12.5.10

Restauração resistiu melhor aos impactos da crise

in Jornal Público

Pinto Barros, presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (Aphort), disse ontem no Porto que "o impacto da crise na restauração foi menos acentuado do que na hotelaria".

O líder desta associação, que em 2005 substituiu a Unishnor, adquirindo assim âmbito nacional, sustentou que "o que terá diminuído foi o gasto".

Pinto de Barros falava à margem da convenção anual da Aphort, que ontem se realizou na cidade do Porto. O responsável realçou que a hotelaria está ser mais atingida pela crise, registando "quebras da ordem dos 30 por cento, porque os preços caíram".

"Estamos a praticar preços de há cinco ou seis anos. Sentimos que já seria bom se 2010 fosse igual a 2009, que já foi um ano mau para o turismo português", acrescentou Pinto Barros.

Para "estimular a procura interna e o crescimento do consumo de serviços turísticos", a Aphort propõe, nomeadamente, "uma taxa de IVA reduzida para a alimentação e bebidas". Outro dos objectivos da quarta convenção da Aphort foi alertar e preparar os empresários de turismo para a importância crescente que os media sociais têm vindo a assumir neste sector, nomeadamente o Facebook.

A gastronomia é uma "bandeira de qualquer país em termos turísticos, depende da forma como se vende"", defendeu Hélio Loureiro, cozinheiro-chefe do Porto Palácio Hotel e da selecção nacional de futebol.

"Se a vendermos como um grande produto, ela será um grande produto, caso contrário não o será", acrescentou o chef, que ontem participou num painel sobre inovação e tradição na gastronomia, no quadro da convenção anual da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo. Lusa