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AMI apoiou 1.455 sem-abrigo em 2015, dos quais 502 novos casos

In "Açoriano Oriental"

Os sem-abrigo apoiados são maioritariamente homens AMI apoiou 1.455 sem-abrigo em 2015, dos quais 502 novos casos Assistência Médica Internacional ajudou 28.069 pessoas no ano passado, sendo que 502 foram novos casos de sem-abrigo LUSA Açoriano Oriental AAssistência Médica Internacional (AMI) atendeu no ano passado 502 novos casos de sem-abrigo, menos 13 face a 2014, 27% dos quais eram mulheres, segundo dados da organização.

Os dados do Relatório de Atividades e Contas 2015 daAMI referem que, no ano passado, frequentaram os equipamentos sociais 1.455 pessoas sem-abrigo, menos 4% do que no ano anterior, representando 11% da população total atendida.
Estas pessoas enquadram-se na tipologia de sem-abrigo definida pela Federação Europeia das Organizações que Trabalham coma População Sem-Abrigo, que contempla situações de pessoas que estão em centros de acolhimento de emergência ou -temporário, que vivem em quartos alugados, em barracas ou em casas sobrelotadas.

A AMI observa que 27% dos novos casos atendidos no ano passado eram mulheres, verificando-se que o atendimento de mulheres mais do que duplicou ( mais 121%) desde 1999, ano em que se começou a fazer esta contagem.
Desde esta data, já foram apoiadas 10.907 pessoas em situação de sem-abrigo.
Os sem-abrigo apoiados em 2015 são maioritariamente homens (75%), com idades entre os 40 e os 59 anos (51%) e os 30 e os 39 anos (17%).
Distribuem-se principalmente pela Grande Lisboa (52%) e pelo Grande Porto (38%), tendo-se verificado, na região de Lisboa, uma descida de 11% face a 2014 e uma subida de 6% na região do Porto.

Quase um-terço (28%) pernoita flama, em escada s, átrios, prédios, carros abandonados, contentores e estações, 14% em quartos e pensões, 17% residem temporariamente em casa de familiares ou amigos, 13% vivem em centros de emergência ou destinado avítimas de violência doméstica, 7% em habitações inadequadas, 7% em casa alugada e 14% noutros locais não especificados.
Os dados referem que 79% são portugueses, seguindo-se os naturais dos PALOP (12%), de outros Países da União Europeia (3%) e do grupo Outros Países (3%), onde se inclui o Brasil e a índia.

Em 2015, quase metade das 28.069 pessoas que a Assistência Médica Internacional ajudou tinham menos de 30 anos. Apesar da diminuição verificada face ao ano anterior, procuraram pela primeira vez os apoios sociais daAMI, em 2015, 3.775 pessoas, (28% da população total apoiada), segundo o Relatório de Atividade e Contas 2015 da organização.

Os equipamentos sociais apoiaram uma média de 3.909 pessoas por mês, com uma média mensal de 315 novos casos de pobreza.
No total, foram apoiadas 13.604 pessoas diretamente, JOSÉ SENA GOULAO / LUSA através destes equipamentos, e 14.465 indiretamente, através da distribuição alimentar a 36 instituições do Grande Porto, no âmbito do Fundo Europeu de Apoio a Carenciados.
A AMI sublinha que a redução no número de apoios "não traduz uma melhoria efetiva das condições de vida da população portuguesa"; nem torna "menos prioritário e necessário o investimento no trabalho social desenvolvido" nas comunidades pela organização.
Como razões para esta diminuição, aponta a criação de outras respostas sociais, como cantinas sociais e campanhas de combate ao desperdício alimentar, "cuja intervenção possui um cariz mais assistencialista e permite dar uma respostamais imediata ao nível das necessidades mais básicas".

Poderá também dever-se a uma "maior articulação entre as instituições, o que se traduz num trabalho mais integrado e uma menor duplicação de apoios", refere a organização, que, desde 1994, já apoiou diretamente 68.092 pessoas em situação de pobreza.
Traçando o perfil da população apoiada, a instituição refere que "sofreu algumas alterações", mas continua a ser maioritariamente uma população em idade ativa., que se depara com o problema do desemprego.
Os que pedem ajuda são cada vez mais novos: Se em 2008, apenas 30% da população apoiada tinha menos de 30 anos, em 2015, essa percentagem aumentou para os 48%