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Mobilizar os activos financeiros não reclamados nos bancos para o combate à pobreza. Esta foi uma das sugestões apresentadas no simpósio "Reinventar a Solidariedade", em Lisboa.
João Menezes, comissário deste simpósio organizado pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), explica que o projecto já existe em Inglaterra e deu origem à criação de um banco social.
“Em Inglaterra existem 19 mil milhões de euros em activos não reclamados e de carácter financeiro, isto é, contas bancárias não movimentadas há mais de 20 anos, juros de obrigações, dividendos de acções, prémios de seguros e certificados de aforro não reclamados e que, no fundo, pertencem à sociedade, não pertencem aos balancetes dos bancos, das seguradoras, das instituições em que estão perdidos”, defende.
Transpondo esta medida para a realidade nacional, João Menezes diz que bastava que Portugal tivesse mil milhões de euros para se fazer uma “revolução ao nível da coesão social”.
A ideia foi apresentada de forma informal ao Governo. O Executivo gostou da sugestão, mas ainda não a colocou em prática.
RV/Vera Pinto