18.5.23

“É mau para a saúde mental das pessoas ser pobre, é ainda pior tornar-se pobre e é muitíssimo pior ser pobre ao lado dos muito ricos”

Joana Pereira Bastos, in Expresso


O psiquiatra José Miguel Caldas de Almeida explica por que razão há uma prevalência tão alta de doença mental em Portugal, fala sobre as perturbações mais comuns, como a ansiedade e a depressão, e deixa alguns conselhos sobre a melhor forma de preservar o bem-estar psicológico. “35% das pessoas com depressão não procuram cuidados de saúde. Sabem porquê? Porque acham que andam cansadas. Não têm a perceção de que têm um problema que precisa de ser tratado”, diz o professor catedrático jubilado de Psiquiatria. Oiça aqui o primeiro episódio do “Que Voz é Esta?”, o podcast do Expresso dedicado à saúde mental


Mais de um quinto dos portugueses sofre de algum tipo de perturbação psiquiátrica, o segundo valor mais alto da Europa. Neste primeiro episódio do podcast ‘Que voz é esta?’, o psiquiatra e ex-coordenador nacional para a saúde mental José Miguel Caldas de Almeida traça um retrato da saúde mental da população e explica os fatores culturais, económicos e sociais que contribuem para a elevada prevalência de perturbações da ansiedade em Portugal.


“É mau para a saúde mental das pessoas ser pobre, é ainda pior tornar-se pobre e é muitíssimo pior ser pobre ao lado dos muito ricos”, diz o professor catedrático jubilado de Psiquiatria. Com os preços a subir, as rendas e prestações a disparar e as dificuldades económicas a fazerem-se sentir cada vez mais, é normal que problemas como a ansiedade e a depressão aumentem ainda mais nesta conjuntura.

Nesta entrevista, José Miguel Caldas de Almeida critica o excesso de medicação, sobretudo dos ansiolíticos, e elenca as melhores estratégias de prevenção, tanto a nível das políticas públicas como para cada um de nós, individualmente.


“35% das pessoas com depressão não procuram cuidados de saúde. Sabem porquê? Porque acham que andam cansadas. Não têm a perceção de que têm um problema que precisa de ser tratado”