Luís Filipe Santos, in Agência Ecclesia
Uma dezena de instituições de âmbito social estiveram reunidas com a Comissão Episcopal da Pastoral Social para analisar o momento actual e estudar novas formas de actuação. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Carlos Azevedo, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social sublinha que é fundamental “estar atento aos desafios do futuro para podermos prevenir as situações e não ir apenas atrás das respostas imediatas”.
Com a crise nacional e internacional, estas instituições que estão próximas das “situações de limite têm dificuldades em responder a tantas solicitações” – frisou D. Carlos Azevedo. E cita um exemplo: “as irmãs do Bom Pastor que estão na Alta de Lisboa disseram que os casos são cada vez mais dramáticos e alargados”. No panorama actual, existem “situações familiares terríveis”.
Apesar da resposta imediata aos problemas ser uma solução, D. Carlos Azevedo apela para que se proceda “uma reflexão profunda”. Neste âmbito, a Comissão Nacional Justiça e Paz terá uma reunião, dia 26 de Janeiro, onde apresentará o seu plano de actividades para o próximo triénio. “Um plano criativo que tem em conta a realidade actual”. Estudar as causas da realidade no mundo actual é um passo urgente. É fundamental responder a “uma concepção justa do que é o ser humano” – afirmou.
No final da reunião, realizada ontem (21 de Janeiro), D. Carlos Azevedo referiu que estes encontros estimulam a qualidade. E acrescenta: “As instituições sociais da igreja devem primar pela qualidade (humana e técnica). A prestação de serviços deve ser o mais competente possível e deverá ter em conta “a integridade do ser humano”.
Depois de auscultar as grandes preocupações dos agentes que trabalham nesta área, a Comissão Episcopal da Pastoral Social irá desenvolver algumas temáticas e estudar assuntos que sejam mais oportunos.
Com o aumento da quantidade e intensidade dos dramas, D. Carlos Azevedo propõe uma “sociedade coesa” para responder aos problemas. A coesão de todos é uma porta para a saída da crise. A sociedade civil “deve empenhar-se e não carregar para a Igreja ou Estado” as respostas às situações. E finaliza: “O próprio discurso de Obama (Presidente dos EUA) teve em conta esta temática: responsabilidade não meramente individual mas cooperante”.