Marta Caldeira, in Correio do Minho
Bernardino Silva, presidente da Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz de Braga acaba de publicar o livro ‘Lugares e Instantes’. Mais do que texto, o autor deu voz às imagens que foi captando pelos países subdesenvolvidos.
Rostos de olhares penetrantes e vários lugares desse mundo, tantas vezes perdido e distante. Rostos e lugares da Índia, Brasil, São Tomé e Príncipe, Paquistão, Quénia e Angola. É por este roteiro por países, ainda por desenvolver, que Bernardino Silva, presidente da Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz de Braga, convida o leitor a percorrer através da sua objectiva.
‘Lugares e Instantes’ é, pois, o título do livro que Bernardino Silva, ora, edita com mais retratos do que texto, mostrando através do seu próprio olhar os vários locais por onde foi parando ao longo dos últimos quatro anos.
“Este livro nasceu de um contexto particular e que tomou o rumo de um sonho concretizado em projecto”, assim introduziu o autor a apresentação da sua obra, prefaciada por António Guterres, ex-Primeiro Ministro de Portugal e actualmente a com as funções de Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.
O grande objectivo deste ‘olhar’ sobre o mundo subdesenvolvido visa, antes de mais, chamar a atenção para a questão da pobreza que ainda afecta, sobremaneira, estes países. “Não faz sentido que nos dias de hoje ainda tenha-mos pessoas a morrer de fome, crianças que não têm escola onde aprender a ler e a escrever, pessoas que não têm possibilidade de viver em habitações dignas e constituir a sua família de forma igualmente digna”.
‘Apadrinhamento individual e empresarial’
Bernardino Silva, presidente da Comissão Arqui-diocesana Justiça e Paz de Braga, ao publicar este livro ‘de viagens’ pelos países subdesenvolvidos pretende chegar mais longe ainda e dar continuidade a este projecto através da captação de apoios, quer de foro individual, quer de foro empresarial com vista a ajudar as organizações e instituições que estão no terreno.
Por exemplo, as pessoas podem tornar-se ‘padrinhos’ de uma criança, doando-lhe um determinado valor, que reverte a favor da instituição onde está inserida.
Mas o responsável quer aumentar a esfera de ‘apadrinhamento’, alargando estas acções às empresas interessas em participar, nos moldes também da sua ‘res-ponsabilidade social’. “As empresas que se tornarem madrinhas destas crianças e instituições podem também acompanhar no terreno os projectos que apoiam, no sentido de se aproximarem da filosifia”.