Taxas fecham Maio nos valores mais altos desde 2008. Subida em cadeia abrandou, mas impacto nos créditos continua a ser elevado.
Há uma boa notícia na evolução das taxas Euribor em Maio: o ritmo de subida abrandou ligeiramente face aos meses anteriores. Mas continua a manter-se a má notícia, a do agravamento significativo das prestações do crédito à habitação, especialmente nos contratos associados aos prazos a seis e 12 meses, porque são os que estão em níveis mais elevados e são revistos em intervalos de tempo maiores.
A situação é particularmente mais grave na Euribor a 12 meses, a mais utilizada (41%) nos empréstimos contratados entre 2015 e 2021, período em que os três prazos usados no crédito à habitação estiveram em valores negativos.
A média mensal das Euribor de Maio serve de referência para as revisões de créditos que venham a ocorrer em Junho, bem como para os novos empréstimos a contratar durante o próximo mês.
Apenas a uma sessão do fecho do mês, a Euribor a 12 meses foi a que menos subiu. A média desta taxa avançou para 3,859% até 30 de Maio, mais 0,102 pontos percentuais do que em Abril, em linha com a variação em cadeia que se tinha verificado também nesse mês (mais 0,110 pontos face a Março). Apesar de ter sido a que menos subiu no mês, numa comparação com a evolução da Euribor a três e seis meses, é esta taxa que mais vai agravar os créditos a rever brevemente, uma vez que apresenta uma diferença de 3,572 pontos percentuais face ao valor de há um ano.
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