Os engenheiros de prompt treinam sistemas de IA até serem substituídos por eles. O trabalho não exige conhecimentos avançados de programação e consiste em treinar sistemas com comandos de texto.
Novas profissões ligadas a machine learning e a ciências de dados começaram a ser criadas à medida que a inteligência artificial (IA) se torna mais relevante para o mercado de trabalho. A mais recente é ser prompt engineer.
Ser um prompt engineer passa por perceber quando um sistema não compreende as instruções que são pedidas e depois construir formas de a IA responder como pretendido. De acordo com Luís Paulo Reis, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), esta nova profissão nada mais é do que descrever a tarefa que a IA deve cumprir.
Ao contrário de motores de busca como o Google, a IA generativa não se limita a responder questões. O docente da FEUP explica que o que estes sistemas fazem "é gerar coisas, ou seja, inventar" consoante o prompt dado. Apesar de modelos como o ChatGPT e o GPT-4 passarem por um processo de Reinforcement Learning from Human Feedback (RLHF), na prática, só entendem uma linguagem simples e directa. Isto faz com que possam não compreender o que fazer caso algum pedido não seja específico o suficiente ou se não for elaborado de uma forma que a IA entenda.
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