Eduardo Coelho, in Matosinhos Hoje
Câmara aposta no combate à exclusão social
O Conselho Local de Acção Social realizou, na passada semana, um plenário extraordinário que teve como principal objectivo a apresentação do Contrato Local de Desenvolvimento Social de Matosinhos. A iniciativa teve lugar nos Paços do Concelho.
Segundo a nota de imprensa da câmara municipal, estamos perante um instrumento combate à pobreza e exclusão social, no quadro do Plano Nacional de Acção para a Inclusão.
“Este contrato traduz-se em projectos territoriais que devem responder às necessidades desses mesmos territórios, identificados por serem zonas críticas de áreas metropolitanas; zonas desqualificadas, envelhecidas ou atingidas por calamidades”, acrescenta.
Outro dos aspectos salientados pela autarquia é o facto da implementação deste contrato só ser possível com o envolvimento de um conjunto alargado de entidades, uma das quais a coordenadora local. Em Matosinhos, este papel será desempenhado pela Adeima.
Ainda segundo a nota de imprensa, a Câmara assinou um protocolo com o Instituto de Segurança Social para a implementação deste projecto e apetrechar elementos das entidades parceiras. Os territórios prioritários de intervenção estão nas freguesias de Santa Cruz do Bispo e Guifões.
O contrato tem a duração de 3 anos e o financiamento global será de 675 mil euros, para implementação e realização de acções e equipamentos, no 1º ano, para o desenvolvimento de acções no segundo ano e a sua conclusão no terceiro e último período.
O início dos trabalhos do plenário Conselho Local de Acção Social contou com a presença de Guilherme Pinto. O presidente da Câmara Municipal de Matosinhos aproveitou a ocasião para agradecer a presença das várias instituições na recente feira do associativismo.
“É importante que os cidadãos possam ter consciência da oferta que existe e devem igualmente reconhecer o esforço dos vários dirigentes. A feira foi um êxito apesar da chuva”, acrescentou.
O autarca reconheceu ainda que, nos nossos dias, torna-se necessário investir em novas respostas, razão pela qual várias instituições do concelho apresentaram candidaturas aos programas PARES e POPH.
Guilherme Pinto lamentou ainda que haja muitas instituições que quase não tem dinheiro para cumprir a parte que lhes diz respeito na construção de lares para deficientes e para a terceira idade. “Por isso a câmara irá cobrir a totalidade das despesas que as instituições o não consigam”.
O presidente da Câmara de Matosinhos lembrou ainda que no concelho residem mais de 24 mil idosos. Para o autarca, nenhum deles quer ser institucionalizado, razão pela qual a autarquia deve intervir no bem-estar dos cidadãos.