Paula Rocha, in Jornal de Notícias
Câmara de Aveiro aprovou plano social de apoio às famílias em crise. São 14 medidas que contam com um investimento global de 750 mil euros. Congelamento das rendas sociais e apoio à procura de emprego são duas das medidas.
Ao todo, são 750 mil euros que a Câmara de Aveiro vai disponibilizar para apoiar as famílias do concelho que sejam mais afectadas pela crise. O congelamento das rendas sociais é uma das medidas que consta do plano, ontem aprovado em reunião do executivo. Mas há outras acções previstas, tais como a criação de um observatório social, de um gabinete de apoio aos emigrantes, outro de inserção profissional e apoio na compra de medicamentos.
Para as IPSS - Instituições Particulares de Solidariedade Social serão reforçados os protocolos de colaboração financeira, no valor mensal de cerca de 28 mil euros, e técnica, nomeadamente na cedência de Terrenos e na elaboração de Projectos de Arquitectura.
Destaque ainda para a criação de habitação para jovens, com idade não superior a 35 anos ou casais, e cujo rendimento bruto seja inferior a 1000 euros mensais. A autarquia pretende ainda colocar em funcionamento uma consulta de aconselhamento a famílias e pessoas em questões de endividamento e sobre endividamento, para além da já anunciada criação de um observatório social e do Programa de Estágios Qualificação Emprego, "dirigido a desempregados de longa duração com o objectivo de melhorar a empregabilidade e a reinserção no mercado de trabalho". Será elaborada candidatura para um gabinete de apoio aos desempregados: Gabinete de Inserção Profissional, de modo a abranger a parte periférica do concelho: Nª Sra. de Fátima, Nariz, Requeixo e Eirol.
Capão Filipe, vereador com o pelouro da Acção Social, fala de "mérito" do executivo na elaboração deste plano, respondendo assim às críticas dos vereadores do PS que consideram que se trata "apenas de um documento de trabalho" e que por isso se abstiveram na votação. "A maioria das medidas já estão em curso há vários anos e padecem de rigor de aplicação. Na prática, o que se irá verificar é que as famílias não irão sentir os efeitos destas medidas", afiança o socialista Marques Pereira. "Este plano não faz mais do que elencar as medidas que já estão no terreno e as novidades centram-se em candidaturas a programas do Governo. Não existem medidas inovadoras", acrescenta.
Já para Capão Filipe, este "plano social é a prova da articulação que existe entre a Câmara e a rede social do concelho, um plano de respostas complementares ".