in TSF
Os eurodeputados vão ser, esta sexta-feira, substituídos pelos representantes dos países europeus mais pobres. Num fórum anual Anti-pobreza, vão ser o centro as atenções no Parlamento Europeu.
Agostinho Moreira, presidente da delegação portuguesa da Rede Europeia Anti-pobreza considera que os mais desfavorecidos nunca são ouvidos em Portugal Agostinho Moreira fala do plano de integração da etnia cigana
Os representantes dos mais pobres, de todos os países da Europa, vão sentar-se nas cadeiras dos eurodeputados. Em tempo de crise e no fórum anual, organizado pela Comissão, pela presidência checa e pela Rede Europa anti-pobreza, vai falar-se de exclusão social, de pobreza e de medidas políticas.
Actualmente 70 milhões de europeus são pobres, um número ao qual tem sido acrescentado mais um milhão a cada ano.
Apesar deste ser o terceiro ano desta iniciativa , Agostinho Moreira, presidente da delegação portuguesa da Rede Europeia Anti-pobreza, considera que não há vontade política e muito pouco é feito em Portugal neste combate.
Agostinho Moreira diz que «entre nós quem não tem dinheiro nem poder político não é ouvido», sendo que para os detentores destes «bens» o poder político fornece «sempre respostas mais ou menos pontuais».
Agostinho Moreira dá o exemplo de um grupo de mediadores que foi criado para integrar a etnia cigana.
«Foi sol de pouca dura, porque entretanto o ministério não deu cobertura económica para que isso pudesse continuar. Era preciso pagar formação aos mediadores e pagar aos mediadores o seu trabalho».
A Rede Europeia portuguesa garante que em Portugal o número de pobres já ultrapassa os 2 milhões.