparação homóloga verifica-se um aumento na mesma ordem (0,5%), com a população empregada a aumentar 23,9 mil pessoas.
A análise trimestral dos indicadores mostra ainda que a população inativa com 16 ou mais anos recuou 0,1%, para 3,6 milhões pessoas e registou uma diminuição ainda mais pronunciada (1,1%) na comparação homóloga, com menos 40,2 mil inativos contabilizados pelo INE.
Já o indicador da subutilização do trabalho - que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inativos disponíveis mas que não procuram ativamente emprego - aumentou 5,0% (30,0 mil pessoas) face ao trimestre anterior e 0,5% (3,0 mil) na comparação homóloga.
DESEMPREGO JOVEM DIMINUIU EM 2022, MAS O DE LONGA DURAÇÃO AUMENTA
Na contabilização anual dos dados o balanço é mais positivo, desde logo porque o desemprego entre os jovens com menos de 24 anos recuou 4,4 pontos percentuais para 19,0% face a 2021. No último ano, a média anual da população empregada foi de 4,9 milhões de pessoas, mais 96,4 mil (2,0%) face ao ano anterior. Em sentido inverso, a população desempregada, estimada em 313,9 mil pessoas, diminuiu 7,3% contabilizando-se na média do ano menos 24,9 mil desempregados do que em 2021.
Com estes números, a taxa de desemprego ficou nos 6%, em 2022, traduzindo uma redução de 0,6 pontos percentuais face ao ano anterior. Trata-se da taxa de desemprego anual mais baixa registada no país desde 2011. Por sua vez, a taxa de subutilização do trabalho foi de 11,4%, sinalizando também uma redução de 1,1 pontos percentuais na comparação homóloga.
Há, porém, um sinal de alerta nestes indicadores: o desemprego de longa duração. Segundo os indicadores divulgados esta quarta-feira pelo INE, a proporção população desempregada há 12 ou mais meses (longa duração) foi de 45,2% em 2022, agravando-se em 1,8 pontos percentuais face ao ano anterior. Mais, 63,7 dos desempregados de longa duração estavam nessa situação há 24 ou mais meses.
Os indicadores dos últimos meses já faziam antever o que esta quarta-feira se confirmou: um aumento da taxa nacional de desemprego no quarto trimestre de 2022. As estimativas do INE apontam para um total de 342,7 mil desempregados no país, entre outubro e dezembro, número que traduz um aumento de 12,1% (36,9 mil pessoas) quando comparado com o trimestre anterior e 3,7% (12,1 mil) tendo em consideração o período homólogo.
No mesmo período, a população empregada diminuiu 0,5% em cadeia, ou seja, face ao terceiro trimestre do ano passado, para 4,9 milhões de pessoas. Apesar disso, na comparação homóloga verifica-se um aumento na mesma ordem (0,5%), com a população empregada a aumentar 23,9 mil pessoas.
A análise trimestral dos indicadores mostra ainda que a população inativa com 16 ou mais anos recuou 0,1%, para 3,6 milhões pessoas e registou uma diminuição ainda mais pronunciada (1,1%) na comparação homóloga, com menos 40,2 mil inativos contabilizados pelo INE.
Já o indicador da subutilização do trabalho - que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inativos disponíveis mas que não procuram ativamente emprego - aumentou 5,0% (30,0 mil pessoas) face ao trimestre anterior e 0,5% (3,0 mil) na comparação homóloga.
DESEMPREGO JOVEM DIMINUIU EM 2022, MAS O DE LONGA DURAÇÃO AUMENTA
Na contabilização anual dos dados o balanço é mais positivo, desde logo porque o desemprego entre os jovens com menos de 24 anos recuou 4,4 pontos percentuais para 19,0% face a 2021. No último ano, a média anual da população empregada foi de 4,9 milhões de pessoas, mais 96,4 mil (2,0%) face ao ano anterior. Em sentido inverso, a população desempregada, estimada em 313,9 mil pessoas, diminuiu 7,3% contabilizando-se na média do ano menos 24,9 mil desempregados do que em 2021.
Com estes números, a taxa de desemprego ficou nos 6%, em 2022, traduzindo uma redução de 0,6 pontos percentuais face ao ano anterior. Trata-se da taxa de desemprego anual mais baixa registada no país desde 2011. Por sua vez, a taxa de subutilização do trabalho foi de 11,4%, sinalizando também uma redução de 1,1 pontos percentuais na comparação homóloga.
Há, porém, um sinal de alerta nestes indicadores: o desemprego de longa duração. Segundo os indicadores divulgados esta quarta-feira pelo INE, a proporção população desempregada há 12 ou mais meses (longa duração) foi de 45,2% em 2022, agravando-se em 1,8 pontos percentuais face ao ano anterior. Mais, 63,7 dos desempregados de longa duração estavam nessa situação há 24 ou mais meses.