Instituto Nacional de Estatística publicou informação sobre as mudanças no padrão de despesa das famílias com o nascimento do primeiro filho.
Subida nas despesas de saúde
No mês do nascimento, há um pico nas despesas de saúde do agregado familiar, que representam "cerca de duas vezes mais do que o observado no período anterior ao início da gravidez", referiu o INE, acrescentando: "A magnitude do efeito nas despesas com saúde diminui nos seis meses seguintes ao nascimento, observando-se, em contrapartida, um aumento de 51,5% nas despesas em estabelecimentos do sector do retalho".
A partir do primeiro ano de vida, as despesas de saúde e no retalho estabilizam em torno de um aumento permanente de 26,9% e de 16,1%, respectivamente.
Nos meses que antecedem o nascimento do primeiro filho, observa-se uma tendência para o aumento das despesas com gás, electricidade, água e actividades financeiras e seguros, que se torna "expressivo" nos meses seguintes ao nascimento. Nos seis meses posteriores ao nascimento, as despesas com gás e electricidade aumentam, em média, 15,9%.
As despesas com transportes, alojamento e restauração começam a diminuir progressivamente a partir do terceiro mês de gravidez, "reduzindo-se drasticamente", segundo o INE, no mês de nascimento e no mês seguinte, quando a despesa com transportes se reduz 52,9%. Os gastos com alojamento e restauração sofrem um corte de 55,6%, comparativamente ao período pré-gravidez.
Alojamento e restaurantes
A partir do segundo mês de vida da criança, as despesas com transportes, actividades recreativas, alojamento e restauração começam progressivamente a aumentar, "nunca atingindo, contudo, os níveis observados nos meses anteriores ao início da gravidez", sendo as despesas com alojamento e restauração nos 12 meses seguintes ao nascimento a única excepção.
"Momentaneamente, aumentam 4,2% em relação ao período anterior ao início da gravidez, provavelmente em resultado de despesas relacionadas com a celebração do primeiro ano de vida do filho", constatou o instituto.