30.12.08

Sarkozy promete não ficar quieto depois da sua presidência da UE

I.A.C., Bruxelas, in Jornal Público

Nicolas Sarkozy, Presidente francês, foi obrigado a reduzir as expectativas sobre a possibilidade de prolongar por mais uns meses a acção da sua presidência da União Europeia (UE), quase terminada. Mas já deixou claro que não vai cruzar os braços depois de passar a pasta à República Checa.

"Ninguém pode considerar que seria positivo para a Europa que a França pratique a política da cadeira vazia, porque exerceu durante seis meses a presidência [da UE]", afirmou recentemente o ultradinâmico Presidente francês. Sarkozy assegurou uma presidência europeia particularmente preenchida, em termos de conteúdo e de ritmo de trabalho. "Pelo contrário, assumirei iniciativas", prometeu. A oposição da Alemanha obrigou Sarkozy a pôr oficialmente de parte a ideia de institucionalizar as cimeiras dos chefes de Estado ou de governo dos 17 países da zona euro, enquanto embrião de um "governo económico europeu". E a abdicar da perspectiva de assegurar a presidência desta instância, pelo facto de a República Checa e a Suécia, os dois países que presidirão à UE em 2009, não serem membros do euro. Mas, apesar da oposição, dificilmente Sarkozy abandonará uma ideia que alimenta há muito. Sobretudo se o Governo checo não estiver à altura das suas expectativas em termos de coordenação da resposta à crise económica. E mesmo sabendo que entrará em rota de colisão com o seu sucessor.