in Jornal Público
O presidente do IAPMEI afirmou ontem que, em "alguns dias", deverá "rearrancar uma extensão" da medida de apoio às pequenas e médias empresas PME Investe V, com "um valor semelhante" aos 750 milhões de euros desta linha.
"Naturalmente que será necessária luz verde da parte do Ministério da Economia, mas não tenho razões nenhumas para duvidar que iremos rearrancar com a extensão da PME Investe V daqui a alguns dias", afirmou o presidente do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) no Porto.
Comentando as dúvidas levantadas pelo CDS-PP, que exigiu ao Governo que esclarecesse se foi ou não suspenso o quinto programa de apoio ao crédito às pequenas e médias empresas (PME), Luís Filipe Costa explicou que o que aconteceu foi que os 750 milhões de euros previstos na PME Investe V - lançada no início de Abril - "foram atingidos no final da semana passada".
"Neste momento estamos a fazer um pequeno balanço desta linha, vamos provavelmente fazer-lhe algumas alterações, sem alterar a filosofia base que é a partilha de risco entre o sistema financeiro e o sistema público através da garantia mútua", sustentou. Segundo adiantou, "ainda não está definido o novo valor" a disponibilizar, mas o montante deverá ser "semelhante".
Relativamente às alterações em estudo na linha, o presidente do IAPMEI adiantou que serão "provavelmente a nível da taxa de juro, no sentido de reduzir um pouco o esforço do Estado na bonificação". Contudo, salientou, as alterações serão feitas "sem alterar o que é essencial, que é garantir o acesso das PME ao crédito através da partilha de risco entre os bancos e o sistema de garantia mútua".
Conforme recordou Luís Filipe Costa, as cinco edições das linhas PME Investe lançadas desde junho de 2008 "têm tido uma importância enorme na facilitação do acesso ao crédito por parte das PME". Desde então foram concedidos 5,7 mil milhões de euros de créditos às PME, num total superior a 65 mil operações abrangendo cerca de 50 mil empresas, responsáveis por mais de 570 mil postos de trabalho. Lusa