in Jornal de Notícias
O fundador da Sonae, Belmiro de Azevedo, defendeu hoje, terça-feira, que "em qualquer escola os meninos que se portam mal têm que levar um castigo", justificando assim "a intromissão violenta que está a acontecer na Grécia".
"É muito difícil manter o euro sem criar regras, provavelmente reduzindo a soberania financeira dos países que são incumpridores", afirmou hoje Belmiro de Azevedo, à margem da conferência "As economias portuguesa e espanhola - que futuro?", com o ex-ministro da Economia espanhol, Pedro Solbes, que se realizou na EGP - University of Porto Business School.
"Em qualquer escola os meninos que se portam mal têm que levar um castigo", disse o empresário, acrescentando que "depois pode haver uma intromissão violenta, que é o que está a acontecer na Grécia".
Segundo Belmiro de Azevedo, "absorver o choque grego é difícil", considerando que importa "haver mecanismos para que toda a gente se porte bem".
O empresário reforçou que "a dívida portuguesa dobrou em três anos", considerando que "não há o milagre das rosas" e que, por isso, "a única maneira de diminuir a dívida é não pagar".
Depois do debate sobre o papel da moeda única no contexto de crise, o presidente do Conselho Geral da EGP - University of Porto Business School defendeu que "o euro é uma moeda forte e estável".
"Perdemos a máquina de fazer moeda, mas temos uma coisa melhor: uma moeda forte e estável, mas muita gente pensa que em quantidades sem limites", acrescentou.