20.6.16

Alguns refugiados recolocados em Portugal preferiram abandonar o país

in TSF

Estes casos são poucos e afetam sobretudo pessoas vindas da Eritreia atraídas por promessas enganadoras de melhores condições em França.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF) confirma que tem registado "alguns casos, não significativos", de refugiados recolocados em Portugal, ao abrigo dos acordos europeus, que optaram por não continuar nos projetos de integração.

Apesar de o SEF preferir não adiantar números, a TSF confirmou a existência de pelo menos três casos em Oeiras e cerca de uma dezena entre os 40 refugiados acolhidos pela Câmara de Lisboa.

Recorde-se que nos últimos meses chegaram ao país 387 requerentes de asilo que estavam em campos de refugiados na Grécia e em Itália ao abrigo dos acordos de recolocação noutros países europeus. E até ao final de junho devem chegar mais 76 pessoas.

Na resposta enviada à TSF, o SEF recorda que "os requerentes de proteção internacional não estão retidos", mas apenas podem permanecer legalmente em Portugal.

As pessoas que abandonaram os programas de acolhimento acabaram noutros locais em território nacional ou foram para outros países europeus onde já foram localizados pelas autoridades.

Quem sai deve ser enviado de volta

A presidente do Conselho Português para os Refugiados, Teresa Tito de Morais, sublinha que as recolocações estão a correr "bastante bem", mas recorda que quando são encontrados noutro país da Europa os refugiados devem ser enviados de volta para Portugal.




























































































A presidente do Conselho Português para os Refugiados explica que os refugiados enviados para Portugal não podem andar pela União Europeia

Um dos projetos de acolhimento de onde desapareceram alguns refugiados foi no desenvolvido pela Fundação Inatel.

Dos 14 que chegaram nos últimos dois meses, três, vindos da Eritreia, preferiram ir para França.
O presidente da INATEL, Francisco Madelino, fala numa rede que alicia, de forma enganosa, estes refugiados para melhores condições de vida do que aquelas que têm em Portugal.

























































O responsável da INATEL recorda que os refugiados têm dificuldade em perceber as leis europeias e alguns são facilmente aliciados para esquemas à margem das regras

O responsável da INATEL recorda que os refugiados têm dificuldade em perceber as leis europeias e alguns são facilmente aliciados para esquemas à margem das regras.