6.6.16

Costa quer aumentar parcerias com Misericórdias

in Expresso

“Conhecemos a importância estratégica do sector social, queremos aprofundar o papel das Misericórdias e o trabalho em conjunto com transparência”, disse o primeiro-ministro ao falar na abertura do 12.º congresso das Misericórdias

O primeiro-ministro lançou esta quinta-feira um "desafio para um programa de parcerias com as Misericórdias na área sociais, criando equipas para dar melhor justiça social, acesso a serviços", no quadro de igualdade de oportunidade e respeito pelos direitos, ao falar na abertura do 12.º congresso das Misericórdias, que hoje se iniciou no Fundão.

"Conhecemos a importância estratégica do sector social, queremos aprofundar o papel das Misericórdias e o trabalho em conjunto com transparência,", disse António Costa, que reafirmou o compromisso do Estado com o movimento das Misericórdias, como sempre fizeram os governos socialistas.

"Queremos mais crescimento, melhor emprego, melhor igualdade, para isso é preciso ultrapassar os défices de crescimento e imperioso acelerar as condições para criar emprego, assegurar efectivo combate à pobreza e exclusão", disse ainda o PM, que sublinhou que uma "nova vida das políticas sociais está no centro da agenda do governo desde primeiro dia".

Segundo António Costa, outro grande desafio de Portugal é o envelhecimento da população e o aumento do número de dependentes, que o Programa nacional de Reformas também prevê, nomeadamente com a expansão da rede de cuidados de saúde com valências que respondam a cuidados integrados, cuidados continuados, ao domicilio ou ambulatório para idosos e dependentes.

Neste contexto de solidariedade, o PM referiu também que Portugal já é hoje o segundo pais que mais refugiados recebe na Europa. E a presença territorial das Misericórdias estabelece as bases de uma maior coesão no interior, afirmou.

Na sessão de abertura falou ainda Silva Peneda, presidente da assembleia Geral das Misericórdias (sucedeu a Maria de Belém Roseira), que sublinhou a importância da economia social. "Ela abrange 10 mil instituições, que empregam 250 mil trabalhadores, o que representa 6% do PIB e 5% da população ativa e pode trazer respostas valiosas para o emprego, inclusão e luta contra a pobreza, aprendizagem ao longo da vida e acesso a serviços de qualidade".

Quanto ao presidente das Misericórdias, Manuel de Lemos, referiu que a presença do primeiro-ministro " é sinal político claro do apoio às Misericórdias.".

" Nem sequer acho bom que o setor social queira substituir -se ao Estado. O nosso papel é cooperar com o Estado e neste plano ponderar, quando o Estado solicitar, se é possível e até onde responder a essa solicitação. Compromissos implicam expectativas, implicam investimentos, conte connosco como parceiros ativos, sérios e leais", afirmou.