As mulheres são sempre as maiores vítimas

in Notícias de Viseu

Na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu, realizou-se um seminário sobre ‘As questões de género no Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos’. A acção foi promovida pelo movimento de ‘DFMSViseu’ de que é presidente Fátima Ferreira.

Esta responsável adiantou, na abertura dos trabalhos, que os presentes (a plateia era composta quase essencialmente por mulheres), partilhando perspectivas e conhecimentos contribuirão para aprofundar temáticas que se prendem com as ‘questões de género’, promovendo o diálogo.

A iniciativa, partilhada com a Juventude Socialista, Federação e Departamento Nacional, deixou motivos para se poder avançar com outras acções voltadas para a ‘Igualdade de Oportunidades para Todos’.

Fátima Ferreira, adiantou que a ‘construção de uma sociedade justa e coesa’ passa pelo compromisso de estar intencionalmente na tomada de consciência de que ‘a liberdade é tão só e tão mais sentida pelo ser humano quanto mais ele é solidário e participativo. A ausência desta responsabilização e comprometimento emerge do confronto com a descriminação, exclusão, pobreza, violência e com todos os fenómenos que ferem os direitos mais básicos do ser humano’, criando uma sociedade ‘baseada na dignidade e na afirmação humana. Uma sociedade que valorize as potencialidades na diversidade’, sem se deixar ‘contaminar por fobias e fantasmas’ ou ‘fundamentalismos que produzam novas formas de violência e de exclusão’.

Patrícia Monteiro, presidente da Federação da JS, salientou que identificadas algumas das situações, ‘importa também identificar, com realismo, os problemas que ainda subsistem’, atacando as desigualdades, nos mais diversos domínios, destacando, para o efeito, ‘a violência doméstica, uma realidade nua e crua que denuncia grave violação dos direitos humanos’. Esta matéria exige ‘o nosso envolvimento, enquanto agentes de mudança’, reforçou.

O Presidente da Federação Distrital de Viseu, José Junqueiro falou nas percentagens de mulheres e homens nos lugares políticos de modo a que possa haver ‘uma melhor e mais qualificada participação das mulheres na vida pública.

Manuela Augusto, presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, ao abordar o tema em discussão, salientou, de acordo com directrizes da EU, seis áreas de intervenção prioritária em prol da igualdade entre mulheres e homens: independência económica, conciliação entre a vida familiar e profissional, representação equitativa na tomada de decisões, erradicação de todas as formas de violência em razão do sexo, eliminação dos estereótipos de género e promoção da igualdade entre mulheres e homens nas políticas externa e de desenvolvimento.

A responsável defende também a cultura de prevenção, intervenção na fase mais precoce e primária, não permitindo a banalização da violência. A educação dos rapazes e raparigas no respeito mútuo deverá ser outra política a seguir.

Elza Pais, presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, desenvolveu o tema ‘A violência não faz o meu Género’.