7.5.10

Fundações discutem inclusão social

Alfredo Maia, in Jornal de Notícias

Encontro nacional debate papel das instituições na construção de "uma sociedade inclusiva"


Representantes de uma centena de fundações portuguesas discutem, hoje e amanhã, no Porto, o papel destas instituições no desenvolvimento de uma sociedade inclusiva, trocando experiências sobre projectos de intervenção junto -e com - populações excluídas.

Organizado pelo Centro Português de Fundações (CPF), que agrupa 129 instituições, e pela Fundação Eng.º António de Almeida, anfitriã da iniciativa, o 11.º Encontro Nacional de Fundações, no qual também participam universidades, autarquias, outras organizações não governamentais e consulados, é dedicado ao tema "Para Uma Sociedade Inclusiva - o Papel das Fundações".

"A escolha do tema prende-se com o facto não só de nos encontrarmos no Ano Europeu Contra a Pobreza e a Exclusão Social mas, também, pelo agravamento das situações de exclusão social provocadas pela crise que atravessamos. O que torna o tema da construção de uma sociedade inclusiva particularmente oportuno", explica Eugénia Aguiar Branco, da Administração da Fundação Eng.º António de Almeida e da Direcção do CPF.

Mas, observa, a inclusão - "um dos temas mais presentes na sociedade actual" - já faz parte da vida das fundações, grande parte das quais desenvolve projectos de intervenção, pela educação cultural, pela acção social e pela saúde, por exemplo, tendo a "preocupação da integração da diferença, qualquer que seja - pela incapacidade, pela etnia, pelas condições económicas.

Um dos objectivos do encontro é proporcionar a partilha de experiências do trabalho das fundações no terreno, e que vai de projectos tão alargados como os desenvolvidos e dinamizados pela Calouste Gulbenkian (Orquestra Geração) ou pela Fundação Aga Khan Portugal (K' Cidade) - ver "ficha" - à participação em parcerias locais, como sucede com a instituição anfitriã.

A Fundação Eng.º António de Almeida apoia projectos das escolas e da Junta de Freguesia de Ramalde, nomeadamente a formação de "parlamentos juvenis" para a formação cívica e apoia um curso de música com a participação de uma escola local que já levou à formação de uma orquestra.