6.10.15

UGT propõe aumento do salário mínimo para 535 euros a partir de Janeiro

in RR

Secretário-geral apela ao entendimento entre os partidos para que sejam mantidas a governabilidade e a paz social.

A UGT propõe a fixação do salário mínimo nacional nos 535 euros a partir de 1 de Janeiro de 2016 e um aumento salarial médio entre 2,5% e 3,5% para todos os trabalhadores dos sectores público e privado.

Esta decisão resulta da reunião do secretariado nacional da UGT, que se reuniu esta terça-feira em Lisboa, na qual foi aprovado o caderno reivindicativo da estrutura liderada por Carlos Silva.

Além destas medidas, a central sindical propõe também "o fim de cortes nos salários, subsídios e outras componentes remuneratórias na administração pública e sector público empresarial, com reposição dos valores de 2010".

O secretariado nacional propõe ainda um aumento das pensões mínimas de 5,0% (pensão social, da pensão agrícola e da pensão mínima do regime geral).

A UGT defende, assim, um aumento de 3,5% para as pensões inferiores a um Indexante de Apoio Social (IAS, actualmente nos 419,22 euros), um aumento entre 2,5% e 3,%5 para as pensões de valor superior a um IAS, o fim da contribuição extraordinária de solidariedade (CES) sobre as pensões e uma actualização das prestações e complementos sociais em linha com o aumento proposto para as pensões mínimas, de acordo com o documento aprovado e distribuído aos jornalistas.

A central sindical reivindica ainda uma actualização do IAS para os 440 euros a partir de 1 de Janeiro de 2015, ou seja, um aumento de 5,0%.

Apelo ao compromisso

"Foi um sinal de consolidação democrática a forma como decorreram as eleições no passado domingo. Não há uma maioria absoluta, mas há aqui um forte sentido de responsabilidade acrescida dos partidos em quem os portugueses mais votaram", afirmou Carlos Silva, em conferência de imprensa, em Lisboa.

O líder da UGT apelou, assim, "ao compromisso" entre o PSD/CDS e o PS para que o Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) possa ser viabilizado, uma vez que a coligação não alcançou uma maioria absoluta no domingo.

"Todos os partidos eleitos para a Assembleia da República têm responsabilidades, mas acima de tudo se queremos um país estável, com capacidade de governação e de governabilidade, mantendo a paz social e a estabilidade necessária para que possamos continuar a enfrentar as dificuldades impostas pela negociação do nosso programa de ajustamento, que ainda não terminou, entendemos que é fundamental que os partidos se entendam", considerou o dirigente.